quinta-feira, 17 de março de 2011

PS pressiona Cavaco para evitar crise política

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Sócrates e Passos Coelho falam hoje com o Presidente da República. Socialistas ainda não decidiram se apresentam projecto de resolução sobre o PEC
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Dia 23 de Março é o dia D para José Sócrates. E para que não seja "o final da peça de teatro ou o início do filme de terror", Jorge Lacão dixit, os socialistas pedem a intervenção de Cavaco Silva. "Espero que o Presidente, que deve ser o garante de estabilidade e sabe os riscos que os portugueses correm, exerça a sua magistratura de influência para que haja sentido de Estado por parte do líder do PSD", diz ao i Edite Estrela, membro do secretariado nacional do PS.
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O governo vai entregar o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) no parlamento no início da próxima semana e este será votado através de projectos de resolução na quarta- -feira dia 23. O PSD já garantiu que não dará apoio às novas medidas de austeridade, apesar de não ter revelado se apresenta um projecto de resolução contra o PEC.
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Com a crise política a pairar sobre as suas cabeças, Sócrates e Passos Coelho vão a Belém reunir-se com Cavaco Silva na quinta-feira. Primeiro será Passos a ser ouvido pelo Presidente, depois de ter pedido uma audiência. Sócrates entra a seguir, para o habitual encontro semanal. Depois do encontro, o primeiro-ministro segue para o parlamento, onde vai ter uma reunião com os deputados socialistas.
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Na véspera dos encontros, os socialistas esperam que o Presidente possa sensibilizar o líder dos sociais-democratas e persuadi-los a negociar as medidas com o governo, à semelhança do que aconteceu no acordo do Orçamento do Estado. "Quem conhece os poderes constitucionais e a situação do país sabe o que fazer", afirma Capoulas Santos, eurodeputado e director da campanha de José Sócrates à liderança socialista. Também Osvaldo Castro, presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, relembra que Cavaco pode ser um actor principal na actualidade: "Acho que o Presidente não vai ficar de braços cruzados. Ainda há margem para que os partidos discutam. Não se pode considerar tudo fechado", acredita. Edite Estrela vai mais longe e chega a sugerir um "um entendimento entre PS e PSD de longo prazo até às eleições de 2013, em nome do interesse nacional".
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Notas do Papa Açordas: É engraçado verificar que os que agora andam a pedir batatinhas a Cavaco Silva, ainda há três meses diziam cobras e lagartos dele (Edite Estrela, Capoulas Santos e SS)... Eu, como inscrito no PS, tive vergonha da triste figura destes boys... Agora, pagam-nas!
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