sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A Farsa da retoma económica

Actividade económica deteriorou-se em Novembro

A actividade da economia portuguesa deteriorou-se em Novembro face
a Outubro, segundo o índice de confiança do Instituto Superior de Economia
e Gestão (ISEG), ontem divulgado.

O indicador mensal das expectativas sobre a evolução de curto prazo da
economia portuguesa registou uma descida "ligeira" de 0,1 pontos, para
51,5 pontos, ainda de acordo com o Instituto.

O ISEG adianta ainda que "diminuiu o consenso dos membros do painel
relativamente à evolução económica".

O índice de confiança do ISEG foi divulgado pela primeira vez em Outubro
de 2004. O seu valor pode variar entre zero e 100 e é elaborado por um
painel de 16 professores da faculdade.

Baseia-se em informação quantitativa (números do Instituto Nacional de
Estatística e em relatórios de instituições especializadas na actividade
económica) e qualitativa (inquérito a todos os docentes do ISEG sobre a
forma como antecipam a evolução da economia portuguesa no curto prazo).
Como indicador de consenso é utilizado o coeficiente de variação dos valores
individuais, explica o ISEG. (Público)

Nota do Papa Açordas: Será isto a retoma económica que o presidente
do conselho fala?

No Estado de Sócrates

Pela sua actualidade, passo a transcrever uma carta de um leitor publicada pelo
jornal Público do dia 28/11/07:

Até os vendedores de castanhas estão em crise!

Foi com este toque que José Sócrates tentou acordar da letargia o Parlamento
Europeu. E ali defendeu a globalização em curso, isto é, a realpolitik daquilo que
poderíamos chamar um neoliberalismo mundial.

Só que esta atitude, aparentemente pragmática e inevitável, esconde uma enorme
falta de bases ideológicas. O ainda primeiro-ministro que nos oprime, sob a capa
de um "arrumar a casa" (leia-se "reduzir o défice"), lançou os fundamentos dum
brutal ataque ao Estado social, às classes socioeconomicamente mais desprotegidas,
ao movimento sindical ("quebrar a espinha aos sindicatos"?). E a tanto nem alguma
direita preocupada em questões de justiça social se atrevera.

José Sócrates Pinto de Sousa tem vindo, às claras, a destruir a confiança, a alegria,
o futuro. Por mais que propangandeie o oposto. O país não está a recuperar coisíssima
nenhuma: o desemprego continua imparável e a atingir taxas preocupantes e os sinais
de crise instalada são por demais visíveis por todo o lado. Algum emprego novo sofre
dos vícios duma precariedade ainda há pouco insuspeitada, diàriamente se vê gente
angustiada com falta de bens essenciais, a saúde está muito mais cara, a economia
afunda-se. Ao ponto de (não é anedota) termos ouvido vendedores ambulantes de
castanha assada falarem em deixar a actividade.

É por isso que apelo aos autênticos militantes do PS: acabem com tamanha destruição
dos ideais socialistas. A manifestação de 200 mil trabalhadores na rua impressionou
mais o estrangeiro que as nossas televisões e o nosso Governo. Abram os olhios.
Acordem! (J.Sousa Dias/Ourém - Público)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Para meditar...

Frases de ontem

"O mapa autárquico já
hoje é pintado, em larga
medida, a laranja e a cor-
-de-rosa. O novo acordo
eleitoral torna mais
difícil, no futuro, uma
maior variedade de
cores".

Editorial
Diário de Notícias


"Quando Mário Soares
repete (...): "Gostaria que o
PS se voltasse um
bocadinho para a
Esquerda", ele sabe que
a viragem é impossível
com esta gente".

Baptista-Bastos
Diário de Notícias


"O PCP mostra neste caso
(de Luísa Mesquita) o
pior do seu código
genético: autoritarismo e
intolerância, disfarçados
através do eufemístico
centralismo
democrático".

Armando Esteves Pereira
Correio da Manhã

In Público, 29-11-07

Os novos "lagartos"...

Número de licenciados a recibo verde aumenta

O número de recém-licenciados a trabalhar com contrato de prestação de serviços
tem vindo a aumentar. Em algumas profissões, quase metade dos jovens encontra,
desta forma, o primeiro emprego. Os números foram ontem apresentados num
debate sobre a realidade laboral dos diplomados, realizado na Faculdade de Psicologia
da Universidade do Porto.

O sociólogo e ex-deputado do Bloco de Esquerda, João Teixeira Lopes, não tem
dúvidas:"Esta é uma situação a que já ninguém escapa, nem mesmo os licenciados".
Cristina Andrade, do movimento FERVE - Fartos d´Estes Recibos Verdes -, entende
que o fenómeno torna as pessoas "mais fácilmente descartáveis". E acusa os
sindicatos de inércia: "A questão dos recibos verdes não é falada pelos sindicatos".
João Teixeira Lopes concorda que "os sindicatos demoram a perceber a situação",
continuando a privilegiar "a aristocracia dos assalariados" na sua acção.

Ângela Santos Loureiro, da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), o
orgão do Estado ao qual compete a prevenção e fiscalização das condições laborais,
entende que a "culpa" da situação é da "falta de cultura de contratação" existente.
Mas admite que o organismo de que faz parte enfrenta "dificuldades tremendas"
para cumprir o seu papel, dada a "ausência de legislação". (Público)

Nota do Papa Açordas: Olha aqui estão os 105.000 mil "empregos" criados
pelo presidente do conselho...

A greve da Função Pública

Sindicatos prevêem forte adesão

A greve da função pública, convocada para amanhã, deverá encerrar tesourarias
e repartições de finanças, tribunais, escolas, consultas hospitalares e serviços
municipais, dizem os sindicatos, que acreditam que esta será "uma das melhores
greves de sempre".

Segundo informa o Público, a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da
Função Pública, disse que, tendo em conta os muitos plenários e reuniões feitos
com os trabalhadores, "as expectativas de adesão à greve são as melhores, tanto
em sectores em que normalmente se registam elevadas paralisações como em
sectores em que nem sempre se faz greve".

Francisco Santos Braz, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da
Administração, um dos maiores que integram a Frente Comum (CGTP), sustenta
que a mobilização dos trabalhadores para a greve é muito forte e, por isso, acredita
que muitos serviços municipais vão encerrar.

"Nunca houve tanta gente nos plenários e reuniões que temos feito por todo o
país e os trabalhadores têm manifestado grande preocupação pela política que
o Governo está a seguir para a função pública", disse.

O coordenador da Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o presidente
do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), também se pronunciaram
pela forte mobilização dos seus sectores.

Nota do Papa Açordas: Oxalá os trabalhadores da Função Pública se mobilizem
e saibam mostrar a esta espécie de governo a sua indignação e revolta, pelas
"maldades" que têm feito.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

De mal a pior...

INSENSIBILIDADE, ESTUPIDEZ POLÍTICA OU ESTRATÉGIA MANHOSA

Ainda não percebi o que pretende o ministro das Finanças com a aplicação de descontos para a ADSE aos aposentados da Função Pública. Começou por acabar com a isenção de que beneficiavam os aposentados que a partir de 2006 passaram a descontar 1%, o argumento era válido, nada justificava a isenção. Depois passou a aplicar o desconto aos 14 meses e, por fim, vai aumentar a taxa para 1,5%.

Começa por dar aos aposentados o mesmo tratamento que têm os funcionários no activo para depois os penalizar nos subsídios de férias e de Natal. Está-se mesmo a ver que da próxima vai descobrir que os trabalhadores no activo são beneficiados e que, tal como os aposentados, deverão descontar nos 14 meses.

Alguém deveria explicar a este ministro que há uma grande diferença entre ser ministro das Finanças numa democracia e ser merceeiro, os truques do merceeiro quando aplicados num ministério das Finanças pode ter resultados desastrosos e os "clientes" da mercearia podem fartar-se das manhas do ministro e passar a aviar-se na concorrência.

Este ministro está farto de fazer asneiras políticas para poupar no farelo, incapaz de fazer algo que se veja tenta mostrar serviço em questões menores mas que lhe poderão custar caro nas próximas legislativas.

In O JUMENTO, 28-11-07

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Comunicado à População



Panfleto entregue à população
explicando as razões da greve


O Papa Açordas dá o seu
total apoio a esta greve

E você, confia?

Maioria não confia na actuação das polícias

Mais de metade dos portugueses inquiridos pela Deco (Associação para a
Defesa do Consumidor) que já foram vítimas de algum crime não fizeram
queixa à polícia. E seis em cada dez que participaram, afirmam ter sido
em vão.

Segundo o Público, a descrença nos resultados, o excesso da burocracia ou
a desvalorização do sucedido pela própria vítima, são os motivos invocados
para justificar a não participação. Quando o fazem, as críticas passam a
ser outras. Queixam-se das infra-estruturas pouco cómodas das esquadras,
da falta de humanismo dos agentes e da incapacidade para oferecerem
determinadas respostas, como o transporte até casa.

Sobre a própria actuação da polícia, a avaliação também está longe de ser
positiva: 58 por cento disse não ter visto quaisquer resultados e 38 por
cento garantiu que os agentes "pouco ou nada fizeram para identificar o
agressor".

Numa escala de 1 a 10, GNR, PP e Polícia Judiciária não receberam mais
de 3 valores.

Nota do Papa Açordas: Uma vez disse a um polícia que na rua paralela
havia uma briga entre dois indivíduos. Pois ele agradeceu e rumou para o
sítio oposto...

E estão mesmo!...

Eles estão doidos!
António Barreto

A MEIA DÚZIA DE LAVRADORES que comercializam directamente os seus produtos e que sobreviveram aos centros comerciais ou às grandes superfícies vai agora ser eliminada sumariamente. Os proprietários de restaurantes caseiros que sobram, e vivem no mesmo prédio em que trabalham, preparam-se, depois da chegada da “fast food”, para fechar portas e mudar de vida. Os cozinheiros que faziam a domicílio pratos e “petiscos”, a fim de os vender no café ao lado e que resistiram a toneladas de batatas fritas e de gordura reciclada, podem rezar as últimas orações. Todos os que cozinhavam em casa e forneciam diariamente, aos cafés e restaurantes do bairro, sopas, doces, compotas, rissóis e croquetes, podem sonhar com outros negócios. Os artesãos que comercializam produtos confeccionados à sua maneira vão ser liquidados.

A SOLUÇÃO FINAL vem aí. Com a lei, as políticas, as polícias, os inspectores, os fiscais, a imprensa e a televisão. Ninguém, deste velho mundo, sobrará. Quem não quer funcionar como uma empresa, quem não usa os computadores tão generosamente distribuídos pelo país, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer-se de produtos e matérias-primas industriais e quem não quer ser igual a toda a gente está condenado. Estes exércitos de liquidação são poderosíssimos: têm Estado-maior em Bruxelas e regulam-se pelas directivas europeias elaboradas pelos mais qualificados cientistas do mundo; organizam-se no governo nacional, sob tutela carismática do Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho; e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelas multinacionais da gordura, pelo cartel da ração e pelos impérios do açúcar.

EM FRENTE À FACULDADE onde dou aulas, há dois ou três cafés onde os estudantes, nos intervalos, bebem uns copos, conversam, namoram e jogam às cartas ou ao dominó. Acabou! É proibido jogar!Nas esplanadas, a partir de Janeiro, é proibido beber café em chávenas de louça, ou vinho, águas, refrigerantes e cerveja em copos de vidro. Tem de ser em copos de plástico.Vender, nas praias ou nas romarias, bolas de Berlim ou pastéis de nata que não sejam industriais e embalados? Proibido.Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtude fazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos, compotas, pão e enchidos.Na província, um restaurante artesanal é gerido por uma família que tem, ao lado, a sua horta, donde retira produtos como alfaces, feijão verde, coentros, galinhas e ovos? Acabou. É proibido.Embrulhar castanhas assadas em papel de jornal? Proibido.Trazer da terra, na estação, cerejas e morangos? Proibido.Usar, na mesa do restaurante, um galheteiro para o azeite e o vinagre é proibido. Tem de ser garrafas especialmente preparadas.Vender, no seu restaurante, produtos da sua quinta, azeite e azeitonas, alfaces e tomate, ovos e queijos, acabou. Está proibido.Comprar um bolo-rei com fava e brinde porque os miúdos acham graça? Acabou. É proibido.Ir a casa buscar duas folhas de alface, um prato de sopa e umas fatias de fiambre para servir uma refeição ligeira a um cliente apressado? Proibido.Vender bolos, empadas, rissóis, merendas e croquetes caseiros é proibido. Só industriais.É proibido ter pão congelado para uma emergência: só em arcas especiais e com fornos de descongelação especiais, aliás caríssimos.Servir areias, biscoitos, queijinhos de amêndoa e brigadeiros feitos pela vizinha, uma excelente cozinheira que faz isto há trinta anos? Proibido.

AS REGRAS, cujo não cumprimento leva a multas pesadas e ao encerramento do estabelecimento, são tantas que centenas de páginas não chegam para as descrever.Nas prateleiras, diante das garrafas de Coca-Cola e de vinho tinto tem de haver etiquetas a dizer Coca-Cola e vinho tinto.Na cozinha, tem de haver uma faca de cor diferente para cada género.Não pode haver cruzamento de circuitos e de géneros: não se pode cortar cebola na mesma mesa em que se fazem tostas mistas.No frigorífico, tem de haver sempre uma caixa com uma etiqueta “produto não válido”, mesmo que esteja vazia.Cada vez que se corta uma fatia de fiambre ou de queijo para uma sanduíche, tem de se colar uma etiqueta e inscrever a data e a hora dessa operação.Não se pode guardar pão para, ao fim de vários dias, fazer torradas ou açorda.Aproveitar outras sobras para confeccionar rissóis ou croquetes? Proibido.Flores naturais nas mesas ou no balcão? Proibido. Têm de ser de plástico, papel ou tecido.Torneiras de abrir e fechar à mão, como sempre se fizeram? Proibido. As torneiras nas cozinhas devem ser de abrir ao pé, ao cotovelo ou com célula fotoeléctrica.As temperaturas do ambiente, no café, têm de ser medidas duas vezes por dia e devidamente registadas.As temperaturas dos frigoríficos e das arcas têm de ser medidas três vezes por dia, registadas em folhas especiais e assinadas pelo funcionário certificado.Usar colheres de pau para cozinhar, tratar da sopa ou dos fritos? Proibido. Tem de ser de plástico ou de aço.Cortar tomate, couve, batata e outros legumes? Sim, pode ser. Desde que seja com facas de cores diferentes, em locais apropriados das mesas e das bancas, tendo o cuidado de fazer sempre uma etiqueta com a data e a hora do corte.O dono do restaurante vai de vez em quando abastecer-se aos mercados e leva o seu próprio carro para transportar uns queijos, uns pacotes de leite e uns ovos? Proibido. Tem de ser em carros refrigerados.

TUDO ISTO, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde. Para modernizar a economia. Para apostar no futuro. Para estarmos na linha da frente. E não tenhamos dúvidas: um dia destes, as brigadas vêm, com estas regras, fiscalizar e ordenar as nossas casas. Para nosso bem, pois claro.

In PÚBLICO, 25-11-07]

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Helicópteros Merlin EH-101

Falta de decisão vai custar caro

Mais de metade da esquadrilha de helicópteros de busca e salvamento
EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa está no chão por falta de
manutenção.

De acordo, com fontes do sector, apenas cinco dos doze aparelhos estão
operacionais "dois nos Açores, um no Porto Santo, e os restantes no
Montijo", explicou um porta-voz da Força Aérea ao Expresso.

Eduardo Bonini, presidente executivo da OGMA, chama a atenção de
"no chão, as aeronaves vão-se deteriorando. Qualquer solução, a falta
de decisão vai encarecer o custo para o governo".

Isto acontece, porque o Ministério da Defesa não chegou a acordo com
o fabricante dos aparelhos, a companhia italo-britânica Agusta-Westland,
sobre a manutenção dos mesmos.

Nota do Papa Açordas: É altura de acabarem com o miserabilismo
e colocarem os aparelhos no ar...

"Cadê" os 150.000?

"167.000
profissionais qualificados
(dirigentes e quadros superiores,
trabalhadores intelectuais
e científicos) perderam
o emprego desde a chegada
de Sócrates ao Governo, segundo
contas do Diário Económico".

In Expresso, 24-11-07

domingo, 25 de novembro de 2007

sábado, 24 de novembro de 2007

Triste realidade

Em Portugal existem dois países: um, virtual, cor de rosa, tecnológico e onde vive
o presidente do conselho de ministros com a sua vasta Nomenklatura, o outro,
negro da cor da fome, atrasado, com:

- 444 mil desempregados ( 210 mil de longa duração);

- 60 mil licenciados desempregados;

- O desemprego duplicou desde 2001;

- O encerramento de maternidades, escolas, centros de saúde, postos da GNR e PSP,
urgências de hospitais, etc., contribuindo fortemente para a desertificação do interior;

- O agravamento dos impostos (671,00 euros é o que cada contribuinte vai pagar a
mais em 2008 face ao que pagava no ano passado. É um aumento superior a 6 %
ao ano que duplica o valor da inflação.);

- As taxas de internamento hospitalar, como se os doentes fossem voluntários...;

- O novo regime da segurança social;

- As alterações das regras de aposentação dos funcionários públicos,

- etc.,etc.etc.

Por todas estas malfeitorias acho que devemos mostrar, nas próximas eleições, um
cartão vermelho a tão sinistras criaturas...

-

Uma das maiores "bacorices" deste governo

FUNDAMENTALISMO ORÇAMENTAL


«Os reformados da função pública vão ter de descontar para o subsistema de saúde ADSE sobre as 14 pensões que recebem anualmente e não as 12, como se esperava inicialmente. A decisão consta de um despacho do secretário de Estado do Orçamento, que responde a um ofício da Caixa Geral de Aposentações levantando a dúvida se a nova taxa contributiva de 1% (antes dos reformados estavam isentos) se deve aplicar sobre 12 ou 14 meses (incluindo subsídios de Natal e de férias). » [Diário de Notícias]


Parecer:
Ridículo! O pressuposto destas cabecinhas é que não trabalhando os reformados não têm férias e, por conseguinte, os subsídios são tratados como as outras pensões.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro das Finanças se já perdeu a vergonha.»

In O JUMENTO, 24-11-07

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

República dos Bananas

Finalmente, tornou-se oficial vivemos na república dos bananas. E os bananas somos nós, que
trabalhamos por conta de outrem e pagamos impostos sem ter hipótese de entrar na fraude fiscal ou no branqueamento de capitais.

Vem isto a propósito da reiterada acusação feita pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Amaral Tomás. O senhor governante jura a pés juntos que "alguns empresários [quais?] deviam ter vergonha da sua actuação". Porquê? Porque roubam o Estado (todos nós) cometendo fraude fiscal e enriquecem lavando dinheiro sujo.

Na república dos bananas mandam as lavadeiras e, tanto quanto sabemos, o Governo de todos nós limita-se a dizer-lhes que sabe o que se passa, na esperança de que a denúncia leve a mudanças de comportamento. Mais ou menos como quem publica na Internet a lista dos devedores ao Fisco. Sistema, aliás, há séculos utilizado, sem recurso às novas tecnologias, pelos comerciantes do fiado.

Pois, senhor secretário de Estado, nós contribuintes pagadores exigimos mais de Vossa Excelência. Não nos basta que os cofres do Estado continuem a engordar à nossa custa, que pagamos cada vez mais, nem à custa dos criminosos da fraude e da lavagem, que pagam, apenas, quando são apanhados.

Se o senhor diz o que diz - e já o disse por duas vezes - é porque sabe do que fala e a sua obrigação é denunciar todos os casos que conhece à Polícia. Fraude? Lavagem de dinheiro? Esta não é, apenas, uma questão fiscal.

Como está sempre a falar da "Operação Furacão", aguardamos que as suas declarações produzam, pelo menos, uma aragem, um ventinho. Para que possamos voltar a ser a República de Portugal.

Paulo BaldaiaJornal de Notícias, 22.11.2007
Blog Mais Évora

Alegre contesta concessão à EP

Manuel Alegre, vice-presidente do Parlamento, acaba de questionar o ministro
dos Transportes sobre as razões que "se baseou o Governo patra deliberar,
ao arrepio da prática anterior, a outorga da concessão de toda a rede viária
nacional, sem concurso público e sem qualquer debate no Parlamento, a uma
única sociedade anónima, a Estradas de Portugal,SA (EP,SA)".

Segundo informa o Diário de Notícias, o ex-candidato presidencial, em pergunta
ao gabinete de Mário Lino, lembra que "o direito à livre circulação nas estradas,
sem pagamento de quaisquer taxas ou impostos, está secularmente associado
à liberdade individual e ao desenvolvimento económico, desde o final da idade
média". Manuel Alegre frisa que "as estradas sempre foram consideradas
domínio público" e que "sobre elas, nem os senhores das terras nem os
mercadores tinham quaisquer direitos, cabendo ao rei e à lei garantir a
liberdade de passagem de todos".

Nota do Papa Açordas: O governo comporta-se como o salteador das estradas
do séc. XXI, se queres passar terás que pagar um tributo...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Penhoras à solta...

Direitos dos contribuintes estão a ser violados
Ordem de penhora sem que os contribuintes sejam
notificados é um dos abusos denunciados pelo PSD
Joana Ferreira da Costa

O PSD acusou ontem o Governo de estar "a violar o princípio da proporcionalidade"
nas relações entre o fisco e os contribuintes. E denunciou situações em que é dada
ordem de penhora por dívidas fiscais, sem que tenha havido sequer notificação da
dívida.

Em conferência de imprensa, o deputado Patinha Antão denunciou novos atropelos
do fisco na cobrança aos contribuintes. "Há pessoas a receber cartas de penhora por
dívidas de 30 ou 40 euros, quando não tinham sido notificadas sobre a sua existência",
afirmou. "O Governo tem obrigação de notificar os contribuintes, respeitando os
prazos previstos na lei: os contribuintes têm 30 dias para liquidar as dívidas, 60
dias para impugnar judicialmente a cobrança e 120 dias para a utilização da reclamação
graciosa", esclareceu.

O social-democrata exige que o Ministro das Finanças explique estes atropelos, bem
como as notícias de que o director-geral de Impostos deu ordem aos serviços para
"cobrarem todas as dívidas o mais rápidamente possível" até ao final do ano.

Uma orientação que "viola o princípio da proporcionalidade nas relações entre o
fisco e os contribuintes" e que considerou ser uma "inaceitável" forma de intimidação
dos próprios serviços. "O Governo tem dois pesos e duas medidas", acusou ainda,
lembrando que o Estado atrasa às vezes por mais de um ano os pagamentos aos
seus fornecedores, mas depois exige a essas mesmas pequenas e médias empresas
que paguem o IVA a tempo e horas.(Público)

Nota do Papa Açordas: Aqui está mais uma prova da cegueira e da soberba deste
incorrigível governo.

Promessas...

Obrigadinho Teixeira

O ministro das Finanças revelou-se um rapaz espertinho, prometeu que se os funcionários perdessem poder de compra seriam recompensados em 2009, isto é, o ministro promete dar em ano de eleições o que devia ter sido dado do ano anterior, esquecendo-se que nos primeiros dois anos do seu mandato os mesmos funcionários perderam poder de compra sem que tenham sido merecedores da sua falsa generosidade.

Muito espertinho este Teixeira.

In O JUMENTO, 21-11-07

Nova cirurgia para sinusite

Se sofre de sinusite crónica e aguda recorrente, não esmoreça, a partir
de agora existe uma nova técnica que permite optimizar o recurso à
endoscopia - em prática nestes casos desde a década de 80 - com a
estilização de cateteres com balões para dilatação dos orifícios sinusais
que permitem a sua drenagem e ventilação.

Segundo o Público, os custos dependem do tipo de abordagem e de
doente, mas - em ambiente privado - deverão ultrapassar os dois mil
euros. Assim, espera-se pela chegada da cirurgia aos hospitais públicos
ou (sector privado) pela comparticipação do novo procedimento pelas
seguradoras.

O doente poderá ter alta no mesmo dia ou no dia seguinte à operação.
Além do Porto, a cirurgia deverá surgir em breve em Lisboa, Setúbal
e Algarve.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Para meditar

Frases de ontem


"Em Portugal, um em
cada sete trabalhadores
não ganha o suficiente
para deixar de ser
pobre."

Luís Rego
Diario Económico


"Os tribunais
portugueses
transformaram-se em
locais onde mais se
violam os direitos
fundamentais da pessoa
humana."

António Marinho Pinto
24 Horas


"Há uma guerra civil não
declarada nas estradas."

Armando Esteves Pereira
Correio da Manhã

In Público, 20-11-07


Esmeralda

Esmeralda entregue definitivamente ao pai biológico até final do ano
Determina o Tribunal da Relação de Coimbra

O Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) revelou hoje que a menor Esmeralda Porto terá de ser entregue no final do ano ao pai biológico, Baltazar Nunes, 90 dias depois do acórdão proferido.

No primeiro acórdão, o TRC deu razão ao pai biológico na disputa que tem mantido quer com a mãe quer com o casal que acolheu a menor quando ela tinha três meses de idade, mas as partes consideraram que existiam dúvidas sobre a forma como a passagem da menor se iria processar.

Hoje, em esclarecimento, o relator do acórdão, o juiz Jacinto Meca, admite que existiu um "lapso" no acórdão que inquinava a "clareza da decisão". De acordo com o magistrado, a decisão de entrega da menor deveria ter sido cumprida já após a divulgação do acórdão, a 26 de Setembro, e "decorridos os noventa dias de integração da menor no seio da sua família - leia-se progenitor Baltazar - (...) a menor Esmeralda Porto é definitivamente entregue ao seu progenitor".

A menor "transitoriamente" continuará a residir com o casal Luís Gomes e Maria Lagarto e frequentará até ao momento em que for entregue ao progenitor, Baltazar Nunes, o infantário "Abrigo do Menino Jesus", mas 90 dias depois da notificação da sentença "cessa naturalmente aquele regime transitório, ficando a menina exclusivamente à guarda do pai, que exercerá, em plenitude, o poder paternal".

A escola que ela irá frequentar será escolhida pelo pai e será no seu local de residência, refere ainda o acórdão. (Jornal de Notícias)

Nota do Papa Açordas: Nós queríamos dar a notícia que a Esmeralda ia para melhor,
mas temos receio que ela vá para muito pior...Lamentamos profundamente...

Protesto de militares

A Comissão de Militares (COMIL) que está a organizar um protesto, em Lisboa,
acusou esta terça-feira, as chefias militares de estarem a pressionar os militares
no activo para que não participem no encontro, segundo informa o Correio da
Manhã.

Fernando Torres, da COMIL, salienta que "as chefias não fizeram qualquer
proibição por escrito", mas que "estão a ser transmitidas ordens, através da
cadeia de comando, para que as pessoas não vão ao encontro de quinta-feira".

A COMIL, que já foi responsável pelo "passeio do descontentamento" realizado
em 2006, anunciou um novo encontro para depois de amanhã (dia 22) na
Baixa de Lisboa, para protestar contra a revisão das carreiras e os cortes à
assistência na saúde dos militares.

Para evitar processos disciplinares, a COMIL está apelar aos militares no
activo para que, desta vez, não apareçam fardados ao encontro na próxima
quinta-feira.

NOTA DO PAPA AÇORDAS: Não há dúvidas, as chefias militares são uns
"Yesman" relativamente ao poder político e, nada democráticos.
Para a COMIL toda a nossa solidariedade e apoio.

Esperteza saloia

DURÃO BARROSO JULGA-NOS PARVOS

Ao justificar o seu apoio à invasão e destruição do Iraque Durão Barroso está a considerar-nos parvos, teria sido mais honesto se justificasse a sua opção por estar a apoiar dois amigos que foram determinantes pata a sua ambição, ser presidente da Comissão.

Durão Barroso não foi enganado, não leu os únicos documentos que haviam sobre a matéria, simplesmente leu o que lhe convinha ler, leu os documentos forjados pelos americanos que só convenceram os que estavam envolvidos na manobra de Bush. É bom recordar a Bush que durante meses os inspectores da ONU procuraram armas proibidas e não as encontraram.

Durão Barroso não foi enganado, tentou enganar os portugueses mas nem isso conseguiu. Vir agora justificar-se é um gesto de oportunismo e de cobardia. De oportunismo porque sabe muito bem que envolveu Portugal numa guerra com base em documentos falsos que foram produzidos para enganar a opinião pública. Cobarde porque sabendo desde o princípio da manobra em que se envolveu foi o último dos líderes presentes nas Lages a ter a assumir a sua responsabilidade.

In O Jumento, 20-11-07

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Novo radar


Atenção
Este é o radar para controlar
os autores dos blogues...

Para meditar!...

Frases de ontem


"Os políticos existem
para irem para o governo
fazer asneiras, mais
nada."

Ricardo Araújo Pereira
A Bola


"Dois árbitos foram
apanhados esta semana,
em flagrante delito, a
serem comprados
a preço de patacas. (...) Ao
menos na arbitragens os
preços não acompanham
o aumento do custo de
vida."

Francisco Moita Flores
Correio da Manhã


"Vi os documentos, tive-os
à minha frente,
dizendo que havia armas
de destruição maciça no
Iraque. Isso não
correspondeu à verdade."

José Manuel Barroso
TSF/Diário de Notícias

In Público, 19-11-07

domingo, 18 de novembro de 2007

PS(D)

PSD ataca Marcelo e Pacheco

Segundo o jornal SOL, os comentários de Pacheco Pereira, na SIC Notícias, e de
Marcelo Rebelo de Sousa, na RTP, estão a provocar a irritação da direcção do
PSD e de muitos militantes sociais-democratas.

Uma fonte da direcção de Meneses disse ao Sol que "neste momento, não há
comentadores políticos do PSD", numa alusão aos sociais-democratas Pacheco
Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa, em contraponto com Jorge Coelho e António
Vitorino que, alega a mesma fonte, defendem a linha oficial do governo e do PS.

Na volta que Luís Filipe Meneses e Ribau Esteves têm vindo a fazer com as
estruturas e os militantes do partido, tem sido bastante criticada a posição
política daqueles comentadores.

O jornal recorda ainda que críticas idênticas já foram proferidas por Rui Gomes
da Silva, quando Santana Lopes era primeiro-ministro e levaram ao afastamento
de Marcelo da TVI.

Nota do Papa Açordas: Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa estão
certos, pois estão a defender a política do PSD, embora executada por um pseudo
socialistas chamado Sócrates... Pelo menos, estes são uns sociais-democratas
coerentes...

Para Meditar!...

Frases de ontem


"Deve haver razões que
a razão desconhece
para mudar o estatuto
da Estradas de
Portugal."

Nicolau Santos
Expresso


"Sócrates é de uma
pavorosa
mediocridade."

Vasco Pulido Valente
Única/Expresso


"E lá vamos nós pagar
mais um imposto,
mascarado de taxa.
Para a Estrada de
Portugal. É o Estado a ir
ao bolso, com a
desfaçatez própria dos
socialistas estatizantes!"

Marcelo Rebelo de Sousa
Sol


"Das estradas de
Portugal à Ota, as vias
ínvias de Sócrates e
Mário Lino formam um
verdadeiro labirinto."

Vicente Jorge Silva
Sol

In Público, 18-11-07

"Cadê" os outros?

Corrupção no futebol

Como todos já certamente sabem, 2 dirigentes do Sporting Clube de Lamego,
foram apanhados em flagrante quando estavam a "comprar" dois árbitros de
futebol..

Cada árbitro estaria a receber uma quantia que não ultrapassaria os quinhentos
euros.

Presentes ao juiz, os árbitros e os dirigentes ficaram com termo de identidade e
residência, para além da suspensão das suas actividades futebolísticas.

Os arguidos, como informa o jornal Público, ficaram ainda proibidos de "contactar
com qualquer agente desportivo relativamente a assuntos relacionados com o
desporto e ainda de frequentarem espaços e meios ligados ao futebol, arbitragem,
federações desportivas e outros conexos."

Nota do Papa Açordas: "Cadê" os outros? Os tubarões, onde estão? Os grandes
subornos das obras públicas...
Por alguma razão mandaram o deputado João Cravinho para o BEI, em Londres...

É a crise!...

Mais pequena a quota-parte do militante
EM 2002, o país socialista teve uma violenta carestia de vida: os militantes, que pagavam 50 cêntimos de quota, passaram a pagar dois euros! Não houve manifestações nem slogans tipo "o custo da militância aumenta, o povo não aguenta", mas o líder Ferro Rodrigues inevitavelmente caiu: não é impunemente que os de cima sujeitam os de baixo a uma inflação que quadruplica os custos. E sem as regalias sociais que os do partido vizinho usufruíam.

Um socialista para pagar a quota tinha de ir pagá-la, enquanto o do PSD tinha serviço personalizado: um dirigente pagava-lhe a quota e, por atacado, as do bairro inteiro.

Ciente da concorrência desleal, o novo líder do PS, José Sócrates, tinha de agir. Foi ontem: anunciou-se que a louca quota de dois-euros-dois por mês passou para a razoável quantia de um euro.Uma quebra de 50% num preço é sempre de louvar. Para mais quando o produto, o cartão do partido, é de primeira necessidade para tantos portugueses.

Por Ferreira FernandesDiário de Notícias, 16.11.2007

sábado, 17 de novembro de 2007

Nós por cá...

Ex.mo Senhor Ministro das Finanças

Victor Lopes da Gama Cerqueira, cidadão eleitor e contribuinte deste País, com o número de B.I . 8388517, do Arquivo de identificação de Lisboa, contribuinte n.º 152115870 vem por este meio junto de V.Ex.a para lhe fazer uma proposta:

A minha Esposa, Maria Amélia Pereira Gonçalves Sampaio Cerqueira, foi vítima de CANCRO DE MAMA em 2004, foi operada em 6 Janeiro com a extracção radical da mesma. Por esta "coisinha" sem qualquer importância foi-lhe atribuída uma incapacidade de 80%, imagine, que deu origem a que a minha Esposa tenha usufruído de alguns benefícios fiscais.

Assim, e tendo em conta as suas orientações, nomeadamente para a CGA, que confirmam que para si o CANCRO é uma questão de só menos importância.

Considerando ainda, o facto de V. Ex.ª, coerentemente, querer que para o ano seja retirado os benefícios fiscais, a qualquer um que ganhe um pouco mais do que o salário mínimo, venho propor a V. Ex.ª o seguinte:

a) a devolução do CANCRO de MAMA da minha Mulher a V. Ex.ª que, com os meus cumprimentos o dará à sua Esposa ou Filha.

b) Concomitantemente com esta oferta gostaria que aceitasse para a sua Esposa ou Filha ainda:
c) os seis (6) tratamentos de quimioterapia.

d) os vinte e oito (28) tratamentos de radioterapia.

e) a angustia e a ansiedade que nós sofremos antes, durante e depois.

f) os exames semestrais (que desperdício Senhor Ministro, terá que orientar o seu colega da saúde para acabar com este escândalo).

g) ansiedade com que são acompanhados estes exames.

h) A angústia em que vivemos permanentemente.

Em troca de V. Ex.ª ficar para si e para os seus com a doença da minha Esposa e os nossos sofrimentos eu DEVOLVEREI todos os benefícios fiscais de que a minha Esposa terá beneficiado, pedindo um empréstimo para o fazer.

Penso sinceramente que é uma proposta justa e com a qual, estou certo, a sua Esposa ou filha também estarão de acordo.

Grato pela atenção que possa dar a esta proposta, informo V.Ex.a que darei conhecimento da mesma a Sua Ex.ª o Presidente da República, agradecendo fervorosamente o apoio que tem dispensado ao seu Governo e a medidas como esta e também o aumento de impostos aos reformados e outras...

Reservo-me ainda o direito (será que tenho direitos?) de divulgar esta carta como muito bem entender.

Como V. Ex.ª não acreditará em Deus (por se considerar como tal...) e por isso dorme em paz, abraçando e beijando os seus, só lhe posso desejar que Deus lhe perdoe, porque eu não posso (jamais) perdoar-lhe.

Atentamente>
19/Outubro/2007>
Victor Lopes da Gama Cerqueira

Nota do Papa Acordas: Mais um e´mail que chegou e que, de modo algum, nos deixa indiferentes ao drama pessoal que esta família atravessa, por isso aqui o trancrevo. Peço
que as consciências julguem e condenem os culpados. Por mim, já o foram.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Negligência do Estado?

A terem sido tomadas medidas na altura, esta criança teria hipotéticamente
sido salva. De quem é a responsabilidade?

Se o Senhor existisse, dava-me a mão
Fernando Mora Ramos

A mulher está junto ao tanque, a máquina de lavar não consta dos bens adquiridos de já
casada. Cabelos sem pose, arruivados talvez - a distância não ajuda, o ecrã é pequeno -,
o corpo tenso, meia estatura, um rosto de minhota vindo dos confins célticos do sangue,
um metro e quase sessenta, pálida de brancas faces em rubor intenso. E revolta nos olhos
e palavras. Esbraceja e as mãos procuram no vazio qualquer coisa que não agarram,
perdidas.

O marido, no sofá que teve melhores horas, desolado diz: "Não nos deram nada, trezentos
euros, cabe tudo na cova de um dente. E eu que tenho uns nervos capazes de disparatar,
mato alguém por estar fora de mim, não ser eu. Foi uma dor que nos caiu em cima sem
remissão, ELA está ali e sei que é o fim."

No quarto, a miúda, adolescente aí de uns catorze anos, está entubada, ligada por umas
papas à vida. O rosto parado e como que ali posta para sempre, entregue a um destino
agora sem história: tem a doença das vacas loucas, a célebre doença de Creutzfeld-Jakob.
A mãe diz com uma clarividência corajosa o que raramente ouvimos: "Não, não tenho fé
nenhuma, se Deus existisse, ja me tinha ajudado". O Portugal dos três efes não anda por ali.
E não está para paliativos, nem para psicólogos, nem para assistentes sociais, a sua dor é
sem limite, não necessita de caridadezinha.

Por uma vez e por distracção do censor, interiorizado e não de cargo, a verdade dura
como um soco revela-se. Não há espectáculo. O olhar autêntico desta mãe derruba todas
as razões de Estado e todas as pepineiras sócio -blá-blá do entretém que nos cerca. Estão
irremediàvelmente sós, como muitos outros, talvez como a maior parte de nós.

De quem será a responsabilidade desta morte? A jornalista, esclarecida, afirma o que se
segue por outras palavras: os serviços de saúde portugueses reagiram muito tarde aos
avisos e as medidas efectivas vieram apenas dois anos depois de o perigo estar em acção.
O Estado reagiu ao retardador, acordou muito depois da tragédia ter começado a berrar.
O costume: ritmo burocrático, rotinas sem fio condutor e incapacidade de mando qualificado,
olhar atento e decisões na hora. A terem sido tomadas medidas na devida altura, esta
criança teria hipotéticamente sido salva. De quem é a responsabilidade, diz, rematando?

Por uns minutos a televisão está ao serviço da verdade, não escamoteia, não coloca a coisa
sob o tapete, nem nos atira para os olhos e excesso da "dor" para consumo novelístico e
culpa cultivada. Um documento vivo e tão cru quanto a noção exacta do que está por vir
para aquele casal: a criança vai morrer e eles sabem, e sabem que poderia ter sido evitada.
A sua revolta é uma espinha cravada na garganta dos que mandam, tantas vezes apenas
preocupados com metas financeiras e tamanho de salários. Que tristeza e ao mesmo tempo
que vontade de quebrar a louça necessária para que isto mude mesmo.(Público)

Nota do Papa Açordas: Este é mais um daqueles casos em que o Estado se demite
das suas funções sociais, e daí lava as mãos como Pilatos.
Devemos denunciar estes casos na Blogosfera.

Para meditar!...

Frases de ontem


"Os últimos dados da
Comissão Europeia
ilustram a cores garridas
uma triste realidade: os
portugueses caminham a
passos largos para serem
os mais pobres da
Europa".

Bruno Proença
Diário Económico


"Para repor os níveis de
confiança, além de
muitas outras coisas,
entre dinheiro, engenho,
imaginação, o país
precisa urgentemente de
um detector de
mentiras".

Paquete de Oliveira
Jornal de Notícias


"Se já tivéssemos pacto
de obras públicas entre o
PS e o PSD, a localização
do novo aeroporto na Ota
seria tão inevitável como
os impostos e a morte".

José Pacheco Pereira
Sábado

In Público, 16-11-07

Políticas do Mar... em baixa-mar...

Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar

Ao dar início ao roteiro sobre as ciências do mar, em Sines e no Algarve, Cavaco
Silva lembrou a indiferença e desatenção do Governo sobre esses assuntos,
manifestado no facto da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar,
criada em Conselho de Ministros em Fevereiro e tutelada pelo Ministério da
Defesa, se ter reunido apenas uma vez, em Maio.

Segundo o Público, o chefe de Estado sente que o executivo não está a prestar a
devida atenção ao assunto, dada a importância do mar para Portugal e, no discurso
de 10 de Junho, Cavaco Silva foi mais longe que nunca. Lembrando que "tanto no
passado como em anos recentes, realizaram-se inúmeros estudos sobre a aposta
portuguesa no mar" e que "já se identificaram, em diversas ocasiões, as facetas e
as virtualidades daquilo a que muitos designam pelo cluster do mar", o chefe de
Estado pediu acção.

"Mas não basta o mero sublinhar do nosso potencial, nem a retórica das virtualidades
da aposta no mar. É preciso passar à acção, tirar partido das oportunidades geradas
pela economia do mar e enfrentar, com determinação, as ameaças que sobre ele
impendem, afirmou Cavaco Silva.

Em Outubro, numa visita aos Açores dedicada às ciências do mar, o Presidente da
República voltou à carga, mas em vão. O governo não deu andamento às sugestões
então apresentadas.

Era bom que o governo viesse a público esclarecer quanto é que pagou à referida
Comissão, para nada produzir.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Não acabem com as Universidades!

Ensino Superior em risco de colapso financeiro

Seabra Santos, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas
(CRUP), anunciou que há, pelo menos, quatro universidades públicas em colapso
financeiro, sem orçamento para fazer face às despesas até ao final do ano.

Segundo o jornal Público, os reitores foram ontem recebidos pela Comissão de Educação,
Ciência e Cultura, no Parlamento, em Lisboa, com o obejectivo de chamar a atenção
dos deputados para o decréscimo do investimento do Governo no ensino superior.

"O ano de 2007 foi de extrema penúria. Os montantes previstos pelo Orçamento do
Estado para 2008 representam uma diminuição que distancia as universidade públicas
portuguesas da média europeia", explicou Seabra Gomes.

O presidente dos reitores prefere não revelar os nomes dsa instituições que estão em
"situação gravíssima", mas acrescenta que no próximo ano mais escolas estarão com
dificuldades em cumprir os seus compromissos. Para já, essas quatro universidades
vão precisar de transferências adicionais para funcionar até ao final do ano.

Sobre o investimento que o Governo está a fazer em acordos com universidades
estrangeiras, Seabra Gomes defende que esses fariam "mais sentido num quadro em
que não houvesse problemas nas universidades portuguesas".

Nota do Papa Açordas: Nada justifica o desmantelamento do ensino superior
público português, a não ser que o governo o queira nivelar pela...Umiversidade
Independente... será?
Este corte sistemático de verbas para o ensino superior público, fez-me lembrar
uma história que o meu avó contava:
Um espanhol tinha um cavalo, mas como este comia muito resolveu ir diminuindo
a ração. Quando já quase não lhe dava de comida, o cavalo morre. Um vizinho ao
perguntar-lhe porque é que o cavalo tinha morrido, respondeu-lhe: - Sabe, vizinho,
agora que o cavalo estava quase habituado a deixar de comer, morreu...
Parece que o governo quer aplicar a mesma receita às universidades...

Fábrica de Aviões em Évora

SKYLANDER nos céus do Alentejo

Está previsto para Abril do próximo ano o arranque da fábrica de aviões
da GECI International, que vai construir o avião SKYLANDER, para o
qual já tem 356 aparelhos encomendados.

A empresa irá ficar instalada em Évora, num hangar com 1000 metros
quadrados, um investimento de 125 milhões e que permitirá a criação
de 3000 postos de trabalho, 900 directos e os restantes indirectos.

É com uma enorme satisfação que recebo a notícia da construção desta
fábrica, num local com provas dadas na aviação civil. Oxalá ela não seja
logo deslocalizada.

O Deputado da Flama

Nunca um deputado da Madeira disse uma coisa tão certa, e teve
tanta unanimidade em volta das suas posições.

Gabriel Drumond, assim se chama o artista, declarou ao DN:


"Estamos num país que
vive uma ditadura"...


"Se esta barafunda
continua, o melhor é
Portugal libertar-se da
província rebelde que é a
Madeira. Fiquem lá com
o dinheiro, mas dêem-nos
o poder legislativo"

Pela minha parte, assino já!

Viva o bailinho da Madeira...

OE madeirense - défice 403 milhões de euros
coberto com receitas extraordinárias

O Governo Regional da Madeira vai recorrer à venda de património e de
participações em sociedades, assim como a novos empréstimos e a encaixes
financeiros provenientes de novas concessões, para cobrir o défice de 403
milhões de euros, segundo noticiou o jornal Público.

Estas receitas extraordinárias representam 26,9 por cento do valor global
(1497 milhões de euros) do orçamento, enquanto no do corrente ano
representaram 18,3 por cento, mas, até ao momento, parte dessas receitas
não foi efectivamente arrecadada.

Desta forma, verifica-se uma maior necessidade de receitas extraordinárias
do que em 2007, mais precisamente 8,6 por cento.

E se alguma dúvida houvesse sobre o despesismo do governo da Madeira,
veja-se o caso do parlamento regional ter reduzido o número de deputados
em 21 elementos (de 68 para 47), e o orçamento manter-se.

Tal alteração deveria corresponder a uma poupança de três milhões de
euros, sendo um milhão nos vencimentos dos deputados e dois milhões aos
grupos parlamentares, em função do número de deputados.

Os "cubanos" que paguem a crise!...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

PEQUENOS LUXOS

Não aprecio as notícias sobre as aquisições de automóveis para os ministros nem partilho da opinião dos que acham que um ministro deve apresentar-se com um Fiat Uno em segunda mão, mas convenhamos que desta vez o ministério da Justiça exagerou. Não para os carros destinados aos membros do governo mas pelo pequeno abuso cometido pelo presidente do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIEJ), a entidade que processou a compra.

Até parece que o presidente do IGFIEJ seguiu o princípio segundo o qual quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é estúpido ou não tem arte.

Convenhamos que comprar um Audi Limousine 2.0TDI por 47.599,00€, mais 2.831,00€ para extras, mais para o presidente de um instituto é um exagero, senão mesmo um abuso, até porque o distinto senhor, de nome João Manuel Pisco de Castro, já possuía uma outro Audi 6 e um Peugeot 404.

Será que se estivesse em causa a substituição da sua viatura privada procederia da mesma forma?

In O JUMENTO, 14-11-07

terça-feira, 13 de novembro de 2007

UMA CAPITAL SALOIA

O triste espectáculo de um enorme assador de castanhas alimentado com uma fogueira na mais importante praça da capital é um espectáculo pouco digno de uma capital europeia, que denuncia uma visão saloia da cidade por parte de António Costa. É evidente que assim se ganham votos de forma barata e sem ter qualquer política para a cidade para além da regularização das contas da autarquia.

De pouco serve fazer uma campanha para limpar uma cidade encardida quando no dia anterior se promove uma festa encardida, levando centenas de Lisboa a comer a beber numa praça onde não há nenhum WC por perto. Bastaria o presidente da câmara ir ver o estado em que está a base da estátua de D. José para que António Costa ficasse a perceber onde foi parar uma parte da água-pé distribuída.

Imaginem o maire de Paris a oferecer sardinhas assadas em frente do Museu do Louvre com os franceses a urinar na zona menos exposta da pirâmide. Foi mais ou menos isto que António Costa promoveu no Terreiro do Paço.

Imagino que por estas horas o presidente da Câmara Municipal de Lisboa já esteja a organizar um grande campeonato de matraquilhos no Rossio ou a promover a produção da maior sardinhada no Terreiro do Paço para entrar no Guiness.

In O JUMENTO, 13-11-07

Nota do Papa Açordas: Na realidade foi triste demais para uma cidade como Lisboa.
Segundo a comunicação social, houveram pessoas que levaram sacos de castanhas, outras
nem sequer as provaram e, ainda outras, tiravam as castanhas das mãos das pessoas...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ota ou Alcochete?

A forma como o ministro das Obras Públicas está a tratar com o "dossier" do
novo aeroporto, não agrada ao presidente da CIP, que o acusa de ter accionado
uma "campanha desesperada" para destruir o estudo que aponta Alcochete
como melhor opção.

Em declarações à agência Lusa, Francisco van Zeller, disse que "o ministro
quer destruir este estudo, parte por parte, em manobras que passariam, pela
descredibilização de José Manuel Viegas", o professor do Instituto Superior
Técnico que liderou a equipa responsável pelo documento, o qual estará a
preparar uma resposta, "ponto por ponto, em termos técnicos" aos promotores
desta campanha. publicada três dias seguidos em três jornais diferentes.

Recorde-se que este ministro, quando lhe sugeriram a opção Alcochete, respondeu:
Alcochete "jamé"!.

Nota do Papa Acordas: Se isto for verdade, o ministro está no caminho errado,
e levanta muitas suspeitas...Vamos esperar que haja bom senso.

Sábado amargo

Não conheço as circunstâncias protocolares em que o Rei Juan Carlos terá mandado calar o seu homólogo venezuelano na cimeira ibero-americana em Santiago do Chile. No entanto está comprovado o cariz irresponsável e déspota de Hugo Chavez, e comprovada está a superior legitimidade dum regime democrático como o da nossa vizinha Espanha.O mundo livre teme pelo futuro do povo venezuelano.

Nós vivemos resignados à fatal e submissa realpolitik da nossa virtuosa república, em prol da qual impunemente se subjugam os mais sagrados valores civilizacionais, quantas vezes por um mero prato de lentilhas.

Mesmo assim não nos devíamos todos envergonhar com as atabalhoadas declarações de apoio a Hugo Chaves proferidas à imprensa pelo nosso primeiro ministro na sequência do incidente, numa desprezível disposição subalterna?Para além de medíocres, teremos que actuar como cobardes?

In www.corta-fitas.blogspot.com, 10-11-07

sábado, 10 de novembro de 2007

Trabalhar sem receber...

Vergonhoso: professores das AEC não recebem

As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram algo tortas e, como diz a sábia voz do povo, «aquilo que nasce torto, tarde ou mal se endireita».

Não querendo tomar a parte pelo todo, não me atrevo, para já, a juntar-me ao exército, que tem visto as suas fileiras engrossarem, daqueles que diabolizam as AEC. Apesar de não ser novidade para ninguém que me conheça que não concordo com o modelo adoptado nem com os objectivos (se é que estes existem) que estas se propões alcançar. Todavia, posso afirmar, convictamente, que este modelo contribui para o empobrecimento dos professores envolvidos no projecto.A trabalharem desde Setembro sem receberem um cêntimo pelos seus serviços é absolutamente inaceitável.

Não esqueçamos que estes profissionais trabalham a «Recibo Verde», portanto há uma boa parte do ano em que não recebem coisa alguma. Isto já é preocupante. Pensar que estas pessoas desde Julho que não auferem qualquer vencimento suscita-me algumas questões: Quem paga a renda / prestação da casa? Quem paga a alimentação? Quem paga a água, a luz, o telefone? Como é que se vive assim?

Não esqueçamos que muitos têm que se deslocar em transporte próprio para a (s) escola (s) onde leccionam. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática. Parece que os vencimentos estão a ser processados…estavam…estarão…Ninguém sabe ao certo.O que sei é que há gente a vivenciar situações dramáticas. Um amigo disse-me que não sabe se o dinheiro que ainda lhe resta será suficiente para o combustível que lhe permita deslocar-se às várias escolas em que trabalha. Aqui está outra aberração: contratam imensa gente e depois atribuem apenas 12 horas a cada professor, horas distribuídas por distintos locais, obrigando a várias deslocações diárias.

Se não expusesse esta situação vergonhosa e lamentável hoje, tenho a sensação de que nem dormiria em paz. Outros há que estão, dado o adiantado da hora, tranquilamente a sonhar com a cabeça na almofada. Enquanto isso, muitos fazem das tripas o coração, encetando majestosos malabarismos, para fazerem face às necessidades básicas do quotidiano.

Que vergonha!!!

In http://www.cegueiralusa.com/, 10-11-07

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

GREVE NA FP

Sócrates,pelo menos, une os Sindicatos

Mais uma vez, o presidente do conselho, conseguiu unir os sindicatos
da Função Pública, na convocação de uma greve geral conjunta de
24 horas, "contra a indisponibilidade negocial do Governo", segundo
Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado
(STE).

Efectivamente, o governo entrou para as negociações apresentando os
2,1 por cento, mantendo-se irredutível até final.

Em negociações civilizadas e de boa fé, é suposto haver cedências de
parte a parte, até se encontrar um consenso final. Mas não foi isso
que o governo fez. Apoiado soberbamente na sua maioria absoluta,
o governo vai impondo, com um diálogo de surdos, tudo aquilo que
quer.

OE (ou não é..)

Em 2008, não há eleições,
não há baixa de IVA.
Em 2009, há eleições e
vai haver baixa.
É um oportunismo
eleitoralista.

Bernardino Soares
PCP


O Governo apresenta
um OE marcado pela
"mentira das promessas não
cumpridas e rápidamente
esquecidas", como o não
aumento dos impostos ou
a criação de 150 mil
empregos.

Luís Fazenda
BE


Um Orçamento marcado
pelas "aparências, que parece
que é mas não é".

Diogo Feio
CDS/PP

DRAPALG versus Ministério da Agricultura

Isto é "rabo escondido com o gato de fora".

Na sequência da já celebre reestruturação do Ministério, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (actividades em vias de extinção na região), ficou com 5 Direcções de Serviço. Manda a lei que se abra concurso para prover os cargos de Director de Serviço,os quais, até ao presente, têm estado ocupados, por urgência conveniência de serviço, precisamente por aqueles
que mais se destacaram no processo de desorganização do serviço publico que o Ministério costumava prestar, e no despedimento de alguns funcionários, por critérios que só eles sabem e nós suspeitamos.

Pois bem, abriu agora concurso (DR 200 de 17/10/2007) mas, para espanto de todos, só para 4 direcções de serviço. Afinal a explicação para ter ficado uma direcção de serviços de fora é fácil: é que um dos que vai ganhar o concurso ainda não podia concorrer, enquanto os restantes 4 já podem. Então abriram-se as vagas só para eles, e a outra abre-se depois!

Concursos para quê? Nem o rabo do gato está escondido. É um verdadeiro embuste! Jaime Silva concerteza aplaude e felicita-se pelo brilhantismo dos seus funcionários de direcção.

Nota do Papa Açordas: Pois é, é um escândalo de todo o tamanho...Será que Jaime Silva
não vê as suas "barbas a arder"...

É preciso não ter vergonha!...

Mais um nosso leitor a quem não podemos recusar a publicação deste escândalo:


Caixa Geral de Depósitos - Os Vampiros do Século XXI ou o Socialismo Moderno.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem. As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas demanutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria. O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.

É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.

Medita e divulga. . .

Mas divulga mesmo por favor Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Reitor acusa Governo

O reitor da Universidade de LIsboa, Sampaio da Nóvoa, disse esta
quinta-feira que o Governo "transfere anualmente para universidades
norte-americanas verbas superiores às que transfere para algumas
universidades portuguesas.

Sampaio da Nóvoa referia-se, no discurso de abertura do ano lectivo,
aos acordos feitos entre o Estado e instituições como o MIT. Modelos
claros e transparentes de financiamento foram exigidos pelo reitor
de Lisboa.

"Desenganem-se todos aqueles que acreditam ser possível plantar duas
ou três escolas de excelência num terreno instituicional degradado. A
excelência não nasce por escolha nem por decreto", salientou.

Sampaio falou também da urgência de um novo estatuto da carreira
docente para as universidades poderem recrutar e promover os melhores
e terminarem com a "mediania e a endogamia".

Mais uma vez, o reitor avançou com a intenção de uma fusão entre a
universidade e algumas escolas politécnicas de Lisboa.(Expresso on-line)

Nota do Papa Açordas: Este reitor já deve ter um par de patins
à sua espera...

Santana desafia Sócrates

O ex-primeiro-ministro e actual líder da bancada do PSD acusou o Governo de ter
concertado com a "comissão Constâncio" os valores do défice em 2005, e desafiou o
primeiro-ministro a pedir ajuda ao Banco de Portugal para fazer uma prospecção
que confirme o valor do défice e do PIB para o próximo ano, segundo informou hoje
o jornal Público.

Santana Lopes recordou que o défice em 2005 foi "concertado" pela "comissão
Constâncio", que, depois da chegada ao poder de José Sócrates, concluiu que o défice
nesse ano, sem recurso a receitas extraordinárias, seria de 6,8 por cento. Até esse
ano, "nenhum governador do Banco de Portugal se predispôs a fazer uma análise
prospectiva do défice e foi nessa fraude política que muitos colaboraram".

Esta foi, em seu entender, "a segunda parte da ficção da novela" que levou à dissolução
da Assembleia da República e à queda do seu governo. E considerou que são os 6,8
por cento do défice definidos por Constâncio que permitem agora ao Governo do PS
dizer que desceram para três por cento. Até porque o défice em 2004 tinha ficado
pelos 3,3 por cento.(Público)

Nota do Papa Açordas: Ora aqui está uma boa proposta! Espero que o presidente
do conselho de ministros, para não ficarem ´quaisquer dúvidas, aceite o desafio...
(tal como vai aceitar o referendo europeu...)

DEDUÇÃO EMPÍRICA

Um anigo nosso fez-nos chegar esta anedota que não resisto a contar:

Dedução Empírica

O João estava a cortar a relva do jardim quando repara num novo vizinho a mudar-se para a casa do lado.
Curioso aproxima-se dele e após as apresentações da praxe, Miguel, o novo vizinho, diz-lhe que é - Professor de Dedução Empírica.
- João - Dedução Empirica?! Que é isso?
- Miguel - Bem, deixe-me dar-lhe um exemplo... Estou a ver que tem uma casota para cães. Deduzo que tenha um cão. Se tem um cão é provável que tenha filhos. Se tem filhos é mais que normal que tenha esposa. Se tem esposa sou forçado a deduzir que é heterossexual.
- João - Isso é muito fixe! Separam-se e João vai conversar com o outro vizinho, Zé, que também tinha reparado na mudança para a casa ao lado.
- Zé - Novo vizinho... Que faz ele?
- João - É Professor de Dedução Empírica.
- Zé - Dedução Empírica?! Que é isso?!
- João - Deixa dar-te um exemplo. Tens um cão?
- Zé - Não.
- João - És Paneleiro.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Triste figura...

Triste figura a do ajudante das
Finanças do presidente
do conselho.
De manhã, diz que os impostos
só poderão baixar em 2010,
à tarde, rectifica para 2009,
ano eleitoral!
Certamente à mistura com
um grande puxão de
orelhas...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Frases de ontem

"Já ninguém liga muito
às contas do Estado. (...)
Todos sabem que
aqueles números (...)
são meras ficções."

António Ribeiro Ferreira
Correio da Manhã


"O que interessa mesmo
é saber se Santana dá
uma sova a Sócrates. (...)
Ganhe Santana ou ganhe
Sócrates uma coisa é
certa: os cidadãos vão
continuar cada vez mais
pobrezinhos e
endividados."

Idem, ibidem


" O Governo está já a
governar com o objectivo
único de criar condições
de propaganda que lhe
permitam manter-se a
- qualquer preço no
poleiro - depois de 2009."

Honório Novo
Jornal de Notícias

In Público, 06-11-07

Sócrates o ditador

Sócrates o ditador

por António Barreto



«A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.

Entre estes, está o facto de o candidato à Autarquia se ter afastado do Governo e do Partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.

A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.

Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.

Manuel Alegre resiste, mas já não conta. Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão. Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.

Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a
dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo.
Mas nada de semelhante se repetirá.

O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado.
Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.

Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na
concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação. As empresas
conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.

Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.»

Nota do Papa Açordas: Um bom artigo de António Barreto, enviado por um
nosso amigo com o seguinte recado: Para que as pessoas se consciencializem do
perigo que se avizinha para a democracia em Portugal...

Vergonha nacional!...

Já aqui tinhamos escrito que o governo se acagaça todo quando, com a ajuda da
comunicação social, alguém lhe faz frente.

É este o caso de Ana Maria Brandão, 43 anos, a quem a Caixa Geral de Aposentações
(CGA), obrigou a apresentar-se ao serviço na Junta de Freguesia de Vilarinho de
Piães, após uma baixa de três anos, devido a uma operação mal sucedida.

A funcionária, operada sem êxito a uma hérnia discal em 1998, passou a ser obrigada
a usar um colar cervical dia e noite, um apoio no braço direito e uma cinta lombar,
sendo a sua dependência de terceiros total.

Em Fevereiro de 2006, Ana Maria Brandão, foi a uma junta médica da ADSE, que a
considerou incapacitada para o trabalho. Presente, mais tarde, a uma junta médica
da CGA, esta considerou-a muito nova para a reforma, e deu ordem para que se
apresentasse ao serviço.

Nota do Papa Açordas: Haverá alguma idade para a pessoa se reformar por
incapacidade física para o trabalho? E que dirá o presidente do conselho de ministros
a isto?

P.S.- Ainda bem que o ajudante das Finanças resolveu intervir, mandando a
funcionária ficar em casa e dando ordem para que seja reavaliado o seu processo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Procura-se...

ANTÓNIO COSTA JÁ TOMOU POSSE?

Neste primeiro coice dado ao autarca da capital apetece-me questionar se António Costa tomou mesmo posse, parece que sim, já o vi receber o Dalai Lama, ouvi dizer que andou pela China e todos os domingos fazem umas palhaçadas ali para os lados do Terreiro do Paço para satisfazer um devaneio eleitoral de António Costa.

Ao fim de meses de gestão da equipa de António Costa parece que ainda está em funções a comissão administrativa nomeada na sequência da queda do executivo de Carmona, apenas se ouve falar das contas da autarquia, como se a gestão da autarquia de uma grande capital europeia fosse trabalho para contabilistas. De resto assistimos a uma gestão apática, sem ideias e sem projectos. Até agora só se ouviu falar do Terreiro do Paço sem trânsito que não passa de uma parvoíce e da proposta do vereador do bloco para criar uma marca agrícola de Lisboa.

Muito pouco par quem se apresentou como um bom presidente para Lisboa, até agora António Costa não provou que está à altura da gestão dos destinos da capital.

In O JUMENTO, 05-11-07

sábado, 3 de novembro de 2007

E a saga continua!...

Doentes de cancro vão viajar à força

Depois do governo ter encerrado escolas, urgências, maternidades, centros de
saúde, postos da GNR e PSP, prepara-se agora para "concentrar recursos" na
nova rede oncológica. Isto quer dizer que dezenas de hospitais vão deixar de
oferecer tratamentos, obrigando os doentes a longas deslocações.

Segundo o Expresso, o presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos,
Jorde Espírito Santo, avisa que "haverá muitas romarias aos três centros do IPO
(Instituto Português de Oncologia), situados em Lisboa, Porto e Coimbra, se
não mudarem os critérios da reforma oncológica", e afirma que vão prevalecer
critérios administrativos - número de habitantes e casuística.

"Dezenas de hospitais deixarão de oferecer tratamentos, obrigando os doentes
a deslocarem-se para centros a centenas de quilómetros de casa", acusa aquele
responsável da Ordem dos Médicos e director do Serviço de Oncologia do Hospital
Distrital do Barreiro.

"Mas isso não tem em conta a qualidade de vida do doente, que deve ser tratado
próximo do seu meio ambiente.Penso que uma pessoa sujeita a quimioterapia ou
radioterapia não pode fazer mais de 100 Kms diários, dado o seu estado de
fragilidade", explica Jorge Espirito Santo. A juntar a isto, soma-se o aumento dos
tempos de espera para tratamentos.

Um relatório recente da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia,
indica que, em média, um doente com cancro espera três meses e meio para
cirurgia, quando a espera desejada seria de 15 dias, no máximo.

Nota do Papa Açordas: Um governo que não tem preocupações com os
cuidados médicos da sua população, não merece o nosso voto. É um governo
de corte e costura...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Que rica educação...

"O PS de Sócrates resolve
a questão da
generalizada rebaldaria
que grassa nas escolas
públicas do país
legitimando-a. À falta de
se vencer a balda,
integra-se no sistema a
própria balda"

Pedro Norton
Visão

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Ainda as escutas...

O ajudante da justíça do presidente do conselho, assegurou ontem no Parlamento

que "não existem intercepções (eufemismo para a palavra escutas) telefónicas

que não sejam autorizadas pelo juiz", afastando a hipótese das escutas ilegais, e

que o nome do juiz que as autoriza "figura bem claro no documento".

A Bem da Nação!

Eu não acredito em bruxas mas elas existem...


Nota do Papa Açordas: Recorde-se que este ajudante foi afastado da pasta da

Administração Interna por Guterrez. Certamente que não foi pelos bons serviços

prestados...

Blogs, é preciso denunciar...

Quando o ridículo usa farda


Vale a pena ler o comentário do autor da imagem relatando o que lhe sucedeu em Faro no passado dia 28 de Outubro, publicado na sua página do Olhares:

«Fotografar é Crime!!! No passado dia 28-10-2007, Domingo, fui preso por andar a fotografar!!! Andava a fotografar Carrosséis e Carrinhos de Choque na Feira de Faro e fui preso!!! Durante a semana passada realizou-se, em Faro, a Feira anual de Outubro. Quase todos os dias dessa semana, após sair do emprego, fui à Feira de Faro para fotografar Carrosséis e outras coisas com cor e movimento, que são próprias das Feiras. Mas não sabia que era CRIME!!!

Um daqueles Pseudo Polícias da Empresa de Segurança Privada PROSECOM, achou estranho eu ir todos os dias para a Feira de máquina fotográfica a tiracolo, e à vista, e passar algumas horas a fotografar Carrosséis, Carrinhos de Choque e Barracas de Farturas, entre outras coisas.

Ontem chamou a Policia de Investigação Criminal de Faro que, após se identificarem (eram dois), usaram da habitual e conhecida brutalidade policial e, algemado, me levaram para a Esquadra da Policia de Segurança Pública de Faro. Passei quatro horas na Esquadra a ser interrogado, fotografado e onde me tiraram as impressões digitais. A razão para essa prisão de que fui alvo é de que supostamente eu estaria a fotografar crianças. Por isso, agora sou um Pedófilo Fotográfico. Apreenderam-me a máquina fotográfica e os cartões. Estou agora constituído como Arguido e com Termo de Identidade e Residência, como agora é xique dizer-se. Vivemos num país onde é crime fotografar Carrosséis e Carrinhos de Choque!!!

Existe actualmente, em Portugal, uma PARANÓIA com as máquinas fotográficas e com os fotógrafos!!! Voltámos aos séculos da Idade Média onde se queimavam pessoas por Bruxaria. É a nova Caça às Bruxas. Hoje em dia, em Portugal, não se pode apontar uma máquina fotográfica a um Edifício. Somos terroristas!!! Não se pode apontar uma máquina fotográfica a pessoas em LUGARES PÚBLICOS. Somos Pedófilos!!! Já não se pode fotografar Fauna e Flora em alguns Parques Naturais. E qualquer dia tenho de começar a pedir o Bilhete de Identidade às Abelhas e aos Gafanhotos, para saber se são menores de idade!!!
O n.º 2 do Artigo 79.º do Código Civil estipula que “não é necessário o consentimento da pessoa retratada quando assim o justifiquem a sua notoriedade, o cargo que desempenham, exigências de polícia ou de justiça, finalidades cientificas ou culturais, ou quando a reprodução da imagem vier enquadrada na de lugares públicos, ou na de factos de interesse público ou que hajam decorrido publicamente”. Isto é o que diz a lei. Mas ao que parece a lei já não é o que era!!! Assim, a FOTOGRAFIA é forma de ARTE mais perigosa que conheço. Inclusive, há fotógrafos que são mortos no desempenho da sua Arte/Profissão. Milhões de Fotógrafos, Profissionais e Amadores, que todos os dias fotografam PESSOAS em LUGARES PÚBLICOS são CRIMINOSOS!!!»

Enfim, a estupidez transformada em força da lei.



In O JUMENTO, 01.11-07



Nota do Papa Açordas: Isto não é um caso isolado. Afinal, isto é o resultado da política do
medo implementado por quem a gente sabe. Veja-se os casos da DREN, de Vieira do Minho,
da Covilhã e, meus caros camaradas bloguistas, preparem-se. Porquê? O que PRODI não
conseguiu em Itália vai ser criado: um organismo estatal (policial) para controlar os blogs...