quinta-feira, 8 de julho de 2010

As desventuras de um deputado socrático...

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Media
Ricardo Rodrigues não sustentou acusações contra a Sábado
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O deputado e vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues não sustentou factualmente as acusações feitas aos jornalistas Maria Henrique Espada e Fernando Esteves, da revista Sábado, e viu indeferida a providência cautelar que entregou no Tribunal Cível de Lisboa nos primeiros dias de Maio.
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Limitou-se a fazer "interpretações" das perguntas dos jornalistas, acusando os mesmos de insinuarem a sua "cumplicidade" nas actividades ilícitas de Débora Raposo (presa por diversos crimes) e o seu alegado envolvimento num caso de pedofilia em São Miguel.
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Isto mesmo consta da sentença do juiz da 12.ª vara cível de Lisboa, que não apenas indeferiu a medida cautelar como também recusou o pedido de Rodrigues para destruir as gravações áudio e vídeo da entrevista, realizada na Assembleia da República a 30 de Abril, que terminou abruptamente com o furto, pelo socialista, de dois gravadores digitais (foram apensos à providência). Sobre o pedido de destruição dos registos o juiz notou que o mesmo não é compatível com a natureza da providência cautelar.
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Na petição, Rodrigues definiu o valor de 30 mil euros para as lesões contra o seu bom nome e reputação e apresentou como testemunha a deputada do PS Ana Catarina Mendes. Contudo, as alegações do socialista foram consideradas vazias de sustentação: Rodrigues não demonstrou "o receio da sua lesão grave e dificilmente irreparável", escreveu o juiz na sentença publicada a 2 de Junho. "[Rodrigues] não descreve as perguntas, mas a interpretação das mesmas", explicou. "À míngua dos factos temos de concluir que o que vem invocado é insuficiente para se afirmar a existência da ofensa assacada [aos jornalistas], observou o juiz.
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O magistrado atenta também na ausência de qualquer referência à divulgação da entrevista e, em jeito de conclusão, explica que a medida cautelar seria "desnecessária", tendo em conta que Rodrigues recorreu à "acção directa": "A providência é desnecessária para acautelar uma eventual lesão que o lesado evitou recorrendo à acção directa."
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Notas do Papa Açordas: Já sabiamos que o rapaz como deputado socrático, não é flor que se cheire, mas ficámos agora a saber que, como advogado, é muito fraco... Para as hostes socráticas, não abona lá muito ter um vice-presidente par(a)lamentar destes...
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