quinta-feira, 11 de setembro de 2014

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 O BdP sabia ou não sabia?
   
«As idas a São Bento do governador do Banco de Portugal (BdP) para falar com Pedro Passos Coelho a propósito da deterioração da situação financeira nas holdings de controlo do Grupo Espírito Santo (GES) e dos riscos de contaminação ao BES começaram no final de 2013. Nessa altura, Carlos Costa sugeriu ao primeiro-ministro que Ricardo Salgado deveria deixar as funções de liderança executiva do banco, uma mensagem que foi então enviada pelo chefe do Governo ao Conselho Superior do GES.

Estes dados surgem numa altura em que se discute a criação de uma comissão de inquérito à falência do BES e depois de o Presidente da República ter vindo este domingo levantar dúvidas sobre se recebeu do Governo “atempadamente” toda a informação relevante sobre o tema. A 21 de Julho, dez dias antes de o BES colapsar, Cavaco Silva veio dizer que o BdP actuou “muito bem” para assegurar a solidez do sistema e que “os portugueses podiam confiar no BES”, mas admitiu o impacto na economia real.

As conversas de Carlos Costa com o primeiro-ministro sobre o tema GES/BES acentuaram-se entre Outubro e as primeiras semanas de Dezembro de 2013, quando o BdP tomou conhecimento de que o GES tinha um passivo da ordem dos 7 mil milhões de euros e que punha em causa a sobrevivência do grupo familiar. Um valor expressivo que poderia derrapar, pois as sociedades Espírito Santo (nomeadamente as não financeiras) estavam com dificuldades em aceder a fundos ou em reestruturar a divida, o que tenderia a agravar a dependência do BES.» [Público]
   
Parecer:

É cada vez mais óbvio que o governador do BdP sabia o que se passava no BES e nada fez para impedir o descalabro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o governador do BdP por inércia e incompetência.»

In "O JUMENTO"


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