Jumento do dia
Amadeu Guerra, diretor do
Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)
Fiquei impressionado com a entrevista do director do DCIAP, habituado à imagem dos gabinetes da justiça, cheios de dossiers e com funcionários sobrecarregados foi agradável ver o senhor procurador num luxuoso gabinete devidamente decorado com um tapete que muito provavelmente foi emprestado por um grande museu do Estado, uma prática antiga que julgava já ter acabado.
Fiquei também impressionado porque por aquelas bandas há quem trabalhe quando supostamente todos os portugueses estão em férias, como disse o senhor com ar de trabalhador incansável nem todos vão de férias, enfim, há uns mais preguiçosos do que outros.
E quanto à minha admiração pelo senhor a cereja em cima do bolo foi o tipo de soluções que defendeu para ser mais fácil produzir prova, numa justiça que tenta provar tudo com escutas e colocação dos segredos de justiça nos jornais há quem sugira métodos mais modernos, à semelhança desse modelo de justiça que é um exemplo para o mundo, parece que tudo seria mais fácil se a delação desse lugar a perdões. Enfim, ainda bem que quanto métodos de produção de prova que permitem aos investigadores pouco fazerem para apurar a verdade a imaginação se fica por aí.
Quanto ao processo finalmente percebi o que se passa, em vez de produzir prova parece que se anda a provar a existência de indícios. Esperemos que os bombeiros não sigam o exemplo, senão em vez de atirarem a água para o fogo vão passar a atirá-la para o fumo.
Quanto ao fim da investigação do caso Marquês já se percebeu quanto será concluída, quando forem encontrados indícios que justifiquem os milhões que já forem gastos ou quando Sócrates morrer, mesmo que de velho. Ao fim de dois anos o mais alto responsável pela investigação fala apenas em indícios, como se num estado de direito alguém possa ser julgado ou condenado apenas com base em indícios!
«Quinze de setembro foi a data-limite fixada pela Procuradoria-Geral da República para ser emitido um despacho de acusação ao ex-primeiro-ministro José Sócrates no âmbito da Operação Marquês. Contudo, neste momento, ainda não é possível assegurar que esse prazo venha a ser cumprido, disse Amadeu Guerra, diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em entrevista à “SIC” na quarta-feira à noite.
“Vamos ver. Vamos aguardar até 15 de setembro. Ainda falta algum tempo. A data está fixada. Ninguém mais do que nós pretende dar o despacho final neste processo”, assumiu Amadeu Guerra.
Durante a entrevista, o diretor do DCIAP contestou a ideia que não haja indícios contra o José Sócrates e daí os sucessivos atrasos na acusação. “Os resultados dos tribunais superiores falam por si”, disse. Mais: há juízes que “confirmam a existência de indícios [de crime]”, explicou.» [Expresso]
Amadeu Guerra, diretor do
Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)
Fiquei impressionado com a entrevista do director do DCIAP, habituado à imagem dos gabinetes da justiça, cheios de dossiers e com funcionários sobrecarregados foi agradável ver o senhor procurador num luxuoso gabinete devidamente decorado com um tapete que muito provavelmente foi emprestado por um grande museu do Estado, uma prática antiga que julgava já ter acabado.
Fiquei também impressionado porque por aquelas bandas há quem trabalhe quando supostamente todos os portugueses estão em férias, como disse o senhor com ar de trabalhador incansável nem todos vão de férias, enfim, há uns mais preguiçosos do que outros.
E quanto à minha admiração pelo senhor a cereja em cima do bolo foi o tipo de soluções que defendeu para ser mais fácil produzir prova, numa justiça que tenta provar tudo com escutas e colocação dos segredos de justiça nos jornais há quem sugira métodos mais modernos, à semelhança desse modelo de justiça que é um exemplo para o mundo, parece que tudo seria mais fácil se a delação desse lugar a perdões. Enfim, ainda bem que quanto métodos de produção de prova que permitem aos investigadores pouco fazerem para apurar a verdade a imaginação se fica por aí.
Quanto ao processo finalmente percebi o que se passa, em vez de produzir prova parece que se anda a provar a existência de indícios. Esperemos que os bombeiros não sigam o exemplo, senão em vez de atirarem a água para o fogo vão passar a atirá-la para o fumo.
Quanto ao fim da investigação do caso Marquês já se percebeu quanto será concluída, quando forem encontrados indícios que justifiquem os milhões que já forem gastos ou quando Sócrates morrer, mesmo que de velho. Ao fim de dois anos o mais alto responsável pela investigação fala apenas em indícios, como se num estado de direito alguém possa ser julgado ou condenado apenas com base em indícios!
«Quinze de setembro foi a data-limite fixada pela Procuradoria-Geral da República para ser emitido um despacho de acusação ao ex-primeiro-ministro José Sócrates no âmbito da Operação Marquês. Contudo, neste momento, ainda não é possível assegurar que esse prazo venha a ser cumprido, disse Amadeu Guerra, diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em entrevista à “SIC” na quarta-feira à noite.
“Vamos ver. Vamos aguardar até 15 de setembro. Ainda falta algum tempo. A data está fixada. Ninguém mais do que nós pretende dar o despacho final neste processo”, assumiu Amadeu Guerra.
Durante a entrevista, o diretor do DCIAP contestou a ideia que não haja indícios contra o José Sócrates e daí os sucessivos atrasos na acusação. “Os resultados dos tribunais superiores falam por si”, disse. Mais: há juízes que “confirmam a existência de indícios [de crime]”, explicou.» [Expresso]
In "O Jumento"
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