sexta-feira, 8 de abril de 2016

Nos outros blogs

-
 Jumento do dia
    
João Soares

João Soares já tem idade para saber que Portugal é um país de gente educada, de boas maneiras, onde não se podem dizer palavrões, todas as raparigas são virgens e todos os políticos são pessoas de extrema educação. Neste país ninguém se porta mal, ninguém mata a mulher à facada, ninguém mata o marido com veneno, os polícias são todos honestos e os magistrados respeitam a democracia.

João Soares sabe muito bem que as galhetas são como os palavrões, devem estar reservadas para o espaço da intimidade, do segredo, longe dos ouvidos alheios, senão há uma onda de indignação. É por isso que João Soares deve evitar andar a ameaçar de dar galhetas e muito menos quando está em causa um jornalista. Que as prometesse a um Presidente da República, ao cardeal, ao vizinho tudo bem, mas a um jornalista, esse símbolo nacional das virtudes públicas.

É óbvio que quando se entra para um governo deve cuidar-se da imagem desse governo, não se pode impor aos seus parceiros os seus modelos de comunicação social. João Soares não está acima de tudo e de todos e se quer continuar a ser ministro deve perceber que os seus tiques pessoais devem ficar para o domínio do pessoal.

«"Sou um homem pacífico, nunca bati em ninguém. Não reagi a opiniões, reagi a insultos. Peço desculpa se os assustei." Foi desta forma que o ministro da Cultura João Soares respondeu ao Expresso, por SMS, sobre a polémica que está a marcar o dia desta quinta-feira.

Um bate-boca que ele próprio desencadeou ao escrever na sua conta do Facebook que gostaria de encontrar Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente para lhes dar "as salutares bofetadas" que mereceriam pelos artigos de opinião que escreveram no jornal "Público".

João Soares insurge-se contra um texto publicado por Augusto M. Seabra na edição online do "Público", esta quarta-feira, e termina com uma espécie de desabafo: “Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente”, para umas “salutares bofetadas”.» [Expresso]

In "O Jumento"

Sem comentários: