Jumento do dia
José Matos Correia
É preciso ter uma imaginação muito fértil para ver a comunicação de Marcelo povoada de dúvidas e de recados ao governo e Marcelo parece ter essa qualidade. Deve ter sido muito difícil digerir a comunicação do Presidente da República ao ponto de terem de a elogiar. Até parece que ainda estamos no consulado cavaquista, quando cada discurso obrigava a complexas interpretações.
Mas o mais curioso é o "vá lá, vá lá", sinal de que o pessoal de Passos Coelho está com muito medo de Marcelo, daquele que Passos designou de forma jocosa como cata-vento.
«Vá lá, vá lá!” Foi esta a expressão que correu nos bastidores da direção do PSD depois de terem ouvido Marcelo Rebelo de Sousa falar do Orçamento de Estado de António Costa. A comunicação do Presidente da República ao país não chegou onde o partido sonhava - Marcelo manteve o benefício da dúvida ao Executivo socialista - mas reconfortou os “laranjinhas” ao deixar uma série de dúvidas sobre os resultados do modelo socialista que o PR diz só ter a prova dos nove lá mais para 2017.
“Sem se comprometer, o Presidente defendeu-se. E ao defender-se reforçou a sua independência política face ao Governo”, ouviu o Expresso. A reação oficial do partido, pela voz de José Matos Correia, ainda que seca, traduziu isso mesmo. Considerando que a promulgação do OE era absolutamente “expectável”, o vice-presidente de Passos Coelho preferiu salientar os dois pontos da comunicação presidencial que mais colam com o discurso do PSD. A saber: a “exigência” de boa execução orçamental e de “rigor”; e a defesa da estabilidade política.» [Expresso]
Mas o mais curioso é o "vá lá, vá lá", sinal de que o pessoal de Passos Coelho está com muito medo de Marcelo, daquele que Passos designou de forma jocosa como cata-vento.
«Vá lá, vá lá!” Foi esta a expressão que correu nos bastidores da direção do PSD depois de terem ouvido Marcelo Rebelo de Sousa falar do Orçamento de Estado de António Costa. A comunicação do Presidente da República ao país não chegou onde o partido sonhava - Marcelo manteve o benefício da dúvida ao Executivo socialista - mas reconfortou os “laranjinhas” ao deixar uma série de dúvidas sobre os resultados do modelo socialista que o PR diz só ter a prova dos nove lá mais para 2017.
“Sem se comprometer, o Presidente defendeu-se. E ao defender-se reforçou a sua independência política face ao Governo”, ouviu o Expresso. A reação oficial do partido, pela voz de José Matos Correia, ainda que seca, traduziu isso mesmo. Considerando que a promulgação do OE era absolutamente “expectável”, o vice-presidente de Passos Coelho preferiu salientar os dois pontos da comunicação presidencial que mais colam com o discurso do PSD. A saber: a “exigência” de boa execução orçamental e de “rigor”; e a defesa da estabilidade política.» [Expresso]
In "O Jumento"
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