Falta de verbas levou funcionários a pagá-lo do seu bolso
Os inspectores tributários de Aveiro estiveram pelo menos quatro dias sem papel higiénico no serviço. Na segunda-feira, 11 de Março, o apoio administrativo dos Serviços de Inspecção Tributária (SIT) enviou um email para a Direcção de Finanças de Aveiro com a indicação “Urgente” a informar que já não havia “papel higiénico para distribuição”. Dois dias depois, os inspectores voltaram a insistir, lembrando que as casas de banho estavam a ficar sem papel. E só depois tiveram como resposta: “Não foi nem será hoje fornecido (porque não remetido ainda pelos Serviços Centrais), o papel higiénico necessário para abastecimento dos WC’s deste Serviço, conforme comunicação telefónica desta tarde transmitida pelo responsável do sector financeiro e material da Direcção de Finanças de Aveiro.” Ao que o i apurou, foram os próprios funcionários que ao fim de quatro dias tiveram de pagar o papel higiénico do seu bolso.
“Já é frequente haver dificuldade na aquisição de toner e de papel de impressão, que é essencial para o nosso trabalho. Mas foi a primeira vez que se ficou sem verba para papel higiénico”, diz ao i Nuno Barroso, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspecção Tributária (APIT). Segundo o sindicalista este é mais um exemplo do “colete de forças a que estão sujeitos os profissionais da Autoridade Tributária”: “Até nas condições mais básicas de trabalho se procuram cortes.”
Nuno Barroso recorda que a inspecção tributária é “a única inspecção do país em que os funcionários utilizam os seus carros particulares para trabalhar”, mas mesmo assim não pára de escapar a cortes: desde Janeiro que as ajudas de custo só são pagas em deslocações superiores a 20 km, por exemplo, ao contrário do que acontecia até então (a partir de 5 km).
Notas do Papa Açordas: Talvez seja altura dos inspectores tributários pedirem aos utentes dos serviços que levem, pelo menos, um rolo de papel higiénico...
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