domingo, 5 de maio de 2013

Pedro Lains. Novas medidas são "terceiro pacote" com "aumento de impostos"

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O economista Pedro Lains considerou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo são um "terceiro grande pacote de austeridade" com "aumento de impostos" e que o alívio proposto para 2015 tem a ver com o ciclo eleitoral.
Para o economista, além das medidas de cortes na despesa, o que Passos Coelho anunciou na noite de sexta-feira corresponde também a "um aumento de impostos, só que não é generalizado porque recai sobre uma parte da população".
Pedro Lains disse, ainda, que este é "um terceiro grande pacote de austeridade", o que coloca Portugal num caminho muito semelhante ao da Grécia, de recessão em recessão.
"Esse é o objetivo. Isso tem uma explicação económica, porque a recessão traz menores necessidades de financiamento externo da economia, sobretudo das famílias e das empresas", afirmou, considerando que uma economia como a portuguesa em crescimento precisa de financiamento externo, logo, "a única forma de reduzir as necessidades de financiamento externo é fazer com que a economia não cresça".
Além do impacto económico, o investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa disse ainda que a escolha das medidas tem relevo pela sua "importância política" e que se notam "preocupações eleitorais" na forma como deverão executadas.

"A primeira é que recai sobre uma parte da população em que PSD e CDS têm menos eleitores e a segunda, que é extremamente grave atendendo à dimensão das medidas, é que a austeridade foi reduzida em 2015, que é ano de eleições para a Assembleia da República", considerou o também especialista em história económica.

Notas do Papa Açordas:  Concordamos plenamente com o economista Pedro Lains. pois mais uma vez, são os mesmos a pagar a crise... E as PPP? E o grande capital? Esses ficam sempre de fora.


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