Apesar do aumento de 23% nas receitas com portagens, os gastos do Estado continuam elevados, atingindo 96% do orçamentado para todo o ano.
As parcerias público-privadas (PPP) do sector rodoviário acumulavam, em Setembro, um défice superior a 430 milhões de euros, fruto da diferença entre os proveitos e os gastos que o Estado tem com as estas concessões. Apesar de as receitas com portagens terem aumentado 23% no terceiro trimestre do ano passado, os encargos para os cofres públicos atingiram até esse período 96% do total orçamentado para 2013.
De acordo com o boletim da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos (UTAP), divulgado na semana passada, o défice entre Janeiro e Setembro situou-se em 431,9 milhões de euros. Este valor corresponde aos encargos do Estado com as PPP rodoviárias, excluindo os proveitos com a cobrança de portagens, que alcançaram 218,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano passado. Só no terceiro trimestre de 2013, estes proveitos cresceram 23%, passando de 68,8 para 84,5 milhões de euros. Uma tendência que já se tinha registado entre Janeiro e Março (com uma subida de 24%), mas que nos três meses seguintes se atenuou (período em que aumentou apenas 6%).
Os encargos líquidos suportados pelos cofres públicos até Setembro representaram 96% do montante total que estava orçamentado para todo o ano de 2013 (449,4 milhões de euros). No boletim, a UTAP alerta, no entanto, para o facto de esperar “uma redução de pagamentos durante os últimos meses do ano, face às alterações contratuais que vierem a ocorrer” na sequência da renegociação de contratos com as concessionárias das ex-SCUT (as antigas auto-estradas sem custos para o utilizador).
Notas do Papa Açordas: Façam como eu, evitem sempre que puderem, as portagens! Apesar de residir em Faro, ainda não paguei uma única portagem na A22. Embora caótica, prefiro a EN 125...
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