quarta-feira, 11 de maio de 2016

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Assunção Cristas

A primeira reacção de Assunção cristas em defesa dos colégios privados foi o de insinuar que eram melhores e mais baratos do que as escolas públicas, denegrindo o Estado e pondo em causa a competência de muitos milhares de professores do ensino público. Parece que Assunção crista percebeu que estava a mentir e a ofender muita gente, em muito pouco tempo mudou de opinião, agora o problema não está na qualidade e na competência, está na legalidade.

Tanto quanto se sabe o governo não propôs qualquer alteração legislativa, nem mesmo procedeu à anulação de qualquer contrato. Limitou-se a aplicar a lei em relação a futuros contratos. Será que depois de chamar incompetentes aos professores do ensino público a líder do CDS vai assumir a sua própria incompetência, depois de falar desconhecendo a lei? Ou assume de vez a defesa do financiamento dos sector privado com dinheiros públicos, isto depois de cortar em todo e qualquer subsídio de apoio social?

Esta direita tem muita graça, quando se trata de certos negócios é defensora militante da subsidiodependência, que tanto critica noutras ocasiões. A verdade é que o seu governo aumentou os impostos para dar subsídios aos que a apoiaram nas eleições.

Depois de o seu governo ter despedido dezenas de milhares de profissionais das escolas públicas, ao mesmo tempo que promoveu uma perda de qualidade do ensino, Assunção cristas deveria ser mais cuidadosa com as palavras e, acima de tudo, com as suas lágrimas de crocodilo em relação aos professores do ensino privado que poderão ficar sem trabalho.

«Assunção Cristas admite discutir o modelo de financiamento público às escolas privadas e cooperativas, mas lembra que, de momento, não é isso que está em causa. O que é relevante, explicou esta terça-feira no Funchal, é que o Estado assinou contratos com escolas do ensino privado e cooperativo e esses contratos estão em vigor e são válidos por três anos. De momento, é necessário pensar com “objetividade” e “garantir que a lei é cumprida”. A discussão sobre o modelo de financiamento é um assunto para pensar depois.

Solidária com as escolas do ensino privado e cooperativo, com os 17 mil alunos, 1025 professores e outros tantos funcionários que representam, a presidente do CDS entende que a baixa da natalidade irá afetar o ensino, mas insiste que o Governo tem tempo para decidir sobre isso depois de terminar os contratos atuais. O CDS tem uma linha diferente das esquerdas unidas que agora governam o país, defende a qualidade e a liberdade no ensino, embora Assunção Cristas recuse entrar no debate dos interesses ocultos no Ministério da Educação.

“Eu já disse muitas vezes que este Ministério da Educação está certamente capturado por Mário Nogueira e pela agenda da esquerda. Porém aquilo que parece mais relevante é pensar com objetividade”, sublinhou a líder do CDS no Funchal, enquanto visitava o Mercado dos Lavradores no segundo dia de visita à Madeira. “Neste momento, havendo oferta pública estatal, é preciso ponderar o que é que faz mais sentido na qualidade do ensino e na salvaguarda das expectativas e direitos de alunos e de pais e de professores. Os professores do ensino privado e cooperativo não são menos professores do que os professores do ensino estatal”.» [Expresso]

In "O Jumento"

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