sábado, 16 de fevereiro de 2008

Santo Tirso - 16% de taxa de desemprego...

Catástrofe em Santo Tirso
Empresa "Pinheiro da Rocha" protagonizou o mais recente caso de despedimentos em Santo Tirso

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Santo Tirso está deprimido. O drama é transversal a todo o Vale do Ave, mas uma taxa de desemprego de cerca de 16% - o dobro da média nacional, que foi, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, de 8% em 2007 - põe o concelho no topo dos números mais negros: uma em cada seis pessoas não tem trabalho.
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A sangria gerada pela decadência de uma mono-indústria têxtil explicará parte de um flagelo com dupla face: se, por um lado, a região é fértil em mão-de-obra desqualificada, os jovens licenciados também não encontram emprego qualificado.
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Consequências da ausência de políticas locais que facilitem a fixação de empresas, acusam os partidos da Oposição. E não só. PSD e PCP são unânimes em considerar que faltam apoios governamentais às pequenas empresas que a autarquia, liderada pelo socialista Castro Fernandes, não tem sabido reivindicar junto do poder central.
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"O combate ao desemprego faz-se muito nos municípios quem oferecer melhores condições terá mais possibilidades de atrair investimento", considera o líder da concelhia "laranja", Alírio Canceles, que denuncia a "ausência de políticas fiscais" camarárias de incentivo. O autarca responde que a Taxa Municipal de Urbanização "pode ser reduzida até 50% para a criação de empreendimentos empresariais".
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"Santo Tirso tem de saber aproveitar a sua localização estratégica para atrair investimentos e gerar intercâmbio económico entre o Vale do Ave e a Área Metropolitana do Porto", acrescenta o comunista Jaime Toga.
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Dos mais de cinco mil tirsenses desempregados, quase três mil têm apenas o 4.º ano do Ensino Básico. Com a aposta feita em formação e salários baixos, uma indústria têxtil desfasada da competitividade de um mercado globalizado tem engordado as estatísticas.
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A "Pinheiro da Rocha" é o exemplo mais fresco da devastação que começou nos anos 90 do século passado. A empresa familiar deixou 150 sem emprego em Janeiro. A JMA, que deslocalizou a produção para a Índia e o Paquistão, prossegue com redução de operários. Só em 2007 saíram cerca de 400. Ainda assim, Castro Fernandes diz-se "optimista". Acredita que a situação é "ultrapassável" e garante que tem promessas de "novos investimentos" por parte do Governo. (Jornal de Notícias)
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Nota do Papa Açordas: Ora aqui está uma excelente ocasião para o sr.presidente do conselho de ministros (como se designava antigamente...) visitar Santo Tirso? E, já agora, pergunto: porque é que Sócrates nunca visitou oficialmente a zona do Ave? Quem souber que responda...

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