O presidente do Crédito Agrícola defende uma revisão do memorando de entendimento acordado com a ‘troika’ para evitar que o Estado continue a consumir financiamento da banca que deveria ser canalizado para a economia.
Licínio Prata Pina considerou, em entrevista à Lusa, que há “setores do Setor Empresarial do Estado que continuam a endividar-se e a consumir fundos que podiam ser canalizados para a economia e não são porque ficam nas empresas do setor público”, sobretudo nas de transportes.
Nesse sentido, defendeu, é preciso “mexer no memorando de entendimento” acordado entre Portugal e a ‘troika’ de credores externos (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). Para Licínio Pina, “não há necessidade de pedir mais dinheiro”, mas é imprescindível prolongar o prazo de pagamento do empréstimo de 78 mil milhões de euros.
“É o que fazemos na atividade bancária. Quando uma pessoa está com dificuldades de pagamento ou se baixa a taxa ou se prolonga o prazo ou as duas coisas. Isto porque o pior que pode acontecer ao banco ou ao próprio cliente é entrar em incumprimento. No país é a mesma coisa”, afirmou.
O responsável pelo grupo Crédito Agrícola, o sétimo maior banco a atuar em Portugal, disse ainda que se o Estado quiser contribuir para o crescimento da economia portuguesa deve “pagar as dívidas que tem”.
Notas do Papa Açordas: Como diz o presidente do Crédito Agrícola, se o Estado estivesse realmente interessado no crescimento da economia portuguesa, pagava as suas dívidas...
1 comentário:
Evidentemente que sim. Devia ter sido por aí - pagar as dividas - que se devia ter começado. Mas isso é coisa que não dá votos...
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