segunda-feira, 9 de julho de 2012

Greve. Palavra do ministro já não vale nada para os médicos

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Bastonário da Ordem dos Médicos acusa ministério de “promover circo mediático” e ser o único responsável pela greve de dois dias
O ministro da Saúde marcou o encontro para tentar travar a greve nacional dos médicos. Os sindicatos avisaram que não estariam presentes. Ainda assim, Paulo Macedo não se demoveu e à hora marcada apareceu no local da reunião, assegurando aos jornalistas que o ministério estava disponível para negociar. Nada feito: os sindicatos mantiveram a promessa e os representantes do governo começaram e acabaram a reunião sozinhos.
Os dois sindicatos representantes dos médicos respondem que estão disponíveis para dialogar, sim, mas só na sexta-feira, a seguir à greve, marcada para quarta e quinta-feira. Paulo Macedo avisa que a paralisação trará prejuízos evitáveis para os portugueses e contrapõe: “Dia 13 não estaremos em melhores condições do que estamos hoje. Se dialogar depois da greve, os portugueses já tiveram prejuízos devido às consultas que ficaram por realizar e cirurgias que foram adiadas.” A Ordem dos Médicos alia-se aos sindicatos e garante que a responsabilidade da greve “é exclusivamente do ministro da Saúde e dos seus secretários de Estado”, por “não terem tornado o diálogo possível”.
“Lamentamos que o ministro não tenha estado disposto para encetar este diálogo há uns meses. Foi a indisponibilidade do Ministério da Saúde e do governo que fizeram com que, infelizmente, se acabasse por culminar neste processo que levou ao desencadear de uma greve”, disse à TSF o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, que acusou Paulo Macedo de “promover circo mediático”.
Notas do Papa Açordas: Mas quem é que acredita na palavra de um ministro que quer contratar enfermeiros e nutricionistas a 3,96 €/hora? Mas o sr. Macedo teve um mês para "travar" a greve dos médicos, porque é que não o fez?

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