terça-feira, 26 de setembro de 2017

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carlos Costa, ainda governador do BdP

Carlos Costa parece esquecer que a independência do banco central tem dois sentidos e que da mesma forma que o governo deve respeitar o banco, também o governador deste deve evitar ser oposição. Além disso, Carlos Costa não precisa de fazer discursos manhosos para defender a independência do banco, o estatuto que defende essa independência é anterior ao seu mandato e sem essa independência Portugal nem poderia estar na zona euro.

O que Carlos Costa fez foi usar uma conferência para entrar na comunicação social, ajudando quem o ajudou a manter-se em governador e que lhe deve uma ajuda militantes às medidas de austeridade mais brutais. Recorde-se que os cortes de pensões e vencimentos atingiram todo o Estado, incluindo os tribunais, deixando de fora apenas o BdP. Para isso carlos Costa meteu um secretário de Estado da Administração Pública, que depois foi premiado com um lugar na administração do banco. É a isto que ele chama independência do BdP.

«O Governo considera “lamentáveis” as declarações proferidas esta segunda-feira pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, sobre o que diz ser “a tentação de reduzir a independência dos bancos centrais”.

“A tentação de reduzir a independência dos bancos centrais não é só dos países do sul. (…) Não é só uma questão dos portugueses, coloquem dinheiro num lado qualquer e a tentação vai surgir”, disse Costa, citado pelo Eco, numa conferência sobre gestão de risco nos bancos centrais.

As declarações surgem num momento em que o Governo prepara uma reformulação da supervisão financeira em Portugal, que passará a incluir uma autoridade nacional de resolução bancária a ser liderada por um administrador indicado pelo Ministério das Finanças.

“É lamentável”, reage fonte oficial do Ministério perante as declarações de Costa. “Nunca foi essa a postura nem a forma como o Ministério das Finanças se relacionou com o Banco de Portugal. Esperamos que o Sr. Governador se retracte das declarações que fez, em nome de um relacionamento institucional saudável”, acrescenta.» [Público]



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