quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

“Há muitos factores que podem proporcionar a queda do Governo”

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O social-democrata António Capucho considerou hoje que há muitos fatores que podem levar à queda do Governo, entre os quais o recente relatório pedido ao FMI com os novos cortes e a "inabilidade" de comunicação.
Em declarações à agência Lusa, o ex-presidente da Câmara de Cascais disse prever um agravamento da crise, nomeadamente, sublinhou, "a partir do momento em que, inexplicavelmente este Governo pede um relatório ao FMI [Fundo Monetário Internacional] que prevê 12 milhões de cortes, depois de ter anunciado que eram precisos 4 mil milhões".
"Isto sem explicar porque é que não prefere renegociar, seja a dívida, seja o tempo, para conseguirmos endireitar as contas do país. Além disso, faz incidir estes cortes em áreas muito problemáticas e que são muito queridas aos portugueses, o Estado Social", acrescentou.
António Capucho considerou ainda que "a confusão no meio do Governo é total", dando como exemplo a restrição imposta aos jornalistas na conferência sobre Reforma do Estado, como prova da "completa inabilidade do Governo em lidar em matéria de comunicação".
"Há muitos fatores que podem proporcionar a queda do Governo, seja a curto prazo, seja com os resultados nada auspiciosos nas autarquias, pode muito bem acontecer que este Governo não tenha capacidade para subsistir e nessa altura o Presidente da República tem de intervir", afirmou o antigo conselheiro de Estado, adiantando que isso poderá passar por se recorrer a um governo do tipo de salvação ou dissolvendo e convocando eleições.
"Não nos iludamos, o país está a atravessar uma crise muito difícil. As notas de otimismo que por vezes surgem da parte do senhor primeiro-ministro não nos convencem e ainda agora as previsões do Banco de Portugal, a propósito da recessão, denunciam que, mais uma vez, o Governo se enganou nas previsões e vamos ter um ano muito difícil, o Governo e o país", concluiu.
Notas do Papa Açordas: Há muito que António Capucho se vem distanciando do desgoverno actual... É pena que Passos Coelho não ouça os seus companheiros mais capazes...

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