terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O PAÍS REAL

O definhamento que as estatísticas mostram
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As estatísticas da população portuguesa em 2006 prolongam as tendências comportamentais de longo prazo. Há menos nascimentos, menos mortes, menos casamentos, mais divórcios. O défice demográfico aumenta. Em vez de 2,1 nascimentos por cada mulher, valor mínimo que mantém a prazo o volume de população, houve somente 1,36 nascimentos (menos 57 377 do que seria necessário e menos 3950 do que em 2005).
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No entanto, a população residente cresceu bastante mais do que o magro saldo positivo entre nascimentos e mortes (3459), mesmo que abaixo do valor de equilíbrio demográfico desejado. Os 26 044 residentes a mais resultam do saldo entre imigrantes e emigrantes. Assim, nove de cada dez pessoas a mais no país vieram das mais diversas partidas do mundo, para as quais Portugal constitui uma terra de oportunidades e melhoria de vida.
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Já em Portugal, o nascimento do primeiro filho dá-se sempre mais tarde, ano após ano, e mais do que um descendente leva a verdadeiros exercícios de contorcionismo orçamental doméstico. O investimento em infra-estruturas sociais de apoio à infância, a ajuda material às famílias mais carenciadas e numerosas e a integração sem falhas dos trabalhadores imigrantes e suas famílias são necessidades incontroversas, face a estes números. É um esforço continuado, que levará anos a dar frutos. Para estancar o definhamento populacional, inconsciente, mas real, do povo português.(Diário de Notícias)
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Nota do Papa Açordas: O "nosso" Zé deve ter ficado muito incomodado com estes dados, como é que ele vai arranjar argumentos para dar a volta?

1 comentário:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Compadre
Este é o governo do marketing político e do embuste. Porém a verdade, cada vez mais evidente e preocupante, ressalta de tudo que é sítio e virá o dia em que não seja mais possível escondê-la.
Esperam-nos dias turbolentos.
Abraço