terça-feira, 18 de agosto de 2015

Setembro quente. Polícias voltam às manifs e anunciam greves de zelo

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Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, responsabiliza o Governo pelo factos dos protestos pela não aprovação do Estatuto da PSP coincidirem com a campanha eleitoral. “Quem nos empurrou para este período foi o próprio Governo - esse não é o nosso problema”, diz.

Os  polícias iniciam a 31 de agosto um mês de ações de protesto, entre as quais manifestações a realizar “um pouco por todo o país#, para dizer ao Governo que não está a merecer a confiança destes profissionais.
A informação foi avançada esta terça-feira pelo dirigente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia/Polícia de Segurança Pública (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, no final de uma reunião em Lisboa com mais três estruturas sindicais, o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), o Sindicato Independente dos Agentes da Polícia (SIAP) e o Sindicato Vertical de Carreiras da Polícia (SVCP).
Em causa está a falta de aprovação das alterações ao Estatuto da PSP com que, segundo Paulo Rodrigues, o Governo se comprometeu há quatro anos e que continua por aprovar. “Tendo em conta que o Governo se comprometeu com os polícias a aprovar estas alterações, que apesar de serem poucas são importantes, e tendo em conta que o Governo está a faltar à palavra, não nos resta outra alternativa senão desenvolver um conjunto de ações de protesto para dizer claramente que o Governo não está a merecer a confiança dos profissionais da polícia”, diz.
“Não é aquilo que é desejável, mas é o possível, e essas alterações são alterações extremamente importantes e é isso que vamos defender", frisa.
Entre estas ações, que coincidem com a campanha eleitoral para as legislativas de 4 de outubro, contam-se manifestações com início do último dia de Agosto e que se prolongarão até ao final do mês de setembro, “em vários pontos do país”, antecipa Paulo Rodrigues. Sobre as ações a realizar, o dirigente da ASPP/PSP diz apenas que serão “acordadas” segundo o que entenderem “ser o melhor protesto”.
Paulo Rodrigues acusa o Governo de faltar à palavra que manteve com os polícias, já que estes foram informados de que a 30 de julho o processo estava fechado, pelo que acreditaram que no final desse mês “havia todas as condições para aprovar” as alterações do Estatuto da PSP...

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