Líder socialista criticou afastamento entre os dois reguladores nacionais. Para António Costa, o governo não deve "lavar as mãos" do assunto.
António Costa quer aproximar CMVM e Banco de Portugal no caso dos lesados do papel comercial do BES. Durante o Fórum TSF desta manhã, o candidato a primeiro-ministro foi questionado em relação às dificuldades de alguns ex-clientes do Banco Espírito Santo e apesar de afirmar que "é prejudicial trazer este tema para a campanha eleitoral", deixou alguns recados.
"Nenhum governo deve lavar as mãos como Pilatos e aceitar uma diferença entre as entidades reguladoras", avisa António Costa, abrindo a porta a uma ação direta caso o Partido Socialista vença as eleições legislativas do próximo dia 4 de outubro.
O secretário-geral do PS afirma que não voltará a falar do tema até ao final da campanha, mas ainda assim garantiu que a preocupação com os lesados não irá desaparecer: "Já reuni com o movimento, já lhes transmiti a minha posição, mas acho que este tema não deve ser arrastado para a campanha".
António Costa voltou a acusar o executivo de Pedro Passos Coelho de esconder a verdadeira realidade do antigo BES aos portugueses e deixou uma última acusação sobre à ajuda prestada ao Novo Banco pelo Fundo de Resolução: "É inaceitável que o governo e o Banco de Portugal tenham tentado iludir os contribuintes dizendo que esta operação não tinha custos para os contribuintes". (Notícias ao Minuto)
Sem comentários:
Enviar um comentário