De 2011 até ao final de 2014, as famílias vão sofrer uma quebra de rendimento três vezes superior à redução da riqueza gerada em Portugal.
Em menos de quatro anos, o Governo já diminuiu o rendimento dos portugueses em mais de 14,4 mil milhões de euros. Com a persistência da austeridade e a aplicação de novos cortes, entre 2011 e o final de 2014, a perda de rendimento dos portugueses será três vezes maior do que a redução do PIB nesse período. A diferença poderá agravar se caso o Orçamento do Estado para 2014 gere um choque com as expectativas das famílias, como admitiu esta semana o primeiro-ministro.
Mesmo com a reposição do pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e aos pensionistas, no próximo ano a quebra no rendimento será superior a 4,9 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde junho de 2011. Nem em 2012, quando os subsídios de férias e de Natal não foram pagos aos funcionários públicos, a quebra de rendimentos foi tão elevada: nesse ano, a redução nos rendimentos ascendeu a 4,7 mil milhões de euros.
Em 2014, o maior corte no rendimento das famílias será aplicado através do IRS. Com a manutenção das taxas de IRS e da sobretaxa extraordinária de 3,5%, serão cortados mais de dois mil milhões de euros. Com a convergência nos regimes de pensões, a redução progressiva do valor das pensões de reforma acima de 1350 euros e o corte nas prestações de sobrevivência, os pensionistas sofrerão uma redução total de rendimentos superior a 1,2 mil milhões de euros. Os funcionários serão penalizados com o corte de 10% nos salários acima de 600 euros.
A comparação da perda de rendimentos com a quebra no PIB dá uma ideia do empobrecimento dos portugueses: mesmo que o PIB cresça 0,8 por cento em 2014, como prevê o Banco de Portugal, no final de 2014, a riqueza gerada em Portugal será de 4,4 mil milhões de euros inferior à registada em 2011, uma perda inferior à diminuição do rendimento das famílias. (Correio da Manhã)
Notas do Papa Açordas: O sr. Coelho pode limpar as mãos à parede!... Para além de ser o pior presidente do PSD de sempre, também lhe vai ser atribuído o ceptro de pior primeiro-ministro de sempre... Com gente desta, o país não irá sair da crise, antes pelo contrário, afundar-se-á ainda mais...
Sem comentários:
Enviar um comentário