sábado, 29 de outubro de 2016

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 Jumento do Dia

   
Leitão Amaro, "deputado bomba" da direita

Começa a ser óbvio que o PSD quer que a Caixa Geral de Depósitos «seja desestabilizada e mal gerida, tudo têm feito para que o presidente daquela instituição bata com a porta e os mande à< bardamerda. Depois de perder todas as esperanças de um segundo resgate a esperança de que surja uma desgraça está na CGD, o PSD aponta agora todas as baterias àquela instituição, na esperança de que a desestabilização conduza a uma situação de crise profunda, que teria consequências muito graves.

Para Passos Coelho, que quer governar sem limites constitucionais, porque só assim conseguirá vergar Marcelo e o TC, para governar sem regras constitucionais, a esperança de voltar ao poder está numa crise grave na CGD.

Depois de se ter distinguido na desorientação porque os resultados da execução orçamental de setembro não resultaram numa descida da notação da dívida atribuída pela DBRS, o deputado Leitão Amaro parece concentrar todo o seu fôlego na desestabilização da CGD. Tudo vale par voltar ao poder, até porque à medida que a oposição interna do PSD se mexe este deputado sabe que o seu futuro começa a ser cada vez mais curto.

 Passos Coelho e os seus deputados mais íntimos não querem uma CGD financeiramente saudável e bem gerida, precisam de uma situação crítica param, estando no governo, apresentarem a sua venda ao desbarato como uma inevitabilidade. Par o conseguirem não se importm de atirar o país contra uma parede, é isso neste esforço que este deputado se tem destacado.

«O PSD apresentou esta terça-feira um projeto de lei que pretende acabar com o “regime de grave exceção” aplicado aos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) desde o verão, com a publicação de um diploma do Governo que retirou a nova equipa de gestão da Caixa do estatuto dos gestores públicos. Os sociais-democratas também tentam repor os limites aos salários dos administradores do banco público que vigoraram durante o anterior Governo: no máximo, um vencimento igual à média dos últimos três anos antes de assumirem funções no setor público.

Na prática, seria recuar ao regime em vigor durante o Executivo PSD/CDS. Só que a aplicação do salário médio auferido por António Domingues nos últimos três anos poderia resultar numa remuneração anual comparável à que foi atribuída pelo atual Executivo ao novo presidente da Caixa. A remuneração base de 423 mil euros corresponde ao que o gestor ganhava quando era vice-presidente do BPI. O valor pode ultrapassar os 600 mil euros com prémios de gestão. A mesma conta não é para já possível para outros administradores executivos da Caixa, que também vieram na sua maioria do BPI, mas cujos salários não eram públicos. Apesar disso, refere o PSD no projeto que apresentou, “no que respeita aos vogais, receberão, segundo o ministro das Finanças, até 495 mil euros anualmente”, se somado o salário base com prémios, “o que compara com 188,7 mil euros de salário anual do vogal com mais elevado vencimento da anterior administração”.

Mas “só se governo for completamente desmiolado” é que um vencimento desse nível pode existir para o administrador de um banco público em Portugal, considera Marques Guedes. “Só por manifesta irresponsabilidade uma ideia dessas podia passar pela cabeça de um membro do Governo”, defende o deputado social-democrata.

O deputado António Leitão Amaro começou por explicar que o PSD pretende “acabar com este injusto, incompreensível e muito errado regime e exceção dos administradores da CGD”. Atualmente, e graças ao diploma aprovado em junho em Conselho de Ministros, a equipa liderada por António Domingues deixa de estar vinculada aos princípios aplicados aos gestores públicos. A alteração aprovada pelo Governo estabelece que o estatuto “não se aplica a quem seja designado para órgão de administração de instituições de crédito integradas no setor empresarial do Estado e qualificadas como ‘entidades supervisionadas significativas'”. A alínea 2 do primeiro artigo assentava que nem uma luva no Conselho de Administração da Caixa.» [Observador] - 

In "O Jumento"

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