sábado, 29 de novembro de 2014

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 Jumento do dia
    
Pedro Passos Coelho

Ainda a comissão parlamentar de inquérito começou os seus trabalhos e Passos Coelho já disse qual deve ser a sua conclusão, que a supervisão não teve responsabilidades e tudo foi culpa da má gestão. Para Passos Coelho havendo má gestão a supervisão não tem responsabilidades, como se a supervisão não servisse unicamente para evitar a má gestão.

Ao defender esta solução Passos Coelho não está ilibando o governador do BdP, o argumento é tão ingénuo que não pode ser entendido como uma tentativa de ilibar o governador do BdP. Passos Coelho está ilibando a gestão porque por má gestão ninguém é condenado e esse argumento conduz inevitavelmente à culpa do governador do Banco de Portugal.

Com amigo destes o governador do Banco de Portugal pode muito bem começar a ter melhor opinião dos seus inimigos.

«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esperar que a comissão parlamentar de inquérito ao caso da falência do Banco Espírito Santo (BES) não aponte para "má supervisão" como causa do problema no banco. O chefe de Governo considerou que o caso resultou de “má gestão” da instituição financeira.

“O que aconteceu no BES não é um resultado de má supervisão, é resultado de má gestão do banco. Espero que nenhuma comissão de inquérito inverta este problema”, afirmou Passos Coelho, numa entrevista à RTP1, nesta quinta-feira à noite. Por várias vezes, o primeiro-ministro apontou o dedo à gestão do banco, embora se recusasse a “especular” sobre eventual prática criminosa.

“O que aconteceu no BES não foi um problema de supervisão, foi uma gestão do próprio banco que pôs em risco aqueles que tinham lá depositado o dinheiro, aqueles que subscreveram acções do banco, e que se viram defraudados por decisões que foram tomadas pelo banco e por alguns dos seus accionistas”, frisou.» [Público]

In "O JUMENTO"

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