quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Governo pode aumentar o IVA sobre o vinho

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O governo está a ponderar aumentar a taxa de IVA sobre o vinho e os refrigerantes para o nível máximo de 23%.

Ao Jornal de Negócios, João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, disse que esta será uma medida “dramática para a produção”, acrescentando que “aumentar o IVA ou alterar o IEC (Imposto Especial do Consumo) no vinho é matar toda a fileira em Portugal”.

O responsável lembra ainda que tudo o que diz respeito ao vinho tem origem em Portugal, desde o vidro da garrafa até à cortiça da rolha, alertando que este sector empregou em 2010, 200 mil pessoas no país e que dele dependem 55 mil produtores.

Além disso, coloca-se a questão da competitividade europeia já que a isenção do IEC é vigente em todos os países produtores europeus como a Espanha, a França, a Itália e a Alemanha.

“Não temos dúvidas que o aumento do IVA irá prejudicar de forma tremenda as vendas nas grandes superfícies e agravar, e muito, o já reduzido consumo nos restaurantes”, defende a direcção da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas.

Ana Isabel Alves, secretária-geral do organismo, afirma que um aumento de 10% “implicará uma subida no preço do vinho de 8,8%, caso o agravamento seja repercutido no preço final”.

Notas do Papa Açordas: Vai ser um verdadeiro desastre se este (des)governo aumentar o IVA do vinho para 23%. Portugal é um país vinícola e não comporta um IVA máximo sobre um produto tão popular. Só um aprendiz de política equacionava esta hipótese...


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