Marcelo Rebelo de Sousa garante que não irá revelar as conversas que teve com "primeiros-ministros" no exercício das suas funções presidenciais, assim como também não pretende comentar os seus antecessores ou quem lhe vier a suceder.
"Não vou publicar memórias. O que se passou, passou", disse o Presidente no decorrer de uma aula a alunos do Liceu Pedro Nunes, onde está a assinalar o seu primeiro ano de mandato com um regresso à escola onde foi aluno.
A questão surgiu pela voz de um dos estudantes, que quis saber o que fará Marcelo quando acabar este primeiro mandato.
Rebelo de Sousa confessou que dificilmente voltará ao comentário político, por sentir que ficará limitado nos comentários que poderá fazer.
Marcelo acha que um ex-Presidente não deve comentar quem lhe antecedeu nem quem o sucede e também não acha correto revelar os contactos que teve no desempenho de funções.
Sem nunca se referir a Cavaco Silva, ficou claro que não pretende seguir as pisadas do seu antecessor que escreveu um livro de memórias no qual relata em pormenor as reuniões que teve com o primeiro-ministro José Sócrates.
"Não fica bem a um antigo Presidente da República. Não é isso que se espera dele", disse sobre a possibilidade de comentar alguns aspetos da política depois de sair do cargo.
O que Marcelo não desfez foi o tabu sobre se se recandidatará ou não a um segundo mandato.
Rebelo de Sousa, que já foi taxativo a dizer que faria apenas um mandato, deixa agora tudo em aberto.
"Veremos", limitou-se a dizer o Presidente da República. (Ionline)
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