A TVI divulgou esta noite, no Jornal Nacional, um fax trocado entre administradores do Freeport, no qual é feita uma referência explícita a um suborno de dois milhões de libras (três milhões e duzentos mil euros).
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O documento data de 17 de Dezembro de 2001, um dia depois das eleições autárquicas que levaram à demissão do Governo de Guterres e à convocação de eleições antecipadas. José Sócrates era então ministro do Ambiente.
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O autor do fax, Keith Payne, administrador da Freeport em Lisboa, alerta para as mudanças políticas em Portugal e manifesta-se preocupado por Sócrates deixar de tutelar a pasta do Ambiente.
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“Os efeitos dos acontecimentos do fim-de-semana, com os revezes sofridos pelo PS, nomeadamente nas eleições autárquicas, incluindo Lisboa, e a demissão do Governo de Guterres significam que Sócrates deixou de ser Ministro do Ambiente e que vai haver um compasso de espera de quatro ou cinco meses até que for eleito um novo Governo e nomeado um novo Ministro”, escreve Payne a Rick Dattani, que, por sua vez, reenvia o texto para um outro administrador, Jonathan Rawnsley.
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É Dattani quem acrescenta ao texto anotações manuscritas e que refere explicitamente a existência de subornos no valor total de dois milhões de libras: “Jonathan, este é o fulano [Payne] que me telefonou e sabe do suborno de 2 milhões de libras, sublinhei algumas partes interessantes a partir do ponto 4. Se o parlamento é dissolvido até às eleições, o Secretário de Estado não pode aprovar nem rejeitar nada.
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” A TVI não conseguiu obter qualquer resposta por parte dos dois secretários de Estado de Sócrates, Pedro Silva Pereira (Ordenamento do Território) e Rui Gonçalves (Ambiente). O actual primeiro-ministro não respondeu às três perguntas colocadas pelo canal de televisão.
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A TVI quis saber o comentário de Sócrates sobre o facto de ter sido mencionado no documento trocado entre administradores do Freeport, e se, “enquanto ministro do Ambiente, em algum momento, suspeitou de que poderia existir suborno para influenciar decisões sobre a implantação do Freeport em Alcochete”. Por último, a estação quis também apurar se Sócrates, depois de ler o fax, “aceita que pode ter existido suborno”.
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Notas do Papa Açordas: Oxalá esta investigação inglesa vá até ao fim, pois todos nós sabemos que a PJ não chega lá! Já o meu avô dizia que: "Lobo não come lobo"...
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