sexta-feira, 27 de maio de 2016

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 Jumento do dia
    
Passos Coelho e Assunção

Usar a economia para avaliar seis meses de uma política governamental ou revela ignorância ou estamos perante má fé. O governo não tomou qualquer decisão que possa ser entendida como responsável pela redução da procura externa ou com um impacto negativo na economia. Se está em causa a confiança externa no país teremos que dizer que foi bem pior a tentativa de Passos Coelho de penalização internacional do país do que qualquer uma das suas medidas.

Nestes seis meses nada alterou a competitividade externa da economia, nada penalizou a competitividade das empresas exportadores, não se registou qualquer alteração substancial no investimento e as medias orçamentais ainda não se fizeram sentir nos indicadores económicos.

Compreende-se que Passos Coelho e Assunção Cristas desejem que um desastre do país lhes devolva o poder, mas seria conveniente que o soubessem disfarçar.

«Vários indicadores económicos serviram como arma de arremesso do PSD e do CDS para criticar os seis meses de governação de António Costa, apoiado pelo PCP, BE e PEV. O líder do social-democrata somou ainda a “arrogância” com que o primeiro-ministro exerce o poder, enquanto a presidente do CDS apontou as “desautorizações” ao ministro das Finanças ou a inacção ao ministro da Economia.

No balanço dos primeiros seis meses de Governo PS, Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas partilharam a mesma visão negativa da economia em resultado da degradação de vários indicadores como é o caso das exportações ou do desemprego. “A governação tem sido uma grande desilusão. O Governo não cumpriu com nada com que prometeu – no emprego e no crescimento económico. Na nossa perspectiva falhou em toda a linha”, afirmou a líder do CDS, esta quinta-feira, em conferência de imprensa. Assunção Cristas comparou os números do primeiro trimestre deste ano com o cenário macro-económico apresentado pelo PS há cerca de um ano e com o programa eleitoral socialista para concluir que há “desilusão”.

Na véspera, também em conferência de imprensa, o líder do PSD usou outra palavra para qualificar o resultado da governação socialista: “declínio”. Não só “económico e social” como também “político”. Aos exemplos negativos dados por Assunção Cristas sobre a trajectória do desemprego, crescimento económico e exportações, Passos Coelho acrescentou outros indicadores como os do investimento e os das taxas de juro das obrigações portuguesas que reflectem já "desconfiança".» [Público]

In "O Jumento"

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