Depois do governo ter encerrado escolas, urgências, maternidades, centros de
saúde, postos da GNR e PSP, prepara-se agora para "concentrar recursos" na
nova rede oncológica. Isto quer dizer que dezenas de hospitais vão deixar de
oferecer tratamentos, obrigando os doentes a longas deslocações.Segundo o Expresso, o presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos,
Jorde Espírito Santo, avisa que "haverá muitas romarias aos três centros do IPO
(Instituto Português de Oncologia), situados em Lisboa, Porto e Coimbra, se
não mudarem os critérios da reforma oncológica", e afirma que vão prevalecer
critérios administrativos - número de habitantes e casuística.
"Dezenas de hospitais deixarão de oferecer tratamentos, obrigando os doentes
a deslocarem-se para centros a centenas de quilómetros de casa", acusa aquele
responsável da Ordem dos Médicos e director do Serviço de Oncologia do Hospital
Distrital do Barreiro.
"Mas isso não tem em conta a qualidade de vida do doente, que deve ser tratado
próximo do seu meio ambiente.Penso que uma pessoa sujeita a quimioterapia ou
radioterapia não pode fazer mais de 100 Kms diários, dado o seu estado de
fragilidade", explica Jorge Espirito Santo. A juntar a isto, soma-se o aumento dos
tempos de espera para tratamentos.
Um relatório recente da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia,
indica que, em média, um doente com cancro espera três meses e meio para
cirurgia, quando a espera desejada seria de 15 dias, no máximo.
Nota do Papa Açordas: Um governo que não tem preocupações com os
cuidados médicos da sua população, não merece o nosso voto. É um governo
de corte e costura...
2 comentários:
Até nisto, até nisto... lamentável!
O que interessa é concentração, presume-se que no dinheiro e não na saude publica.
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