domingo, 18 de novembro de 2007

É a crise!...

Mais pequena a quota-parte do militante
EM 2002, o país socialista teve uma violenta carestia de vida: os militantes, que pagavam 50 cêntimos de quota, passaram a pagar dois euros! Não houve manifestações nem slogans tipo "o custo da militância aumenta, o povo não aguenta", mas o líder Ferro Rodrigues inevitavelmente caiu: não é impunemente que os de cima sujeitam os de baixo a uma inflação que quadruplica os custos. E sem as regalias sociais que os do partido vizinho usufruíam.

Um socialista para pagar a quota tinha de ir pagá-la, enquanto o do PSD tinha serviço personalizado: um dirigente pagava-lhe a quota e, por atacado, as do bairro inteiro.

Ciente da concorrência desleal, o novo líder do PS, José Sócrates, tinha de agir. Foi ontem: anunciou-se que a louca quota de dois-euros-dois por mês passou para a razoável quantia de um euro.Uma quebra de 50% num preço é sempre de louvar. Para mais quando o produto, o cartão do partido, é de primeira necessidade para tantos portugueses.

Por Ferreira FernandesDiário de Notícias, 16.11.2007

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