terça-feira, 23 de agosto de 2011

Jardim, ou a megalomania da governação desgovernada

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Madeira debaixo de fogo. Estrutura governativa da região é mais pesada que a do continente. O próprio PSD reconhece

Vinte e oito direcções regionais, cinco institutos, 33 empresas, algumas tecnicamente falidas, fazem o leque da estrutura governativa da Região Autónoma da Madeira. Uma máquina que o PSD-Madeira reconhece ser maior que a do continente, mas diz não ser um problema apenas da região.

Só as empresas públicas ou participadas da Região Autónoma da Madeira fecharam o ano passado com 33,6 milhões de prejuízo e resultados transitados negativos de 471,7 milhões de euros. As 33 e três empresas públicas ou participadas pela região devem 5242 milhões de euros, um valor superior a toda a riqueza gerada pela actividade económica. 44,7% da dívida das empresas regionais corresponde a endividamento directo junto da banca.

No comício de rentrée do PSD em Porto Santo, Jardim assumiu a derrapagem financeira detectada pela troika, no montante de 277 milhões de euros. Entre as nódoas apontadas à execução de Jardim está o rombo financeiro dos tais 277 milhões de euros nas contas públicas de 2011, em consequência do empréstimo concedido à SESRAM (Serviços de Saúde da Região Autónoma da Madeira E.P.E.), a empresa regional encarregada da prestação de cuidados de saúde.

A dimensão da máquina regional "corresponde a uma época passada e que tinha lugar igualmente no continente", defende o deputado madeirense do PSD Guilherme Silva. É também de épocas que fala o líder do CDS-Madeira, José Manuel Rodrigues, mas para dizer que o mérito de Alberto João Jardim diz respeito a outros tempos, pois a realidade da governação é "gastar o que não tem". O CDS-Madeira não perdoa e acusa o presidente do governo regional de ser responsável pelo atraso no pagamento aos fornecedores, por "inúmeras falências e consequente aumento do desemprego" na região autónoma. No fundo, são as poucas empresas privadas a financiar o sector público, seja através da banca, seja através das dívidas aos fornecedores. José Manuel Rodrigues considera João Jardim incapaz de resolver a situação de derrapagem financeira e a falta de liquidez que o próprio já admitiu e sublinha que o governo regional está "refém de um lóbi da construção civil no PSD-Madeira que força investimentos insustentáveis".

Notas do Papa Açordas: Não há pai para AJJardim!... No imenso manicómio em que está transformada a Madeira, ele é realmente o CHEFE!... Manter a este preço a Madeira, não deve ser bom para Passos Coelho!...

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