segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Excedente de 2000 milhões prova que "havia margem para não cortar subsídio de Natal"

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A referência do primeiro-ministro a um “excedente de 2000 milhões de euros” prova que “havia margem para não cortar metade do subsídio de Natal este ano”. Quem o afirma é o deputado socialista Miguel Laranjeiro, em declarações à Lusa.

Numa entrevista divulgada pelo PÚBLICO neste domingo (disponível na edição online exclusiva para assinantes), Pedro Passos Coelho menciona um dado “muito positivo” resultante da transferência do fundo de pensões da banca para a Segurança Social: “Existe uma verba excedente de cerca de 2000 milhões de euros que vamos destinar a pagamentos à economia.”

Para aquele deputado do PS, eleito por Braga, esta frase prova que “neste Natal, os portugueses só vão ter meio subsídio por opção exclusivamente política do Governo, sem necessidade do ponto de vista financeiro, e com consequências gravosas” para a economia.

“Os portugueses ficaram a saber pelo próprio primeiro-ministro que há um excedente de 2000 milhões [de euros], não no orçamento de 2012 mas no de 2011”, acrescenta Laranjeiro. “Pode-se dizer que pela boca morre o peixe. Desde Agosto que se sabia da transferência do fundo de pensões da banca, e o governo não quis ouvir o Partido Socialista.

”Também neste domingo, em declarações à imprensa, o primeiro-ministro veio acrescentar que “os 2000 milhões retirados do fundo de pensões da banca serão injectados na economia através de um processo de regularização de pagamentos de dívidas que o próprio Estado tem”. Estas palavras são muito semelhantes às do secretário-geral do PS, António José Seguro, quando na quarta-feira comentou a concretização da transferência dos fundos de pensões.

“Também me parece importante que uma parte desse dinheiro possa servir para pagar dívidas”, disse então Seguro. “Se as empresas públicas pagarem essas dívidas aos bancos, isso significa que os bancos ficam com mais dinheiro para injectar na economia, ou seja, apoiar a actividade das empresas.

”Miguel Laranjeiro afirma, porém, que “os 2000 milhões de euros [do excedente] são muitíssimo superiores à verba arrecada” com o corte de 50 por cento no subsídio de Natal deste ano, que corresponde a cerca de 800 milhões de euros. Ou seja, haveria margem para este ano pagar o subsídio por inteiro e “fazer pagamentos” de dívidas do Estado.

Notas do Papa Açordas: Mais uma vez, o sr. PC, enganou-nos a todos! Afinal, havia folga, almofada, travesseiro, ou outra coisa qualquer que lhe queiram chamar... Fomos espoliados de metade do subsídio de Natal, sem haver necessidade para tal... E os "ladrões" continuam à solta!...

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