terça-feira, 7 de junho de 2011

Empréstimos da banca salvaram o estado em Abril

-

A dívida do Estado à banca totaliza cerca de 36 mil milhões de euros, o dobro em comparação com 2010


É oficial: Portugal viveu num estado de verdadeira asfixia financeira em Abril. As estatísticas preliminares do Banco de Portugal mostram que o pedido de ajuda externa, formalizado no dia 6 desse mês, era inevitável e inadiável. Teixeira dos Santos chegou a dizer que Portugal tinha dinheiro até Maio, mas em Abril a banca foi o balão de oxigénio do Estado.

A administração central pediu emprestado ao sector bancário, só no mês de Abril, quase 6,9 mil milhões de euros, o montante mensal mais elevado desde pelo menos 1979, ano em que começa a série estatística do Banco de Portugal. Este valor recorde representa mais do dobro do pedido à banca em Março e visou, sobretudo, responder a necessidades mais urgentes de liquidez da República no curto prazo, num mês que Portugal, descredibilizado e com graves dificuldades de financiamento no exterior, teve de amortizar uma linha de obrigações do Tesouro no valor de 4,17 mil milhões de euros. Em contraste, o financiamento aos particulares recuou.

Além de conceder empréstimos, a banca também voltou a comprar dívida pública. No total, a factura do erário público junto da banca agravou-se para quase 36 mil milhões de euros. Ou seja, a dívida ao sector financeiro é já equivalente a quase metade do montante do resgate externo a Portugal. Em Maio de 2010, o endividamento da República junto da banca era menos de metade do actual.

O crédito concedido pelas instituições à administração central totalizava 12,5 mil milhões de euros no final de Abril e mais do que duplicou face aos cerca de 5,6 mil milhões de Março. Assim, só em Abril, após o chumbo do PEC IV, da demissão do governo de Sócrates, dos cortes de rating da República e do agravamento das condições de acesso a dinheiro, o financiamento contraído ascendeu a quase 6,9 mil milhões.

Notas do Papa Açordas: Durante a campanha, o sr.Sócrates, andou a propagandear que o a crise tinha sido provocada pelo PSD, pelo chumbo do PEC 4. Dado que este Pec não ia logo gerar receitas, e Portugal, em Abril, não tinha receitas para pagar os seus compromissos... onde está a culpa do PSD? Sempre, mas sempre, um grande mentiroso...

-

Sem comentários: