quinta-feira, 8 de setembro de 2016

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Passos Coelho, Bruxo de Massamá

Com sondagens pouco favoráveis e uma Assunção Cristas a brilhar à direita Passos Coelho começou a temer pela sua sobrevivência política, depois de se ter enterrado assumindo o papel de Bruxo de Massamá, o ainda e malogrado líder do que resta do PSD luta pela sobrevivência, depois de andar meses a fazer de morto decidiu aproveitar-se das férias dos adversários para ser a estrela do Verão, não podia, portanto, permitir a Assunção Crista qualquer protagonismo. Percebe-se porquê, a intervenção da líder do CDS junto dos seus pirralhos teve uma qualidade bem superior à do Nostrapassus.

«No púlpito da Universidade de Verão do PSD, o presidente da JSD já tinha afirmado que António Costa “está a mais na política portuguesa” e preparava-se para “despachar” o ministro do Ambiente, o ministro do Trabalho e outros tantos quando começou a receber sinais da primeira fila da plateia. “Está na hora”, indicava-lhe Carlos Coelho, “reitor” da Universidade. “Estende, estende, estende”, ainda terá tentado emendar Duarte Marques.

Mas já pouco havia a fazer quando, em Peniche, o assessor centrista recebeu no telemóvel uma mensagem a alertá-lo para uma alteração de planos de última hora: Passos ia, afinal, falar mais cedo do que o previsto, em Castelo de Vide, caindo em cima do discurso de Assunção Cristas.

Assim que o líder do PSD subiu ao palco para fechar mais uma edição da Universidade dos jovens social-democratas, os holofotes das câmaras mudaram de geografia. As luzes apagaram-se em Peniche para se acenderem logo a seguir em Castelo de Vide e entregarem o palco todo a Pedro Passos Coelho.

O PSD olha para o caso do “atropelo” mediático à direita como um mera “falha de comunicação” entre os dois partidos que, até novembro do ano passado, partilharam responsabilidades no governo. Mas o CDS nem sequer tenta disfarçar o desagrado com o episódio.

Estava tudo combinado entre os dois partidos. A presidente do CDS falava às 12h15 e a essa hora a Dra. Assunção Cristas começou a fazer a sua intervenção”, sublinha um responsável do Caldas.

Em Castelo de Vide, o plano não correu de forma tão linear. E o gesto de Carlos Coelho a Simão Cristóvão Ribeiro, a meio da intervenção – que terá sido feito a pedido do próprio, para evitar que se prolongasse demasiado –, gerou desconfianças entre os dirigentes centristas. Ao ponto de já circularem suspeitas de que o episódio foi mais do que um mero “acaso”, uma “falha” que acabaria por abafar a mensagem de Cristas.» [Observador]

In "O Jumento"



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