domingo, 24 de junho de 2012

Na segunda passagem pela Guimarães 2012, Cavaco Silva voltou a ser apupado

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 Não está fácil a relação do Presidente da República com a população de Guimarães. Cavaco Silva passou esta manhã pela segunda vez na cidade que é Capital Europeia da Cultura (CEC) e, tal como na cerimónia inaugural, voltou a ser apupado.


Cerca de uma centena de pessoas aguardou o chefe de Estado à entrada da Plataforma das Artes, equipamento que inaugurou, contestando a promulgação o Código do Trabalho.

O momento de maior tensão aconteceu quando Cavaco Silva chegou ao espaço do antigo mercado municipal da cidade. Quando saiu o carro, o Presidente da República ouviu os manifestantes chamarem-lhe “gatuno” e fazendo soar apitos e buzinas que criaram um ambiente ensurdecer. Na boca de muitos dos populares, entre os eram reconhecíveis vários dirigentes regionais do PCP, estava a indignação pela aprovação do Código do Trabalho. 

No final da inauguração da Plataforma das Artes, Cavaco não quis pronunciar-se sobre o protesto, justificando que fazê-lo seria “de uma grande injustiça para com Guimarães”, que inaugurava o investimento mais caro da CEC. 

Na abertura, em Janeiro, o Presidente também já tinha sido alvo de protestos populares. As declarações acerca da sua pensão de reforma ainda estavam frescas e, no momento em que chegava à praça central da cidade para assistir ao espectáculo inaugural do evento, foi assobiado por centenas de pessoas. Esta manhã, a pensão voltou a ser referida durante os protestos. “Se 10 mil euros de reforma não te chegam, tanta viver com os nossos 300”, lia-se numa das faixas ostentadas pelos populares que o aguardavam à chegada a Guimarães. Um outro cartaz lembrava o protesto da semana passada na Póvoa de Varzim, dizendo que esta era a segunda oportunidade para ouvir o protesto. 

Notas do Papa Açordas: Quer o PSD queira ou não, Cavaco Silva já não se identifica com a população portuguesa!... Depois da calinada em que ele disse que as reformas que auferia eram insuficientes ( mais de 12.000/mês), assinar toda a merda produzida por este desgoverno (pacote laboral, p.ex.), é demais!...
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