O ex-primeiro-ministro José Sócrates disse hoje que "já não há ângulo de decência para olhar" para a investigação que o envolve, afirmando que todas as alegações sobre a falsa autoria do livro que lançou "são absolutamente falsas".
À margem da apresentação do seu novo livro 'O dom profano - Considerações sobre o carisma', José Sócrates foi questionado pelos jornalistas sobre as notícias que davam conta que o ex-primeiro-ministro não seria o autor da obra e teria pago a um professor para o escrever, começando por responder: "Acho que já não há ângulo de decência para olhar para esta investigação.
"Todas essas alegações são absolutamente falsas, desmentidas por toda a gente e isso só existe com um objetivo, que não devia ser um objetivo da justiça. O objetivo da justiça não é um objetivo político", defendeu o ex-primeiro-ministro, constituído arguido na operação Marquês.
Na opinião de José Sócrates "uma investigação que se centre nessa falsidade e numa campanha absolutamente lamentável" que o visa denegrir.
"A ação penal deve-se concentrar na descoberta da verdade e na descoberta de crimes e não em denegrir pessoas", disse.
De acordo com a revista Visão, o Ministério Público suspeita que Domingos Farinho, um professor de Direito, terá recebido 100 mil euros de uma empresa de um sócio de Santos Silva para escrever o livro de Sócrates.(Notícias ao Minuto)
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