Relatório da organização liderada por Christine Lagarde aplaude "poupanças significativas", mas dá panorama desanimador sobre destino dos cortes.
Foram 1,1 milhões de euros que saíram da saúde e acabaram nos cofres do Banif. Durante o programa de resgate imposto pela troika a partir de 2011, o Estado reduziu drasticamente as despesas no Sistema Nacional de Saúde, mas as "poupanças significativas" não tiveram frutos reais nas contas públicas.
De acordo com um relatório do Fundo Monetário Internacional citado pelo jornal i, a Saúde está a custar menos 15% ao Estado, um corte de 1.500 milhões de euros que acabou por ser quase totalmente gasto na recapitalização do Banif feita em 2013.
Os 1.100 milhões de euros necessários para reequilibrar as contas do banco liderado por Jorge Tomé nunca foram pagos, aumentando a fatura pública da resolução anunciada na semana passada.
Recorde-se que a redução das despesas foi uma das razões invocadas pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa para justificar a falta de cuidados que acabaram por resultar na morte de David Duarte, paciente no hospital São José.
"Nos últimos anos, por cortes que tivemos na área da saúde, estes hospitais não tiveram possibilidade de ter recursos humanos para dar respostas a situações de doentes como este", garantiu Luís Cunha Ribeiro em declarações à imprensa.(Notícias ao Minuto)
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