quarta-feira, 19 de agosto de 2015

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 A derrota que o aparelho do PS pede e merece

Muito boa gente do PS pensa que pode brincar ao poder porque o seu eleitorado vota sempre no PS, a forma como foi lançada a candidatura presidencial de Maria de Belém mostra como essa gente não está muito incomodada com a hipótese de a direita permanecer no poder. Para muitos destes verdadeiros "senhores da guerra" o poder no aparelho é bem mais importante do que as políticas impostas pela direita ao país, muitos deles vivem de pequenas mordomias estatais alimentadas pelo seu poder, designadamente, nas autarquias.

Mas não é só no aparelho do PS que há quem dê mais ajudas à direita do que ao seu partido, um bom exemplo disso é o vozeirão poético que no tempo de Sócrates reunia atrás de si uma boa parte da extrema esquerda e fez mais oposição ao governo do PS do que a própria direita, não perdendo a oportunidade para fazer o papel que o Henrique Neto está fazendo.Surpreendentemente manda à fava as suas hostes e dá uma guinada à direita para se juntar à direita do PS, a mesma direita que o deixou a falar sozinho nas presidências em que assumiu o papel de lebre de Cavaco Silva.

A não ser que os eleitores da esquerda, incluindo uma parte significativa dos eleitores do PS, só votarão em Maria de Belém se seguirem o conselho em tempos dado por Álvaro Cunha, se taparem os olhos enquanto escreverem a cruz nos boletins de votos. A comentadora da CMTV lançada por uma sondagem do CM terá poucas hipóteses de vencer e é bem provável que desempenhe o papel já desempenhado pelo vozeirão poético, o de lebre, neste caso de coelhinha de Rui Rio ou de Marcelo.

O PS de Maria de Belém tudo faz para derrotar António Costa nas legislativas e se muitos eleitores reagirem como eu é bem provável que nas presidenciais o aparelho segurista do PS tenha a lição que merece e sofra a derrota que merece. Dificilmente o PS de Mário Soares, Salgado Zenha e de muitos outros dificilmente sobreviverá à acção da má colheita que lidera uma boa parte do seu aparelho.

O vozeirão poético e a própria coelhinha do Rui Rio vivem de pensões estatais, apoiantes como o Assis ganham uma fortuna no parlamento europeu, muitos dos senhores da guerra vivem das autarquias ou das empresas municipais, todos podem brincar aos golpes baixos, porque quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão.

In "O Jumento"

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