"1- Acreditar nas palavras do primeiro-ministro é, já o aprendemos, um exercício arriscado. Poucos meses bastaram para percebermos que sempre que Passos Coelho apresenta uma medida há uma enorme possibilidade de esta nunca chegar a ser aplicada ou ser pura e simplesmente esquecida, como se o primeiro-ministro pensasse em voz alta perante todos os portugueses. Os exemplos da TSU e agora o da taxa sobre os pensionistas são os mais gritantes - não faltariam, infelizmente, muitos outros -, não só pela pompa e circunstância com que foram anunciadas as medidas mas sobretudo pela importância determinante para a vida das pessoas.
A descontração com que se anunciam disposições para depois se voltar atrás, ignorando olimpicamente as expectativas das pessoas, semeando o pânico e a insegurança na população, faz com que os cidadãos percam qualquer tipo de confiança em quem os governa. Neste Governo não são só algumas das normas acordadas com a troika que são facultativas, é tudo facultativo. Tudo pode acontecer, nada é previsível, tudo pode ser alterado dois minutos depois de ser anunciado. Nada parece ser minimamente estudado, tudo parece ser decidido na base dum qualquer achar ou baseado num compêndio mal estudado.
A falta de sentido de Estado e sobretudo o desrespeito pelos cidadãos, que cada vez mais se sentem governados por aprendizes de feiticeiro que tratam as pessoas como se fossem cobaias, não se restringem, muito longe disso, ao primeiro-ministro. Temos o ministro Portas, que traça linhas vermelhas para depois, pendurado pelas orelhas por Passos Coelho e Cavaco Silva, ser obrigado a traçá-las noutro lado qualquer, qual rapazinho da escola primária de antigamente; temos o secretário de Estado Rosalino, que num dia despede os funcionários públicos sem direito a subsídio de desemprego e no outro vem dizer que afinal o que tinha dito não era bem aquilo...; temos Miguel Maduro, que em Florença, como professor, imagino, defende uma política para a Europa, e aqui em Lisboa é o ministro que coordena politicamente um Governo que defende o oposto do que proclamou em Itália.
Nunca um Governo fez tanto pelo desprestígio da política e dos políticos. O cidadão pode não concordar com uma decisão, pode até discordar de toda uma linha política. Outra coisa é não ter a mínima confiança em quem lidera o País, não poder acreditar naquilo que o Governo anuncia, porque o mais certo será ser desdito no dia seguinte. O que faz o cidadão perder a confiança nos políticos é ver um ministro, que fez grande parte da sua carreira a denunciar as falhas dos políticos, a fazer uma declaração ao País num dia dizendo que não aceita uma norma, vinte e quatro horas depois dá o dito pelo não dito e passados três dias volta à primeira opinião . O que destrói o prestígio da política e dos políticos é assistirmos a um primeiro-ministro a dizer que os cortes, a semana passada designados como poupanças, não atingem a generalidade dos cidadãos, só os pensionistas, reformados e funcionários públicos, como se estes fossem cidadãos de segunda ou tivessem alguma culpa especial pelo actual estado de coisas ou como se estes cortes não tivessem um profundo impacto económico e social na comunidade. O que mina a relação entre representantes e representados é um primeiro-ministro dizer que tem uma folga de 800 milhões no plano de cortes (como se já não fosse lamentável deixar uma folga deste valor num qualquer plano) e depois ser corrigido pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental que demonstra claramente que essa margem não existe.
Um Governo em que não se pode confiar, um Governo completamente descredibilizado e que descredibiliza a política e os políticos , um Governo que luta mais internamente do que com a troika ou a crise, um Governo manifestamente incompetente. Este Governo é em si mesmo uma crise política. Mantê-lo é agravar essa crise." (Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)
1 comentário:
-> Não é com um partido nacionalista que Portugal vai conseguir SOBREVIVER!...
-> Para sobreviver Portugal precisa de um Movimento Nacionalista que 'corte' (SEPARATISMO-50-50) com os «portugueses-do-prego» (leia-se, os portugueses que estão a colocar Portugal no prego).
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De facto:
- os portugueses-do-prego não defendem uma estratégia de renovação demográfica - média de 2.1 filhos por mulher; [nota: os portugueses-do-prego gostam de se armar em parvinhos-à-sérvia... vide Kosovo]
- os portugueses-do-prego falam em despesa NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida... logo e depois:
1- vendem recursos estratégicos para a soberania... à alta-finança/capital-global;
2- depois de conduzirem o país em direcção à bancarrota... começam a proclamar federalismo, federalismo, federalismo (leia-se, implosão da soberania).
Mais, muitos portugueses-do-prego adoram evocar motivos... que 'justifiquem'... o fim de Portugal.
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P.S.1:
Uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum. Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço.
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P.S.2.
Os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) são uns nazis do piorio:
- veja-se o que os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) fizeram aos nativos norte-americanos: houve Identidades Autóctones que sofreram um Holocausto Massivo;
- veja-se o que os 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) estão a fazer no Brasil aos nativos da Amazónia;
- etc.
Mais, para os 'globalization-lovers' made-in-USA as causas suficientes para desencadear uma guerra são quase infinitas!...
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P.S.3.
Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
Os NAZIS 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) andam numa busca incessante de pretextos... para negar o Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones.
Os SEPARATISTAS-50-50 não têm um discurso de negação de Direito à sobrevivência... os separatistas-50-50 apenas reivindicam o Direito à Sobrevivência da sua Identidade: leia-se, os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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