sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Doentes mentais: Sócrates e Salazar - as mesmas políticas...

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Saúde mental
Falta de rede de cuidados remete doentes mentais para lares

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Um placard de cortiça com fotografias de rostos de mulheres envelhecidas é dos poucos vestígios das 40 doentes da 5ª enfermaria do Hospital psiquiátrico Miguel Bombarda que ali tiveram a sua casa durante décadas. A criação de unidades para albergar doentes mentais na comunidade e assim reduzir os internamentos está com mais de um ano de atraso, mas o número de doentes institucionalizados está a diminuir e tanto o Bombarda (Lisboa) como o hospital psiquiátrico do Lorvão (Coimbra) poderão fechar antes de 2012, a data prevista pelo Governo, diz o coordenador nacional para a Saúde Mental, Caldas de Almeida. Mas para onde estão a ir os doentes?
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Os corredores estão desertos e uma meia dúzia de doentes vagueia sem destino. No Bombarda permanecem ainda 108 dos mais de 260 doentes que em 2007 ali estavam internados. Num lar de idosos encerrado há uma semana pela Segurança Social e pela ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) 39 dos 142 utentes (para uma lotação de 40) eram doentes psiquiátricos, metade do Bombarda, a outra do Júlio de Matos.
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Há quem não hesite em dizer que este caso é a prova de que a desinstitucionalização se está a fazer à pressa. A pedra-de-toque da reforma da saúde mental é a redução ao mínimo dos internamentos, privilegiando o tratamento do doente na comunidade. Na base deste edifício estará a criação, diversas vezes anunciada pelo Governo, de unidades de cuidados continuados para doentes mentais - um projecto com um horizonte até 2016, mas que devia ter arrancado já em 2008.
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Notas do Papa Açordas: Sócrates está a seguir o exemplo de Salazar. Em vez de arranjar lugares em condições para os doentes mentais, fecha os poucos hospitais psiquiátricos que há, e esconde os doentes para a estatística... Salazar, mandou fechar os lupanares para dizer que as putas tinham acabado em Portugal... Afinal, a mesma política...
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