sábado, 31 de outubro de 2015

EL HOMBRE MÁS OBESO DEL MUNDO

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El hombre más obeso del mundo

EL HOMBRE MÁS OBESO DEL MUNDO 

Andrés Moreno, de 37 años, el hombre más obeso del mundo con un peso de 435 kilos, será operado este miércoles en un hospital mexicano para tratar de reducir un peso, que lo mantiene sin poder moverse de una cama y con graves riesgos para su salud. (Agencia de Marketing MKRP / EFE)-(20minutos.es)


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 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Cavaco Silva insiste em ignorar a Constituição ao dizer que este governo tem toda a legitimidade para governar", Cavaco ainda não reparou que quem dá a legitimidade a um governo é a aprovação parlamentar e não a indigitação do primeiro-ministro ou a cerimónia de posse.

«O Presidente da República iniciou o seu discurso na tomada de posse do XX governo constitucional repetindo uma frase que disse quando deu posse ao segundo Governo, minoritário, de José Sócrates em 2009: "O Governo que hoje toma posse tem plena legitimidade constitucional para governar." E terminou da mesma forma, afirmando que “a ausência de um apoio maioritário no Parlamento não é, por si só, um elemento perturbador da governabilidade” e que o horizonte temporal de acção de qualquer Governo “deve ser sempre a legislatura”.

Cavaco Silva justificou esta legitimidade com dois argumentos fundamentais: "É a força que ganhou as eleições que deve formar governo.” E porque "até ao momento da indigitação do primeiro-ministro [a 22 de Outubro] não me foi apresentada, pelas outras forças políticas, uma solução alternativa de Governo estável, coerente e credível".» [Público]

In "O Jumento"

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

DEVASTADOR INCENDIO EN MANILA

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Devastador incendio en Manila

DEVASTADOR INCENDIO EN MANILA

Un joven escapa de un incendio en Paranaque, al sur de Manila (Filipinas). El director de la Oficina de Protección de Incendios, Ariel Barayuga, pidió precauciones extras con las velas encendidas durante la celebración de Todos los Santos durante esta semana. (Francis R. Malasig / EFE)-(20minutos.es)

Cartoon

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Cartoon ELIAS O SEM ABRIGO DE R. REIMÃO E ANÍBAL F. 



In "Jornal de Notícias"


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Um governo pró-forma

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É impossível saber se este era o governo que Passos Coelho queria ou o que foi possível. É evidente que a capacidade de trazer gente de peso para um governo que corre o risco muito sério de durar pouco mais de 15 dias seria sempre muito limitada. E pouco importa se o primeiro-ministro queria mostrar um governo para a legislatura ou formar um de combate político. Um executivo para ser levado a sério teria de ter sempre os dois componentes. Este nem tem gente em que possamos reconhecer grande capacidade de luta política, nem tem gente com peso técnico e político para que possamos dizer que foi pensado para efetivamente governar. É um governo que, fora a troika Passos, Portas, Maria Luís, tem nas principais pastas gente de segunda linha, ex-secretários de estado e gente do partido disposta a esta espécie de comissão de serviço - há um toque quase humorístico ou, quem sabe, de remoque a Portas: a criação do ministério da modernização administrativa.Talvez Passos Coelho quisesse mostrar outra gente, outra vontade, mas, seja como for, não o conseguiu ou, pura e simplesmente, não achou que valesse a pena. Assim sendo, estamos perante um mero governo pró-forma; muito provavelmente, o governo mais provisório da história da nossa democracia. Os pesos pesados do PSD ficaram no partido ou no Parlamento e é desde aí que se organizará o combate político. E o primeiro objetivo não é difícil de adivinhar: preparar o caminho para exigir eleições antecipadas logo que os prazos constitucionais permitam e, pelo caminho, pressionar nesse sentido o próximo presidente da República. Passos Coelho foi o primeiro a assumir que este governo é para meia dúzia de dias. Fica, também, a mensagem para o Presidente da República: Passos não quer ficar à frente dum governo de gestão.
(Pedro Marques Lopes - Diário de Notícias)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Conheça a composição do novo Governo. Tomada de posse já tem data

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O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, aprovou o novo Executivo e marcou a tomada de posse do XX Governo Constitucional para o dia 30 de outubro, pelas 12:00 horas, no Palácio da Ajuda.

"O Presidente da República marcou a tomada de posse para o dia 30 de outubro, pelas 12:00 horas, no Palácio da Ajuda", lê-se numa nota divulgada no site da Presidência da República.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, deu o seu acordo à proposta de constituição do XX Governo Constitucional apresentada pelo primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho, refere uma nota da Presidência da República.
Nomes do novo Executivo:
Dr. Paulo de Sacadura Cabral Portas – Vice-Primeiro-Ministro; 
Mestre Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque – Ministra de Estado e das Finanças; 
Dr. Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete – Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros; 
Dr. José Pedro Correia de Aguiar-Branco – Ministro da Defesa Nacional; 
Dr. Luís Maria de Barros Marques Guedes – Ministro da Presidência e do Desenvolvimento Regional; 
Prof. Doutor João Calvão da Silva – Ministro da Administração Interna; 
Dr. Fernando Mimoso Negrão – Ministro da Justiça; 
Eng.º Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva – Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia; 
Prof. Doutora Maria da Assunção de Oliveira Cristas Machado da Graça – Ministra da Agricultura e do Mar; 
Dr. Luís Pedro Russo da Mota Soares – Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social; 
Dr. Luís Miguel Gubert Morais Leitão – Ministro da Economia; 
Dr. Fernando Serra Leal da Costa – Ministro da Saúde; 
Prof. Doutora Margarida Isabel Mano Tavares Simões Lopes Marques de Almeida – Ministra da Educação e Ciência; 
Prof. Doutor Rui Pedro Costa Melo Medeiros – Ministro da Modernização Administrativa; 
Mestre Maria Teresa da Silva Morais – Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania; 
Dr. Carlos Henrique da Costa Neves – Ministro dos Assuntos Parlamentares. (Notícias ao Minuto)
Notas do Papa Açordas: Uma boa equipa para estagiar no "SPA" de Évora...

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 Jumento do dia
    
Maria Luís

Ou a ministra das Finanças acha que os portugueses são idiotas ou não sabe fazer contas, começou por ficar calada e aproveitou-se da confusão da sexta-feira para divulgar a execução orçamental enquanto se votava parta a escolha do presidente do parlamento. Perante as muitas acusações de fraude eleitoralista veio agora dizer que se esqueceu dos vencimentos dos funcionários públicos, sugerindo que foi a queda do IRS a culpada.

Há aqui qualquer coisa de errado, se os funcionários receberam três meses sem cortes isso significa que teriam de pagar mais IRS. Como se explica então que sejam os funcionários públicos, a besta negra desta quase extrema-direita, os responsáveis pelos erros de contas da iletrada? Explicar a queda das receitas do IRS com aumentos salariais inesperados só mesmo alguém com demência o faria, note-se que o reembolso da sobretaxa depende apenas da variação das receitas e não do aumento ou diminuição da despesa com salários.

Maria Luís e o seu Núncio Fiscoólico são co-responsáveis pela maior patranha eleitoral de que há memória em Portugal havendo fortes razões para suspeitar que martelaram as contas.

«A informação foi apurada pelo "Jornal de Negócios", que a publica na edição desta segunda-feira, ao escrever que "embora o Governo só tenha começado a divulgar a estimativa de devolução da sobretaxa a partir de junho, tem estimativas desde fevereiro". Ora, as estimativas "mostram-se irregulares de mês para mês". Por exemplo, em fevereiro a a estimativa era de devolução de 37,%, tendo caído para 7,9% em março, conta o diário. Mas o Governo só anunciou as previsões nos dois meses antes das eleições. E foi de junho a agosto que elas melhoraram.

Até sexta feira, a previsão anunciada pelo Governo era de que a devolução da sobretaxa seria de 35,3%, um pouco mais de um terço. Após a revelação dos dados da execução orçamental de setembro, a perspetiva baixou para 9,7%. A descida levantou polémica durante o fim de semana e é possível que o Ministério das Finanças dê uma explicação adicional para compreendê-la. O "Jornal de Negócios" atribui esta variação aos salários da Função Pública, por causa do comportamento dos seus salários no ano passado, quando os cortes foram suspensos em junho, julho e agosto.

Recorde-se que a sobretaxa de IRS, de 3,5%, foi criada como medida extraordinária para recolher mais receita pública e combater o défice orçamental. O Governo anunciou no Orçamento do Estado para 2015 que a sobretaxa poderia ser devolvida em 2016 aos contribuintes, se a receita fiscal tivesse um comportamento melhor que o esperado. E disse então que anunciaria as previsões de devolução mês a mês, o que começou a fazer no entanto só no verão. Até sexta feira, a previsão era de que a devolução seria de 35,3% da sobretaxa. Após os dados da execução orçamental de setembro, a previsão de devolução baixou para 9,5%, que assim baixaria a sobretaxa final de 3,5% para 3,2%.» [Expresso]

In "O Jumento"

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

VUELO SIN MOTOR

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Vuelo sin motor

VUELO SIN MOTOR

Cuatro competidores con trajes con alas, durante la prueba Red Bull Aces, en Cloverdale, California (EE UU). Los participantes saltan desde un helicóptero y pueden alcanzar velocidades de hasta 260 km/h. (Joerg Mitter / EFE)-(20minutos.es)


LA CARNE PROCESADA ES CANCERÍGENA

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La carne procesada es cancerígena

LA CARNE PROCESADA ES CANCERÍGENA

Vista de un expositor repleto de salchichas cocidas en un supermercado de Washington, EE UU. La Organización Mundial de la Salud (OMS) ha alertado de que comer carne procesada como salchichas, embutidos o preparaciones en conserva es cancerígeno para los humanos. (Jim Lo Scalzo / EFE)-(20minutos.es)




domingo, 25 de outubro de 2015

Escavacar

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"O presidente da República (PR) fez, na quinta-feira, um discurso de grossa malandrice, posicionando-se na perspetiva de poder vir a violar princípios e regras democráticas e constitucionais fundamentais. Será que ouvimos mesmo o presidente dizer que prefere manter em gestão um Governo sem legitimidade parlamentar, a indigitar um primeiro-ministro que disponha de uma maioria na Assembleia da República (AR)? Será que se arrogou o direito de ignorar os resultados eleitorais, só porque não lhe agradam?
Como não há qualquer solução democrática para a formação de um Governo sem o apoio da maioria dos deputados na AR, pode dizer-se que Cavaco Silva ensaiou um caminho que prefigura um golpe de Estado. O PR esconjurou o Estado de direito democrático e os partidos políticos que detêm a maioria dos deputados na AR, procurando anular o voto de todos os que não escolheram a coligação de Direita. Cavaco Silva nem por uma vez citou a Constituição da República para identificar os direitos e interesses dos portugueses, que devem ser defendidos. A baixeza de apelar, quase abertamente, a deputados do Partido Socialista para se colocarem ao serviço da Direita, contribuindo para a sua golpada, é qualquer coisa de repugnante. Cavaco não é mais do que o líder da Direita, entendida como seita predestinada para o exercício do poder. Cavaco Silva não se importa de escavacar o país, se escavaca-lo for preciso para evitar que governe quem na opinião dele não deve governar.
Com violência inusitada, o PR evocou múltiplos fatores de instabilidade e medos que podem afetar gravemente a convivência democrática. Esta via é perigosíssima, ainda mais num contexto em que são profundas a pobreza, as dependências e as desigualdades, e muito desequilibradas as relações de poder na sociedade em geral e no mundo do trabalho. Não poucas vezes o atrofiamento e morte da democracia entram por estas portas.
O PR conjurou todos os demónios à solta no plano nacional, europeu e mundial. Para o ajudarem a impedir um Governo democrático, convocou os mercados, insinuando-lhes que criem problemas a Portugal, a moeda única com os aprisionamentos que a estruturam, o BCE com o seu poder não democrático, o Tratado Orçamental e os seus condicionalismos, a União Europeia neoliberal, dicotómica e antissolidária.
Cavaco Silva não fez um mero exercício de identificação de compromissos e espartilhos a que o país se encontra submetido e que qualquer Governo (de Direita ou de Esquerda) tem de reconhecer. Ele conjurou tudo o que possam ser retaliações vindas daí, para instabilizar o país e desacreditá-lo no plano externo.
Esta semana o professor de Direito e constitucionalista Jorge Reis Novais dizia (1*), com a-propósito e adequada fundamentação, que estamos num tempo em que os poderes dominantes chegaram ao desplante de nos quererem obrigar não só a reconhecer a validade inquestionável das instituições antidemocráticas e das regras que nos impõem, mas também a obrigatoriedade de declarar-lhes, oralmente e por escrito, amor e servidão. Cavaco Silva prossegue o ensaio da subjugação absoluta do país.
A pequena minoria que detém o poder financeiro, económico e político acredita-se ungida pelos deuses. Dizem-se democratas mas só enquanto a democracia, condicionada pelos meios de comunicação de que são proprietários, produzir resultados compatíveis com a salvaguarda dos seus privilégios. Logo que isso não acontece puxam da pistola.
É preciso uma serena e firme defesa dos valores democráticos, uma unidade ampla de todos os que se reconhecem na Constituição da República. Essa maioria - esse arco constitucional - hoje tem por base os partidos que estão em diálogo para a construção de uma alternativa democrática de governação, mas inclui ou deve incluir também todos os democratas, mesmo os que apoiaram no passado partidos que integram a atual coligação de Direita. A plataforma de entendimento é simples: não permitir que escavaquem o nosso país e a Constituição da República, pilar da nossa democracia.
(1*) Seminário organizado pelo CIDEEFF/FDUL e pelo Observatório sobre Crises e Alternativas/CES sob o tema "O Estado Social de Direito e a Crise da Política Democrática".(Manuel Carvalho da Silva - Jornal de Notícias)


Cartoon

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Cartoon ELIAS O SEM ABRIGO DE R. REIMÃO E ANÍBAL F. 



In "Jornal de Notícias"

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

DURO PEREGRINAR

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Duro peregrinar

DURO PEREGRINAR

Un refugiado en silla de ruedas espera en la frontera con Croacia, en Rigonce (Eslovenia). Miles de migrantes continúan llegando a este país balcánico para intentar entrar en la UE, en la mayor crisis migratoria desde la Segunda Guerra Mundial. (Igor Kupljenik / EFE)-(20minutos.es)

Alegre 'arrasa' Cavaco, o Presidente "fora da lei"

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O histórico do PS ‘arrasa’ Cavaco Silva, após polémico discurso do Presidente da República.
Cavaco Silva indigitou Passos Coelho para formar Governo. Mas o que tem sido discutido desde este anúncio, feito ontem à noite, são as palavras duras de Cavaco Silva aos partidos da Esquerda.
Manuel Alegre, em entrevista à TSF, lança duras críticas ao Chefe de Estado. E diz mesmo que "este Presidente da República nunca se identificou profundamente com o regime democrático e com o 25 de Abril. Tenho muita pena de o dizer, mas é hora de o dizer", afirmou.
Para este histórico socialista, Cavaco Silva é um Presidente “fora da lei” pelo seu discurso de  "rutura institucional" ontem feito.
Diz ainda Manuel Alegre que Cavaco Silva se colocou "contra praticamente três milhões de portugueses que votaram contra a coligação".(Notícias ao Minuto)

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 A Cavacada
   
«Por um momento pensei que poderia já ter mandado uma canhoneira bombardear a Soeiro Pereira Gomes e a Rua da Palma. Não é um bom sinal.

A indigitação de Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro pelo Presidente da República é juridicamente sustentável e politicamente legítima e não constitui uma surpresa.

Se a declaração do Presidente da República se ficasse por aqui, não haveria muito mais a dizer, apesar da “perda de tempo” que essa decisão representaria.

Só que Cavaco Silva entendeu, tristemente, mais uma vez, falar como Cavaco em vez de como Presidente da República, ser ainda mais Cavaco do que nos tem habituado até aqui e acrescentou algumas barbaridades que não só estão longe do respeito pela tradição política democrática que Cavaco tanto diz respeitar, como estão longe do papel de árbitro do sistema político que compete ao PR e constituem uma verdadeira descarga de petróleo na fogueira da disputa partidária que vivemos. Cavaco, mais uma vez, mostrou que gosta de falar de estabilidade política e de sensatez mas que não consegue promover a primeira nem sabe usar a segunda.

Cavaco foi, de facto, muito mais longe do que a indigitação de Pedro Passos Coelho e não só fez um discurso inflamado em favor do “Arco da Governação”, que lamentou amargamente não ter podido dar origem a um acordo governativo a três (PS-PSD-CDS), como se enfureceu com o PS por não ter chegado a acordo com o PSD e o CDS - algo incompreensível já que os seus programas “não se mostram incompatíveis, sendo, pelo contrário, praticamente convergentes quanto aos objetivos estratégicos de Portugal” - como se lançou numa diatribe contra os partidos que, no seu entender, não devem sequer fazer parte deste clube restrito dos autorizados a governar.

É verdade que Cavaco disse que, agora, a palavra era do Parlamento, mas antes disso fez questão de sublinhar de uma forma pouco ambígua que só por cima do seu cadáver é que os partidos de esquerda teriam o gosto de ver em S. Bento um governo da sua preferência (“Em 40 anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas, de forças políticas que, nos programas eleitorais com que se apresentaram ao povo português, defendem a revogação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental, da União Bancária e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, assim como o desmantelamento da União Económica e Monetária e a saída de Portugal do Euro, para além da dissolução da NATO, organização de que Portugal é membro fundador”). O que Cavaco disse equivaleu a lançar na clandestinidade (e certamente fora do governo) o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista e a forma como espumou na fase final da sua comunicação deixou-me convencido de que, se pudesse, tê-lo-ia feito. Por um momento pensei que poderia já ter mandado uma canhoneira bombardear a Soeiro Pereira Gomes e a Rua da Palma. Não é um bom sinal.

Cavaco considerou mesmo que a solução de governo à esquerda que lhe foi apresentada - e que não tinha sequer necessidade de qualificar nesta fase - era “uma alternativa claramente inconsistente”, o que deixa no ar a possibilidade de o PR não a aceitar nem sequer como uma segunda escolha. Estando Cavaco condenado a ser Cavaco, certamente por pecados graves cometidos noutra vida, é evidente que esta ameaça constitui uma deselegante (e antidemocrática, e inconstitucional) forma de pressão sobre o Parlamento, para forçar a mão a alguns deputados do PS e convencê-los a aprovar o programa PSD-CDS.

Num lamentável desnorte, Cavaco foi mesmo ao ponto de incentivar os deputados do PS a votar contra o seu compromisso eleitoral, sublinhando que a decisão não é da Assembleia da República mas de cada um dos seus deputados (“A última palavra cabe à Assembleia da República ou, mais precisamente, aos Deputados à Assembleia da República”, “É aos Deputados que cabe apreciar o Programa do Governo…”, “É aos Deputados que compete decidir, em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal, se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem”) De facto, o órgão de soberania chama-se “Assembleia da República” e não “deputados”.» [Público]
   
Autor:

José Vítor Malheiros.

In "O Jumento"


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MUÑECO HINCHABLE CONTRA DILMA

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Muñeco hinchable contra Dilma

MUÑECO HINCHABLE CONTRA DILMA


Manifestantes exhiben un muñeco gigante que representa a la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, durante una concentración contra el Gobierno, en Brasilia (Brasil). (Fernando Bizerra Jr. / EFE)-(20minutos.es)

O provedor da Direita

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"Cavaco Silva não foi um bom presidente da República. Entre outras razões porque, ao longo dos últimos quatro anos, optou por ser o presidente de apenas uma parte da República. A parte que se identificou com a prática política do Governo PSD/CDS e que dela beneficiou. Apertando o critério, mais do que um presidente da República, foi um provedor do Governo. Por exemplo: quando era evidente que estavam a ser tomadas decisões fora da lei (a Constituição que jurou defender, independentemente do pouco apreço que lhe tenha), Cavaco contemporizou, deixando passar sem fiscalização sucessivos orçamentos. Outro exemplo: quando se percebeu, no verão de 2013, que já não existia Governo, com a demissão de Vítor Gaspar e a trapalhada do "irrevogável" Paulo Portas, fez aquela disparatada proposta ao PS de antecipar eleições a troco de segurar Passos Coelho no poder por mais um ano.
Mais ainda: ao longo do mandato esteve sempre disponível para o apoio aos poderosos e pouco preocupado com os deserdados. Pronto para um afago aos interesses da Banca (o BES era um banco sólido em que valia a pena investir), ignorando o sofrimento do cidadão comum: o que perdeu rendimento, o que perdeu o emprego, o que emigrou, o que caiu na pobreza ou nunca de lá saiu (e há dois milhões e meio de portugueses pobres). A única exceção haveria de ser com os pensionistas, mas por interesse próprio: o que o atormentava, e partilhou-o com os portugueses, é que, com os cortes na sua pensão (milionária), estava a ficar difícil pagar as contas.
Ora, de quem não foi um bom presidente da República, não se pode esperar, no estertor do mandato, boas decisões. Cavaco decidiu que só daria posse a um Governo estável e duradouro. Disse-o antes das eleições e insistiu logo a seguir a conhecer os resultados eleitorais, quando era evidente que isso seria impossível. Agiu, mais uma vez, não como presidente da República (a quem, aliás, não gosta de prestar homenagem), mas como provedor da Direita, abrindo caminho para a única solução que admite: um Governo liderado pelo PSD/CDS, com apoio do PS.
Não teve sorte, saiu-lhe tudo ao contrário. Foi Costa e não Passos quem saiu de Belém a prometer um Governo estável e duradouro, com o apoio do BE e do PCP. Acontece que Cavaco não foi um bom presidente, mas é fiel aos seus. Optará por defender a família partidária e dará posse ao seu Governo, mesmo sabendo que o prazo de validade se esgota em dez dias (período máximo entre a indigitação de um primeiro-ministro e o da votação do seu programa no Parlamento). Sempre em nome dos superiores interesses de uma pequena parte da nação."(Rafael Barbosa - Jornal de Notícias)




quarta-feira, 21 de outubro de 2015

LA OTAN 'DESEMBARCA' EN PORTUGAL

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La OTAN 'desembarca' en Portugal

LA OTAN 'DESEMBARCA' EN PORTUGAL

Una embarcación estadounidense participa en las operaciones de ofensiva terrestre y desembarcos anfibios realizadas en Grândola (Portugal). Esta playa lusa es uno de los escenarios del ejercicio Trident Juncture 2015, el más importante de los realizados en la última década por la OTAN. (Miguel A. Lopes / EFE)-(20minutos.es)

UN POCO DE ALIMENTO

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Un poco de alimento

UN POCO DE ALIMENTO

Un grupo de refugiados pide comida a trabajadores de la Cruz Roja tras una valla en un campo de migrantes, en Brexice (Eslovenia). (Antonio Bat / EFE)-(20minutos.es)

Cartoon

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Cartoon ELIAS O SEM ABRIGO DE R. REIMÃO E ANÍBAL F. 



In "Jornal de Notícias"

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 Jumento do dia
    
Passos Coelho, ministro da informação de Saddam?

Passos Coelho ainda não aceitou a derrota que foi não poder contar com uma maioria parlamentar e está em estado de negação, fazendo lembrar o antigo ministro da informação de Saddam Hussein. Fala como se fosse formar governo e ainda contasse com a maioria absoluta, está convencido de que António Costa é mais um dos irrevogáveis que costuma assustar ou comprar a troco de mordomias governamentais.

Andaram a atacar Costa dizendo que só se queria salvar e brevemente vamos assistir ao espectáculo triste da crucificação de Passos Coelho, com Portas a assistir com o seu sorriso crítico enquanto a Cristas vai fazer de carpideira.

«Pedro Passos Coelho defendeu esta terça-feira à tarde que é ao PSD que cabe "naturalmente constituir governo" (e repetiu cinco vezes a expressão "naturalmente"), depois de uma delegação social-democrata ter sido recebida pelo Presidente da República, em Belém, no âmbito da audição dos partidos sobre os resultados eleitorais e o próximo governo.

Para o presidente do PSD, "é muito importante que este mandato possa ser exercido em condições de previsibilidade e estabilidade", agitando logo depois com os perigos da instabilidade. "Se o país não tiver condições de previsibilidade e estabilidade", antecipou, "haverá um adiamento do investimento", "seja de investidores nacionais ou internacionais", concretizou. Para além da "posição externa [do país], que ganhou credibilidade, e podia ser colocada em causa". E Passos insistiu no aviso de que "os sacrifícios" dos portugueses podem ser postos em causa com outra solução.» [DN]

In "O Jumento"

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

MEJILLA ATRAVESADA

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Mejilla atravesada

MEJILLA ATRAVESADA

Un devoto del Santuario Chino de Jui Tui muestra su mejilla atravesada por una punta afilada de metal, en un desfile durante el Festival Vegetariano en la isla de Phuket, Tailandia. (Rungroj Yongrit / EFE)-(20minutos.es)

KIM JONG-UN SE RODEA DE BELLEZAS

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Kim Jong-un se rodea de bellezas

KIM JONG-UN SE RODEA DE BELLEZAS

El líder norcoreano, Kim Jong-un (3ºdcha), y a su mujer, Ri Sol-ju (4ºizda), junto a miembros del Coro del Estado con motivo del concierto de conmemoración del 70 aniversario de la fundación del Partido de los Trabajadores en Corea del Norte. (Sergio Barrenechea / EFE)-(20minutos.es)

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 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Passos Coelho alinhou com Cavaco nesta estratégia manhosa de condicionar o PS mas teve azar, não negociou nem com o PS, nem com qualquer outro partido e agora que está á beira de ser empossado como primeiro-ministro nado-morto até já fala em coligação alargada. Passos nega a realidade que é óbvia, não tem maioria no parlamento nem conta com apoios parlamentares que lhe permitam ser primeiro-ministro.

Habituado a negociar com Paulo Portas, um homem enfraquecido e que estava disposto a tudo para se manter no poder o líder do PSD ainda não percebeu que ou negoceia com Costa ou está tramado, tanto quanto se sabe o líder do PS não comprou submarinos nem entrou em negócios com dossiers na justiça.

Ao mesmo tempo que faz voz grossa e sem que ninguém lho tivesse pedido até já oferece lugares no governo a António Costa, como se o problema estivesse nos tachos. Só não esclareceu se Paulo Portas, o senhor 3%, manter-se-ia em vice-ministro e coordenador das pastas económicas ou seria relegado para secretário de Estado da Defesa, onde poderia velar pelo bom estado de manutenção dos seus submarinos.

Enfim, como disse o padre António Vieira "Se nos vendemos tão baratos, porque nos avaliamos tão caros?"

«Pedro Passos Coelho diz que a carta que António Costa lhe enviou na sexta-feira não adianta nada em relação à posição que tem sido assumida pelo partido socialista. E exige que o secretário-geral do PS esclareça se pretende uma discussão enquanto futuro membro de uma coligação de Governo mais alargada.

"A carta que anteontem [sexta-feira] me foi dirigida pelo secretário-geral do PS frustra as expectativas de todos aqueles que contavam com a prossecução das conversas entre o PS, o PSD e o CDS com vista a um entendimento que pudesse garantir a estabilidade e a governabilidade", lê-se no documento, citado pela TVI.

"Se o PS prefere discutir estas matérias enquanto futuro membro de uma coligação de Governo mais alargada, então que o diga também com clareza", acrescenta.

Acusa o PS de "radicalismo" e de preferir "agir com a extrema-esquerda a negociar com os partidos europeístas".» [Expresso]

In "O Jumento"


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Prova de docentes "morreu", diz Fenprof. E cita Tribunal Constitucional

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“A PACC morreu” anuncia a Fenprof.

A Fenprof adianta, através de comunicado enviado às redações, que o Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC).
"A PACC morreu", diz Fenprof, referindo que já recebeu “o acórdão do Tribunal Constitucional que declara a inconstitucionalidade" da prova.
O sindicato de professores adianta ainda que está agendada para as 15h00 de hoje uma conferência de imprensa na qual o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, irá divulgar “os termos desse acórdão, as consequências desta decisão e as medidas que serão tomadas para que nenhum professor possa sair prejudicado de um processo, desde sempre considerado ilegal pela Fenprof".
A prova deste ano está agendada para dia 18 de dezembro, na componente comum, decorrendo a parte específica a partir de 1 de fevereiro, de acordo com o calendário publicado em Diário da República, no passado dia 13 deste mês.
Refira-se que, a PAC tem periodicidade anual e aplica-se aos professores contratados com menos de cinco anos de serviço. Só podem aceder aos concursos os candidatos aprovados previamente neste exame.(Notícias ao Minuto)

SIETE REFUGIADOS NAUFRAGAN EN LA COSTA GRIEGA

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Siete refugiados naufragan en la costa griega

SIETE REFUGIADOS NAUFRAGAN EN LA COSTA GRIEGA 

Un miembro de la Guardia Costera saca del agua el cuerpo de una niña refugiada muerta, hallada en la costa de la isla de Lesbos. (Yorgos Papadopoulos / EFE)-(20minutos.es)


INVASIÓN DE ALGAS EN REPÚBLICA DOMINICANA

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Invasión de algas en República Dominicana

INVASIÓN DE ALGAS EN REPÚBLICA DOMINICANA

Una mujer y una niña llegan a una playa con algas, en Juan Dolio (República Dominicana). Cientos de toneladas de talofitas invaden las costas del Sur y Este del país. Su presencia durante los últimos meses está causando enormes pérdidas a los negocios costeros.  (Orlando Barría / EFE)-(20minutos.es)


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 Jumento do dia
    
Manuel Clemente, cardeal

O facto de Manuel Clemente se poder dedicar à política é um bom sinal, quer dizer que depois de cuidar do seu rebanho ainda tem tempo livre para actividades mais lúdicas. Até se compreende esta sua preferência pela direita e pelas políticas de austeridade, pois só esta preferência explica a sua preocupação com uma imensa maioria, quanto mais austeridade, mais pobrezinhos e quanto mais pobreza maior serão o número de pobres com que ele tanto gosta de se preocupar.

O que seria do nosso Clemente sem todos esses pobres de que a Jonet cuida com tanto empenho político partidário?

«O Cardeal Patriarca de Lisboa defendeu que o próximo governo deverá sair, preferencialmente, de um acordo entre a coligação PSD-CDS e o PS, e alertou que a instabilidade pós-eleitoral pode pôr em causa a consolidação alcançada.

"Juntando essa coligação ao PS, isto forma uma grande maioria no próximo Parlamento. Parece-me mais natural que o acordo surja dentro deste conjunto do que fora deste conjunto", disse D. Manuel Clemente, em entrevista à Rádio Renascença na noite de quarta-feira.

D. Manuel Clemente sublinhou que, desde que Portugal pediu assistência internacional, nos últimos quatro/cinco anos da atual governação, seguiu-se um caminho "que estava mais ou menos enquadrado por um acordo que tinha na base três forças políticas - PS e atual coligação PSD/CDS - com divergências quanto aos ritmos, mas uma base comum de entendimento nacional e internacional".» [Expresso]

 À venda na Farmácia Passos, sita na São Caetano à Lapa

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In "O Jumento"

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ARTUR MAS

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Artur Mas

ARTUR MAS

El president en funciones de la Generalitat, Artur Mas, ha llegado a las puertas del TSJC poco antes de las 10 de la mañana, de este jueves, arropado por unas 2.000 personas, incluidos 400 alcaldes que portaban sus varas de mando, para prestar declaración como imputado por la organización de la consulta del 9-N. (Marta Pérez / EFE)-(20minutos.es)


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

"Passos não pode tratar o PS como se fosse um partido amanuense"

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O presidente do Partido Socialista (PS) teceu, esta quarta-feira, duras críticas ao primeiro-ministro.

Pedro Passos Coelho disse hoje que já teve duas reuniões com o PS e que “não” tenciona ter mais “nenhuma para fazer de conta ou simular que estamos a procurar um resultado que até hoje não teve qualquer significado porque o PS não deu nenhum contributo para que esse resultado fosse alcançado".

Na resposta, o presidente do PS, Carlos César, atirou as culpas para o primeiro-ministro acusando-o de, na primeira reunião, ter tido uma “conduta de grande arrogância e até beligerante”.
“A posição de arrogância era tal que colocava a questão como se ao PS estivesse reservado o ônus de o dr. Pedro Passos Coelho ser primeiro-ministro”, afirmou.
O presidente do PS frisou ainda que foi feito um “conjunto de perguntas por escrito” que serão tornadas públicas ainda hoje e às quais os socialistas não obtiveram a resposta que desejavam.
Acrescentou Carlos César que Passos Coelho revelou, na noite das eleições, uma “grande incompreensão em relação à situação eleitoral diferente que vivemos”.
Nesta senda, o socialista lembrou que o líder do PSD “não tem mais a maioria e é obrigado a dialogar com o PS”. Por esta razão, sublinhou, o primeiro-ministro “não pode tratar o PS como se fosse um partido amanuense do PSD, como se fosse o CDS”.
“Quem precisa de fazer reuniões com o PS é um governo com minoria que não está em condições de se apresentar ao Presidente da República como alternativa estável”, atirou, rematando com a garantia de que o PS “assumirá as suas responsabilidades perante os portugueses que são as de continuar as suas diligências que tem desenvolvido com boa-fé para que haja alternativa de Governo que mude o rumo do país”.(Notícias ao Minuto)

EL PRESIDENTE DE UCRANIA, COPILOTO DE CAZA

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El presidente de Ucrania, copiloto de caza

EL PRESIDENTE DE UCRANIA, COPILOTO DE CAZA


El presidente ucraniano, Petró Poroshenko (d) de copiloto en un avión de combate modelo Su-27 en la localidad de Zaporizhzhya, Ucrania. (Mykola Lazarenko / EFE)-(20minutos.es)

'PERFORMANCE' DE PROSTITUTAS EN MADRID

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'Performance' de prostitutas en Madrid

'PERFORMANCE' DE PROSTITUTAS EN MADRID


Un grupo de prostitutas han organizado una performance para limpiar el polígono Marconi de Madrid de "basura, insultos y estigmas" y reivindicar una buena convivencia en una zona en la que la nueva Ley de seguridad ciudadana ha dejado multas a decenas de clientes y meretrices por "exhibicionismo". (J. J. Guillén / EFE)-(20minutos.es)


GRAN MUSEO DEL MUNDO MAYA

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Gran Museo del Mundo Maya

GRAN MUSEO DEL MUNDO MAYA

El museo, situado en Mérida (México) resultó elegido como el mejor Destino Cultural Emergente durante la entrega de los Premios a los Destinos Culturales más Destacados del Mundo que se realizó en Londres. (IHMY / EFE)-(20minutos.es)



Cartoon

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Cartoon ELIAS O SEM ABRIGO DE R. REIMÃO E ANÍBAL F. 



In "Jornal de Notícias"

terça-feira, 13 de outubro de 2015

PEREGRINACIÓN ENTRE DOS LUCES

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Peregrinación entre dos luces

PEREGRINACIÓN ENTRE DOS LUCES


Procesión de la virgen de Fátima con motivo del 98 aniversario de su 'aparición' en la localidad del mismo nombre en Portugal. (Paulo Cunha / EFE)-(20minutos.es)


Adeus, Passos

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"Não sabemos como vão acabar as negociações desta semana entre o PS e os partidos à sua esquerda. Mas uma coisa sabemos: o momento é histórico e a hipótese de uma alternativa estável que proteja salários, pensões e o emprego vale o risco. Não douremos a pílula, mas também não vale a pena fingir que ela não existe. O que une neste momento PS, Bloco e CDU são preocupações comuns e a vontade, até agora expressa, de romper com o ciclo de empobrecimento do país.
Sim, é legitimo tentar. O tempo do bloco central acabou e todos os partidos devem, em respeito pelos seus compromissos eleitorais, assumir as suas responsabilidades. O Bloco de Esquerda é o segundo partido mais votado da maioria eleitoral que rejeitou o empobrecimento estável que a Direita tem para oferecer. E cada voto será útil para cumprir esse propósito.
O que não me parece legítimo é que o quarto partido com assento parlamentar ache que pode reivindicar para si a vice-liderança do Governo, enquanto diz ao terceiro partido que esse, porque é de Esquerda, não tem legitimidade para participar em soluções políticas. O que não me parece legítimo é que a Direita tenha mais legitimidade para governar em minoria do que um PS com apoio parlamentar maioritário.
Deixemo-nos de rodriguinhos. A hipótese de largar o poder incomoda a Direita, a probabilidade do Bloco ou do PCP participarem numa solução aterroriza-os. Por isso jogam com todas as armas que têm.
A liderar o pelotão vai Cavaco Silva, o presidente da República mais preocupado em defender a sua área política que em garantir o cumprimento da Constituição. Atrás de si há muito por onde escolher, mas vale a pena destacar o líder da UGT, Carlos Silva, a quem volta a faltar a vergonha, ao ponto de declarar apoio aos partidos campeões do ataque aos direitos do trabalho e que têm como plano mais ou menos tácito acabar com as organizações sindicais.
Vivemos tempos interessantes, serão duros. Há dois caminhos e duas linguagens, a do medo e a da esperança." (Mariana Mortágua - Jornal de Notícias)




Passos Coelho jura que não odeia o PCP

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"Quem disse esta frase? "Nunca acusarei o Partido Comunista Português de querer fazer mal a Portugal, posso é discordar das suas ideias." Não, não foi António Costa... A afirmação da recusa de ostracismo político ao PCP foi proferida por Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República, no dia 30 de junho de 2011, durante a apresentação do programa do então recém-empossado governo.
Impressionou-me muito o que vários dirigentes políticos e vários jornalistas disseram e escreveram assim que se colocou a hipótese de PCP e Bloco de Esquerda viabilizarem uma solução governativa. Ouvi e li puro ódio.
Pego no exemplo do autointitulado "moderado" António Lobo Xavier, do CDS-PP, que no programa de TV Quadratura do Círculo afirmou não aceitar que se conte com o milhão de votos do Bloco e do PCP numa negociação para o governo. Xavier rejeita "partidos que têm na sua história o ataque à democracia portuguesa e a tentativa de instaurar uma democracia popular em Portugal e o Bloco de Esquerda que tem uma matriz leninista". E jura:"O CDS nunca teve problemas de estatuto democrático."
Circunscrever a história do PCP, fundado em 1921, ao período do Verão Quente de 1975 é uma falácia.
Esquecer que ao longo dessa história militantes do PCP, com outros combatentes pela liberdade, morreram, foram para a cadeia, sacrificaram vidas pessoais para o país poder ser melhor é uma injustiça.
Não aceitar, ao fim de 40 anos, que a verdade histórica do período revolucionário tem de incluir no seu relato inúmeros atropelos, ataques à liberdade e à democracia cometidos por (ou com a anuência de) PS, PPD e CDS é falsear a verdade.
Esquecer que o CDS, no momento da sua fundação, serviu de refúgio a inúmeras figuras comprometidas com o lado pior do fascismo é tristemente conveniente.
Jorge Coelho, um socialista que adivinho dever ter imensas reservas a um governo PS-Bloco-PCP, arrumou, no mesmo programa, a questão: "bafiento", foi como classificou o discurso de Lobo Xavier. Alguém no PS deve ter saltado na cadeira...
De facto, achar que o Verão Quente de 1975 é relevante no cenário político atual é trair a tolerância com que os portugueses resolveram, há 40 anos, tanto os crimes do fascismo como os abusos da luta pelo poder que se seguiu à sua queda.
Quando os deputados do PSD e do CDS-PP aplaudiram - como documenta o Diário da Assembleia - aquela declaração de Passos estavam, afinal, hipocritamente, a ser condescendentes com os "idiotas úteis" do regime, PCP e Bloco, partidos, achavam, exteriores ao arco governativo.
Antes de a esquerda decidir se arranja uma solução para o país, tem de perceber isto: será capaz, depois, de lidar e vencer este ódio?"
(Pedro Tadeu - Diário de Notícias)

Cartoon

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 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Depois de ter passado a criticar as propostas de António Costa durante a campanha eleitoral agora percebe-se que os cortes de salários e a sobretaxa não passavam de um esquema para os governos da direita transferirem riqueza para os mais ricos, mais do que medidas orçamentais são medidas de natureza ideológica.

«No documento que entregou esta tarde ao PS, de modo a facilitar um compromisso, a coligação garante estar a estudar a hipótese de antecipar em dois anos a reposição dos cortes nos salários e da sobretaxa de IRS. Isso mesmo vai ser transmitido amanhã no encontro com o Partido Socialista (PS).

Ainda hoje, PSD e CDS entregaram no Largo do Rato um documento que visa facilitar um compromisso entre os partidos.

Ao semanário Expresso, uma fonte da coligação admitiu que o documento contempla medidas relativas aos quatro pilares definidos pelo secretário-geral do PS. São eles o fim da austeridade, a proteção do Estado Social, investimento em ciência e inovação e uma nova política europeia.» [Notícias ao Minuto]

In "O Jumento"

domingo, 11 de outubro de 2015

ARTISTAS CONTRA LA TORTURA

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Artistas contra la tortura

ARTISTAS CONTRA LA TORTURA

Vista de la instalación artística temporal contra la tortura titulada Fuente contra la tortura montada en Bremen (Alemania). La obra es obra del vienés Erik Tannhäuser y evoca la técnica del ahogamiento. (Ingo Wagner / EFE)-(20minutos.es)


CARRERA CICLISTA EN EL DESIERTO

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Carrera ciclista en el desierto

CARRERA CICLISTA EN EL DESIERTO

Vista del pelotón durante la primera etapa del del Tour de Abu Dabi, entre las localidades de Qasr Al Sarab y Madinat Sayed, en Emiratos Árabes Unidos. (Claudio Peri / EFE)-(20minutos.es)

Cartoon

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Cartoon ELIAS O SEM ABRIGO DE R. REIMÃO E ANÍBAL F. 



In "Jornal de Notícias"