quinta-feira, 9 de junho de 2011

Socialistas, Seguro e Assis também querem "adorar-vos"

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Depois de Sócrates vai seguir-se Assis ou Seguro. Um avançou ontem, outro hoje. O PS escolhe a 23 de Julho

José Sócrates saiu no domingo, despediu--se dos socialistas terça-feira à noite, na Comissão Nacional do PS, com um "adoro-vos", e ontem saíram logo duas bolas do saco da sucessão: António José Seguro e Francisco Assis apresentaram candidaturas a secretário-geral do PS. São, para já, os dois nomes fortes para a cadeira que foi de José Sócrates. Mas agora com mais tempo, já que o PS vai ficar na oposição.

Ao início da tarde Francisco Assis marcou para as 19 horas a conferência de imprensa, na sede do Largo do Rato em Lisboa, onde iria anunciar a sua candidatura. 45 minutos antes da hora de Assis, Seguro agitou o PS a partir da sua página no Facebook e, antecipando-se ao ex--líder parlamentar, anunciou que é candidato a secretário-geral do partido: "Decidi corresponder ao vosso apelo." O anúncio formal é feito hoje, às 13 horas, também na sede socialista, e o lema da candidatura é "Novo ciclo", disse António José Seguro na rede social, garantindo que com este avanço está a responder a "milhares de mensagens de apoio e de incentivo" que diz ter recebido "de militantes e simpatizantes" do PS.

A luta promete ser dura. Francisco Assis assume que parte em desvantagem, o que ficou claro logo na noite de anteontem (ver texto ao lado), mas garante que "não há militantes mais importantes do que outros. O PS é um partido democrático e não um partido onde alguns cultivam os seus pequenos feudos eleitorais". Uma clara referência ao seu opositor que já tem a maioria do aparelho do partido mais controlado e também uma justificação para ontem se ter apresentado sozinho na hora da apresentação da sua candidatura. "Alguns dizem que eu tenho dificuldade em ganhar alguma eleição porque não tenho um exército. O meu exército sempre foi o PS. É nessa relação directa e sem intermediações que eu aposto", sustentou.

Notas do Papa Açordas: Os candidatos na sucessão começam a aparecer. Entre estes dois, o que parece estar melhor posicionado é António José Seguro, pelo seu distanciamento de Sócrates e bom conhecedor do aparelho do Partido. Quanto a Assis, não passa de um clone de Sócrates... Claro que os socratistas preferem Assis...

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