terça-feira, 6 de novembro de 2007

Vergonha nacional!...

Já aqui tinhamos escrito que o governo se acagaça todo quando, com a ajuda da
comunicação social, alguém lhe faz frente.

É este o caso de Ana Maria Brandão, 43 anos, a quem a Caixa Geral de Aposentações
(CGA), obrigou a apresentar-se ao serviço na Junta de Freguesia de Vilarinho de
Piães, após uma baixa de três anos, devido a uma operação mal sucedida.

A funcionária, operada sem êxito a uma hérnia discal em 1998, passou a ser obrigada
a usar um colar cervical dia e noite, um apoio no braço direito e uma cinta lombar,
sendo a sua dependência de terceiros total.

Em Fevereiro de 2006, Ana Maria Brandão, foi a uma junta médica da ADSE, que a
considerou incapacitada para o trabalho. Presente, mais tarde, a uma junta médica
da CGA, esta considerou-a muito nova para a reforma, e deu ordem para que se
apresentasse ao serviço.

Nota do Papa Açordas: Haverá alguma idade para a pessoa se reformar por
incapacidade física para o trabalho? E que dirá o presidente do conselho de ministros
a isto?

P.S.- Ainda bem que o ajudante das Finanças resolveu intervir, mandando a
funcionária ficar em casa e dando ordem para que seja reavaliado o seu processo.

4 comentários:

Tiago R Cardoso disse...

O problema é que foi preciso fazer tanto barulho para algo acontecer.

quintarantino disse...

E será que a culpa fica só ao cargo do Primeiro e do Ajudante? Antes do clima de guerrilha institucionalizada contra tudo o que mexa lá para os lados de S. Bento quantos casos como este ficaram abafados nas notícias sem interesse?
De qualquer modo, é apenas mais um caso lamentável. Não será dos piores, mas é lamentável à mesma. Devia-se era, no fim, e se se provasse que houve negligência ou dolo da Junta Médica pedir responsabilidades a quem lá esteve e não apenas ao Primeiro e ao Ajudante... Só por causa das coisas!

Abrenúncio disse...

Vá lá, que esta ainda teve a "benção" do ajudante. Quantos casos por este país fora existem em que os desgraçados/as não têm esta ajuda "divina" e têm que se arrastar penosamente, alguns até morrendo em serviço.
Tempos houve em que qualquer um que se apresentasse numa junta médica com uma verruga na testa ou um furunculo na peida saía de lá reformado. Hoje em dia nem com cancro terminal!
Saudações do Marreta.

Pata Negra disse...

Quando meia dúzia de casos aparecem na TV é de supor que muitos outros acontecerão. Quando o governo diz que vai tomar medidas é caso para perguntar porque é que estes casos só começaram a acontecer agora. Quando as pessoas se começam a aperceber que para resolver casos destes é necessário recorrer à televisão é porque já nem tribunais existem. Quando é a pessoa do ministro das finanças que resolve um caso destes frente às câmaras só me resta perguntar:
Que merda de democracia é esta?!