quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Nos outros blogs

-
 Jumento do dia
    
Paula Teixeira da Cruz

Poucos dias depois de ter dado uma entrevista a amigos do Expresso a ministra incompetente da Justiça tem receio de que o país conheça tudo sobre a sua actuação e a direita impede o parlamento de ouvir os responsáveis pelo Citius. Compreende-se o receio da direita, ouvir gente que serviu a ministra e depois foi vítima da sua arte de fugir às responsabilidades.

Se a ministra fosse competente e corajosa não permitia que os responsáveis do Citius fossem calados e era ela a pedir que fossem ouvidos no parlamento. Mas há coisas que não encontramos na praia desta ministra. Esta é uma ministra citiada pela sua incompetência, pelos seus valores e pela protecção de uma maioria pouco preocupada com os interesses nacionais.

«Os partidos da maioria PSD e CDS/PP chumbaram esta quarta-feira um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para ouvir na Assembleia da República o ex-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) que gere o Citius. O BE requeria ainda a audição do ex-vogal daquele instituto responsável pela área informática, Carlos Brito. PS, PCP e BE votaram todos a favor da audição dos responsáveis na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdade e Garantias.

Depois de ter sido exonerado pela tutela, Rui Pereira, disponibilizou-se para ser ouvido naquela comissão parlamentar para contar "a verdade" sobre o crash informático que durou mês e meio, até meados de Outubro, tendo bloqueado durante esse período os tribunais de primeira instância. "Não está devidamente salvaguardada a normalidade de funcionamento da plataforma ", avisava o ex-dirigente na carta que enviou aos deputados.

Face ao chumbo da sua audição, Rui Pereira, acusa agora a maioria parlamentar de querer “proteger a ministra [da Justiça, Paula Teixeira da Cruz]. Segundo defende, Paula Teixeira da Cruz não terá "competências técnicas para ser responsabilizada pelo colapso, mas tem responsabilidades políticas”.

O ex-presidente do IGFEJ lamenta que “a maioria não tenha querido que os portugueses fiquem a saber a verdade do que sucedeu”. Agora, “não há nada mais a fazer. Não posso fazer mais. Temos de rezar, sublinho rezar, para que tudo corra bem com o Citius”, referiu ainda. Para Rui Pereira era importante que fosse divulgado publicamente o relatório da Inspecção-Geral da Justiça sobre o colapso do Citius e a consequente auditoria técnica. “A ministra continua a não quer divulgá-lo”, criticou.» [Público]

In "O Jumento"

Sem comentários: