domingo, 4 de janeiro de 2015

A reforma do superior não saiu do papel e poucos acreditam que este ano seja diferente

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Poucas foram as medidas adoptadas entre as elencadas pelo Governo para a reorganização do sector. O documento apresentado em Maio é considerado “vago” e, em ano eleitoral, haverá pouco tempo para o concretizar.

No início do ano, 2014 parecia destinado a ser de mudanças no ensino superior. A muito reclamada reforma do sector tinha data para avançar e o Governo chegou mesmo a apresentar as linhas orientadoras para a implementar. Foi em Maio. Mas, desde então, muito pouco saiu do papel e, entre os responsáveis das instituições, continua a reclamar-se uma concretização das ideias então apresentadas. Com a legislatura a chegar ao fim, poucos são os que acreditam que este ano possa ter um desfecho diferente.

A discussão sobre a necessidade de uma reorganização da rede de instituições e a racionalização da oferta educativa tem sido a mais recorrente. “É urgente repensar o ensino superior”, sublinha o presidente da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), Pedro Romeu Alves. A queixa do estudante, que em Janeiro abandona o cargo, encontra eco nas preocupações de José Carlos Marques da Silva,  reitor da Universidade do Porto (UP) até Maio: “O sistema precisa de uma volta”, diz.

As ideias de Pedro Alves e Marques da Silva encontram-se e têm sido recorrentes. Porque, no ano que agora terminou, muito pouco mudou. A proposta de reforma do ensino superior apresentada pela tutela tinha três ideias-chave: uma nova fórmula de financiamento, uma maior distinção entre os ensinos politécnico e universitário e o estímulo à criação de consórcios entre instituições. A tutela defendia a criação de uma nova fórmula de financiamento do ensino superior, com base em parâmetros de qualidade, o número desejado de licenciados e a produção científica, entre outros indicadores. A ideia era que fosse adoptada no Orçamento de Estado para 2015, mas não houve tempo para o fazer.Agora, espera ter a proposta pronta até à Primavera, a tempo de preparar o orçamento do ano seguinte.

Notas do Papa Açordas: Este  governo foi o pior de sempre... basta ver o resultado da educação...

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