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Manuel António Pina
Primeiro foram os sindicatos a anunciar que não subscreverão
"qualquer acordo tripartido" em sede de concertação social,
pois, diz a UGT, "há limites para aquilo que é possível aceitar",
referindo-se a questões como o regime de férias, pontes e feriados
e a meia hora de trabalho forçado diário.
Agora foi o próprio presidente da CIP a condenar a recusa do
Governo em ouvir os parceiros sociais sobre a celerada meia
hora e a afirmar que a atitude do Governo "vem prejudicar o
diálogo social".
Parece que os patrões consideram que o Governo foi expedito
demais na defesa dos seus, do patronato, interesses. Prefeririam
que a coisa não fosse feita à bruta, mas com "diálogo". Não terão,
por isso, gostado de ver o ministro Álvaro, espécie de escuteiro
neoliberal desejoso de mostrar serviço, a forçar a velhinha a
atravessar a rua pelo meio do trânsito quando a velhinha queria
seguir paulatinamente pelo passeio.
Aparentemente o Governo estará convencido de que as polícias
de Miguel Macedo já se encontram em estado q.b. de prontidão
(comprova-o o modo como a PSP resolveu - depois de, tudo o
indica, os ter criado - os "problemas" da manifestação de 24 de
Novembro) para que os debates da concertação social fiquem sob
tutela do MAI e se transformem em de-bates e correrias
desordenadas. E para que os habituais encontros na sede do
Conselho Económico e Social passem a realizar-se na rua sob a
forma de recontros. (Jornal de Notícias)
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
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