segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Marcelo prevê crise entre PSD e CDS por causa da eleição no Porto

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Social-democrata diz que CDS e PSD não podem ser amigos no Governo e "andar à batatada" no Porto.

Marcelo Rebelo de Sousa não acredita na possibilidade de o Governo cair por iniciativa do Presidente da República, como afirmou recentemente Freitas do Amaral, mas acredita que ele possa cair devido a uma crise na coligação PSD-CDS, após a eleição autárquica para a Câmara do Porto.

No seu habitual comentário na TVI, Marcelo lembrou que é a primeira vez que CDS e PSD não concorrem coligados no Porto, porque “tudo indica” que o partido de Paulo Portas vá apoiar uma provável candidatura independente de Rui Moreira, empresário e presidente da Associação Comercial do Porto.

Para o antigo presidente do PSD, os dois partidos “não podem ser amigos no Governo e andarem à batatada no Porto”, acrescentando que o apoio do CDS a Moreira “pode dar a vitória ao candidato do PS”, Manuel Pizarro.

Se esta situação se verificar, Marcelo diz que a coligação governamental fica comprometida e Pedro Passos Coelho enfraquecido, até porque se adivinha que muitos autarcas do PSD “vão levar uma sova” nas autárquicas do final do ano.

O também Conselheiro de Estado de Cavaco Silva considerou “uma pena” que o Governo não faça a reforma do Estado conversando com o PS, porque se os socialistas ficarem de fora, quando chegarem ao Governo abdicam de parte da reforma. Rebelo de Sousa afirmou ser mau para o país que não exista uma reforma do Estado duradoura.

Marcelo considera que, mais importante que o apoio do PS, é a reforma ser feita com coesão social, porque os portugueses fazem “uma resistência passiva”, dando como exemplo o facto de começarem a não pedir facturas. “O Governo não pode esticar a corda até ao limite.”

Notas do Papa Açordas: Há duas coisas que, neste momento, ignoro: as portagens nas ex-Scuts e o pedido de facturas!... A primeira, como não ando nelas, não contribuo para o "bolo", a segunda, nunca peço facturas...

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