terça-feira, 11 de dezembro de 2007

"Portwest II"

Noite há oito anos sem o controle das polícias

Guarda-costas do dono da discoteca Chic assassinado à porta de casa. Segurança
vivia em Vila Nova de Gaia e foi morto quando preparava a mudança de casa.
Vítima de emboscada, caiu com rês rajadas de arma automática. É a quarta morte
no Porto relacionada com a "noite" em cinco meses.

Ninguém tem mão na "noite" do Porto. Os gangues actuam impunemente. Segundo
o Jornal de Notícias, a noite está "entregue" aos seguranças privados, por demissão
do Estado, desde 1999, desde que os sucessivos governos se demitiram de assegurar
a presença policial em estabelecimentos de diversão nocturna. "O Estado desinvestiu
no policiamento e transferiu responsabilidade para as empresas de segurança", critica
Carlos Anjos, líder da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Crimina
(ASFIC) da Polícia Judiciária, lembrando que, com excepção de operações em casas
de "strip", deixou de haver rusgas a bares e discotecas.

Por ter faltado prevenção e "trabalho de casa" no estudo do que se passa nos estabele-
cimentos nocturnos, a investigação está agora a entrar no terreno sem dados que
deveria ter há muito na sua posse. "Estamos a partr do início do caminho, quando´
deveríamos partir do meio", lamenta Carlos Anjos.

À falta de policiamento de proximidade, essencial para estabelecer relações e recolher
informações regulares, o dirigente associativo soma factores como a grande precariedade
laboral do sector para justificar a incapacidade de saber quem é quem no mundo da
segurança privada. "Era importantíssimo que soubéssemos a cada momento quem são
os seguranças e onde trabalham."

Nota do Papa Açordas: O único esforço que vejo o governo fazer é desvalorizar este
assunto e estas mortes... Até quando?...

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