Em 2011 perderam-se 6593 empregos na grande distribuição, a maior parte nos super e hipermercados.
Depois de anos de expansão e abertura de lojas, a distribuição moderna, que inclui hipermercados ou lojas como o Ikea ou a C&A, está a sofrer os impactos da crise económica e, pela primeira vez em vários anos, não criou emprego.
De acordo com dados da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), entre Janeiro de 2011 e Março deste anos, encerraram 37 lojas, “uma realidade claramente em contraciclo com a expansão do sector nos últimos anos”.
Se em 2010 foram criados 5195 postos de trabalho, em 2011 a realidade foi inversa: perderam-se 6593 empregos, 64% na área alimentar. Foi nos super e hipermercados que mais emprego se perdeu, apesar do número de lojas encerradas ser inferior ao dos estabelecimentos dos ramos não alimentares (onde encerraram 21 lojas).
“O sector da distribuição em Portugal atravessa uma grave crise, que resulta de uma forte quebra do poder de compra dos consumidores, gerada pelas medidas de austeridade. O consumo em Portugal sofreu alterações profundas e está em queda livre”, sublinha Ana Isabel Trigo de Morais, directora-geral da APED.
De acordo com o Barómetro de Vendas da associação, que tem cerca de 109 associados, o volume de vendas caiu 3,7% nos primeiros três meses do ano, em comparação com 2011. A descida foi mais acentuada no sector não alimentar (-8,6%).
Notas do Papa Açordas: E quantos lojecas do comércio tradicional encerraram? E não foi apenas pela crise, foi também pela abertura desses super e hipers que agora estão a despedir e a encerrar...
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