A CGTP agendou protestos, paralisações e manifestações para todos os dias até ao final do próximo mês
O secretário-geral da CGTP disse esta tarde que os portugueses já partiram a corda e que está na altura do governo abandonar o poder.
Arménio Carlos falava no final da manifestação da intersidical, em Lisboa - uma das 23 do país que acolheu os desfiles convocados pela central - numa alusão à declaração de Passos Coelho,ontem à noite num discurso, no Porto, quando o primeiro-ministro afirmou que "não exigirá mais que o necessário" aos portugueses, nem deixará que "a corda esticada possa partir".
Para o líder da CGTP a corda já partiu e é o executivo que insiste em negá-lo. "Será que o senhor primeiro-ministro não sabe que a corda já se partiu há muito tempo para um milhão e meio de desempregados", questionou o sindicalista, no seu discurso. Arménio Carlos não ficou por aí e enumerou outros portugueses para quem a corda já esticou demasiado: "para a administração pública que viu o seu os seu rendimentos reduzidos, para as pessoas que entregaram as suas casas ao banco, para os idosos, os estudantes, os milhares de jovens obrigados a emigrar, para mais de dois milhões de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza", acrescentou.
Todas essas pessoas justificam, nas palavras de Arménio Carlos, a demissão do governo.
"Agora é altura de o senhor partir e o mais depressa possível (...) É esse o verdadeiro serviço que o primeiro-ministro deve prestar o país", disse o sindicalista.
A CGTP anunciou por isso um mês de luta, com manifestações, protestos e greves todos os dias até ao final de Março, com especial impacto no sector empresarial do Estado e no sub-sector dos transportes, que já anunciou paralisações para o próximo mês.
Notas do Papa Açordas: Por mim, não era só até ao fim do mês de Março, mas até este desgoverno ser derrubado... pois há muito que perdeu o prazo de validade!...
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