O Governo deve respeitar os limites da dignidade humana, disse o presidente da União das Misericórdias, reagindo à proposta de diminuição do Rendimento Social de Inserção (RSI), do complemento solidário para idosos e do subsídio de desemprego.
“Talvez valesse a pena colocar as coisas de uma maneira mais clara e vermos o que é possível fazer, sob pena de estarmos aqui a por em questão a dignidade das pessoas e o que é aceitável”, afirmou Manuel Lemos à agência Lusa.
O Governo pretende reduzir o valor do RSI em 6%, o complemento solidário para idosos em 2,25% e o limite mínimo do subsídio de desemprego em 10%, de acordo com uma proposta de decreto-lei enviada na terça-feira aos parceiros sociais.
Reagindo à proposta, Manuel Lemos mostrou-se “firmemente convencido” de que o documento vai ser renegociado, apelando ao Governo para que “não se distancie dos cidadãos”.
“Estamos todos disponíveis para apoiar o Governo neste combate a esta crise terrível que o país tem, mas temos um limite, que é limite da dignidade humana”, sublinhou.
Manuel Lemos aproveitou ainda para chamar a atenção para as deficiências do atual mecanismo do RSI, sugerindo alterações ao mesmo em vez de cortes na prestação social.
“Talvez valesse a pena repensar o RSI mais do que estar a fazer cortes de quatro ou cinco por cento. Devemos verificar o que é de facto rendimento mínimo garantido, o que recebem as pessoas que não têm nenhuma condição de algum dia entrar no mercado de trabalho e aqueles que têm condição de voltar”, disse.
Notas do Papa Açordas: Passos Coelho, o Ali-Babá deste desgoverno, está apostado em ultrapassar os limites da dignidade humana, dado que, reduzir o valor do limite mínimo do subsídio de desemprego, do RSI, da baixa e do complemento solidário para idosos é, na linguagem popular, "tirar o pão à fome"...
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