sexta-feira, 30 de novembro de 2007

No Estado de Sócrates

Pela sua actualidade, passo a transcrever uma carta de um leitor publicada pelo
jornal Público do dia 28/11/07:

Até os vendedores de castanhas estão em crise!

Foi com este toque que José Sócrates tentou acordar da letargia o Parlamento
Europeu. E ali defendeu a globalização em curso, isto é, a realpolitik daquilo que
poderíamos chamar um neoliberalismo mundial.

Só que esta atitude, aparentemente pragmática e inevitável, esconde uma enorme
falta de bases ideológicas. O ainda primeiro-ministro que nos oprime, sob a capa
de um "arrumar a casa" (leia-se "reduzir o défice"), lançou os fundamentos dum
brutal ataque ao Estado social, às classes socioeconomicamente mais desprotegidas,
ao movimento sindical ("quebrar a espinha aos sindicatos"?). E a tanto nem alguma
direita preocupada em questões de justiça social se atrevera.

José Sócrates Pinto de Sousa tem vindo, às claras, a destruir a confiança, a alegria,
o futuro. Por mais que propangandeie o oposto. O país não está a recuperar coisíssima
nenhuma: o desemprego continua imparável e a atingir taxas preocupantes e os sinais
de crise instalada são por demais visíveis por todo o lado. Algum emprego novo sofre
dos vícios duma precariedade ainda há pouco insuspeitada, diàriamente se vê gente
angustiada com falta de bens essenciais, a saúde está muito mais cara, a economia
afunda-se. Ao ponto de (não é anedota) termos ouvido vendedores ambulantes de
castanha assada falarem em deixar a actividade.

É por isso que apelo aos autênticos militantes do PS: acabem com tamanha destruição
dos ideais socialistas. A manifestação de 200 mil trabalhadores na rua impressionou
mais o estrangeiro que as nossas televisões e o nosso Governo. Abram os olhios.
Acordem! (J.Sousa Dias/Ourém - Público)

1 comentário:

Pata Negra disse...

Cantam bem mas não me alegram!
Um abraço sem papas na língua